"Vejam a mulher que está no vestido. Se não houver mulher, não há vestido". Coco Chanel.
Não sejamos hipócritas: beleza física é, sim, importante. Não me arrisco a citar qual modelo de beleza, até porque esse conceito é individual, cada pessoa tem o seu. Mas jogar de lado justamente o aspecto mais explícito na raça masculina (e também na nossa, embora sejamos menos estéticas) é jogar sujo.
O problema da beleza é que ela tem prazo de validade. Tem data marcada pra ser durável. Já nasce com início e fim. Uma mulher que for só bonita vai conseguir, obviamente, o seu homem. Mas vai ser aquele homem mediano, de inteligência igualmente não-expressiva. Uma mulher que idealizar um homem versátil não vai se preocupar apenas com esse aspecto. Muito pelo contrário, entenderá que (até um certo limite) se manter bonita é demonstrar cuidado com si mesma, mas que esse cuidado precisa ser completo. Não quero ser bibelô de ninguém, do tipo de mulher pra colocar na estante e usar como troféu em churrascos de amigos e festas, ou do tipo que, quando estão todos conversando sobre política, assuntos profissionais, economia e atualidades, contenta-se em ir para a cozinha lavar os pratos.
A Sally, em recente tópico da CF, citou uma palavra que definiria perfeitamente o que quero passar: “complementariedade”. Ser multifacetada, do tipo que sabe a importância de uma ida ao salão e à biblioteca, do tipo que adora conversar sobre novidades cosméticas ou sobre outro assunto de interesse, como livros ou arte, isso sim é ser inteligente. Não defendo aqui a regurgitação de intelecto fútil e medíocre, que sai apenas pra demonstração pública de seu falso potencial cerebral. Defendo a valorização feminina, em todos os sentidos. E é por isso que, nos meus ideais, não me contentarei com um homem que se apaixone por mim apenas pelo meu físico. Porque, como já falei, essa tem prazo de validade. Tanto à mim como à ele.
Ser inteligente é necessário, e isso não se restringe ao campo de relacionamentos amorosos (e é muito triste que tanta mulher por aí faça as coisas por si mesma apenas para conseguir alguém), mas para que você compreenda que é legal demais pra se contentar com a lavação de pratos. Ser inteligente é estar linda em cima do salto, com o cabelo impecável e o vestido mais bonito, e mesmo assim, não se contentar em ser só uma mulher dentro do vestido. Marie Claire que me perdoe, mas copio aqui seu slogan e defendo essa bandeira: chique é ser inteligente.
Penélope.
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