quarta-feira, 28 de janeiro de 2009

Vaca: você terá uma na sua vida


Quem nunca teve que solte o primeiro VIVA! Aleluia, irmã! Você foi abençoada.

Vou contar uma história e é toda verdadeira. Sentem, leiam e peguem os lenços! Vocês chorarão com piedade de mim.

Conheci a referida mumumu assim que entrei na faculdade, em meados de 2006. O nome da vaquinha era Jucinete. Jucinete parecia uma uma criatura legal, na faculdade todo mundo é legal, afinal. Você descobre as maravilhas de ir pro bar depois da aula, de ter 1 milhão de amigos, de não estudar pra prova e tirar 10... não existe fase melhor.

No começo a Ju (carinhosamente apelidada por mim de Jumenta) parecia ser uma pessoa sã, amiga e companheira, mas com o passar do tempo, revelou-se um verdadeiro ESTRUME na minha vida.

Ainda hoje me pergunto se era ódio ou amor, tenho sérias desconfianças de que Ju deve gostar da mesma fruta que os rapazes gostam, já que a mesma desenvolveu uma paixão tão grande, tão linda, tão imensa por mim que conseguia dar conta da minha vida todinha.
As situações que se seguem não serão citadas em ordem cronológica, dada a minha capacidade brilhante de me situar no tempo.

SITUAÇÃO 1: Dia quente, muito muito muito quente. 40º C lá fora. E eu caio na besteira de comentar isso. Lá vem a querida Jumenta! "Ô Anália, se você está tão incomodada com o calor da minha cidade, volta pra sua cidade, lá deve nevar! Humpzzz, odeio quem fala mal do Piauí!" Atenção atenção, falar que aqui é quente é falar mal? Eu achava que era só uma realidade constatada, mas tudo bem. Da próxima vez eu falo ''Vejam só, que dia frio, que neve bonita. Cadê meu cachecol?"

SITUAÇÃO 2: Eu havia começado a ler Cem Anos de Solidão, mas criatura fraca que sou, desisti. Sei lá, às vezes o livro não bate com o momento que você tá vivendo e te dá vontade de ler outra coisa. O que não me impediu de terminar o livro depois, obviamente. A minha amiga leiteira, totalmente interessada na minha vida, percebeu que adicionei a comunidade do Gabriel Garcia Marquez no Orkut. E pasmem, veio comentar: "Por que você adicionou a comunidade do livro se você não o leu?" Sinto que vocês começam a ficar com pena de mim. Calma que tem mais!

SITUAÇÃO 3: Primeiro período eu matava aula a rodo. Aula de Sociologia? Bar com os amigos. Aula de Economia? Bar com os amigos. Aula de Metodologia? Bar Shopping com as amigas. Numa dessas matanças sanguinárias, ela resolveu ter a brilhante idéia de me deixar recados tipo: "Por que você não assistiu aula? Pra onde vocês foram?" Pra quem não sabe, minha mãe adora o famigerado site de relacionamentos azul bebê. E ela viu as perguntas da Malhada. Claro que a vaca não poderia adivinhar que isso aconteceria, nem vi maldade nisso. Por isso só pedi: "Jumenta, da próxima vez me ligue, mas não deixe recado pra todo mundo ver, por favor. Isso me causou problemas." Eis que no derramamento de sangue seguinte, lá está um recado da minha querida Juju e minha mãe viu novamente.

Sem contar as situações que não cabem em uma situação só. Quando fizemos o querido blog da CF, estávamos tão preocupadas com o layout, textos e etc, que não nos preocupamos em divulgá-lo no começo. Eu juro, uma semana depois o blog já estava adicionado nos favoritos do site dela. Não posso me esquecer também das vezes que ela vinha comentar sobre um ex meu, com quem ele havia ficado, o que havia feito, quando eu já havia pedido que o nome dele não fosse mais citado comigo. E nem das vezes que ela vinha questionar o que eu comentava na comunidade na CF. Orkut foi feito pra isso mesmo, pra ler, pra espiar a vida alheia. Mas favor não ser indiscreta assim e falar na minha cara que dá conta de cada abc que escrevo.

Pra vocês verem como vaca é tão vaca. Ano passado ela me escreveu algo sobre paz, ser amigas, passar por cima disso e blablabla. Eu disse que dela não queria nada, que não precisava de uma amizade assim e por aí vai. A criatura é tão sem noção, mas tão sem noção, que continua me deixando recado de Feliz Natal, Feliz Ano Novo e Feliz Dia da Vaca! Eu só apago. Cansei de demonstrar o meu desprezo.

Agora espero a minha querida Mimosa perguntando: "Eu li seu texto, você falava de mim?" Bom, é como dizem: "Se a carapuça serviu, né?"


- Para doações de amigas verdadeiras, latas de leite desnatado, elogios, xingamentos e depósitos na conta bancária: analia@corporativismofeminino.com -

Um comentário:

  1. Sem dúvida, uma das minhas melhores leituras... kkk; e não somente por termos a mesma vaca em nossas vidas. Você escreve divinamente bem! Aprecio boas escritas! E principalmente, quem consegue ver o que realmente representa a Ju. Desejo tudo que ela nos deseja, em dobro! kkk...
    Te adoro, amiga! ;) E obrigada pelos ultimos dias, sei que apesar da distância, posso contar com vc, smp!

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