
Vivemos assistindo comédias românticas onde o amor tem hora marcada. Hora, gestos, olhares e atitudes, diga-se de passagem.
Com um referencial tão bonito e fácil do amor, quem se importa em idealizá-lo de uma maneira diferente?
Com o passar dos anos, das idas e vindas, dos adeuses (sorry, não sei de um plural legal para adeus) marcados por lágrimas, simplesmente paramos e nos perguntamos: CADÊ O AMOR DA MINHA VIDA, AS FLORES, AS VIAGENS, AS DECLARAÇÕES INFINITAS E OS PLANOS PARA UM FUTURO PRÓXIMO OU DISTANTE? Senta e espera, baby! Aliás, deita e cansa seria mais adequado! Se você ainda espera por tudo isso, acho melhor pegar seus dólares guardados e investir em uma nova terapeuta (que talvez a deixará mais louca).
Eu sei, realmente é mais fácil imaginar o lado bom de tudo, idealizar um par perfeito é muito, mais muito mais fácil mesmo que pensar que quando deixamos uma pessoa entrar na nossa vida, ela vem com o pacote todo: as qualidades, o fato de ele ser honesto e trabalhador, de ser carinhoso, de ser amigo, de lhe tratar bem pode vir acompanhado de alguma mania tosca como chupar o dedão do pé, por exemplo (que isso não seja feito em público, pelo menos!)
Talvez ele não vá te levar pra assistir um pôr-do-sol fantástico, muito menos aparecerá com flores em uma data clichê como o dia dos namorados, talvez vocês não tenham nem escolhido uma música pra embalar o amor de vocês, mas quem se importa? Com o passar do tempo você chega à conclusão que a presença do outro é o maior presente na sua vida (tá, me chamem de brega!) e pequenos detalhes fazem toda a diferença: o silêncio consentido na volta pra casa – não aquele silêncio pesado, aquele silêncio de paz, que ambos não precisam falar nada – o fato de ele se preocupar em te servir quando vão jantar fora, a liberdade de conversarem sobre tudo e nada, um DVD que ele gravou porque lembrou de você, o apoio nos momentos difíceis, uma piada só de vocês.
Quem disse que o amor é feito de clichês, nunca amou. Perdoem-me, mas flores e declarações não me acrescentarão muito se não acompanhadas de pequenos gestos que me façam sentir verdadeiramente amada.
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