quinta-feira, 27 de novembro de 2008

Bizarrices de sábado





Sábado é dia de se vestir linda, loira e japonesa, usar salto 10 e se jogar, não é verdade? Pois é. E é dia de epic fails, de ver gatinhos e de... falar bosta no banheiro da buatchy.

Cena 01:

Heleninha vê que seus cachos de babyliss estão se desmanchando e resolve retocar o rímel, e , com sorte fazer um xixizinho. Está sentada confortavelmente no sofá vermelho, mas decide por fim descer as escadas e ir até o banheiro, que, só pra variar, em boates GLS é misto. E tem fila.
Nem um pouco a fim de esperar na fila, ela abre seu melhor sorriso: só vou usar a pia, eu juro! A primeira pessoa da fila - após ser comprovadamente, hétero e homem - abre espaço e deixa seu cavalheirismo falar mais alto. Oh muito obrigada! Na primeira oportunidade, Heleninha se joga na cabine vazia mais próxima, e faz seu xixi tranquilamente.

*tranquilamente, abre parênteses: o vaso sanitário de sanitário não tem nada. Um poço de doenças, sujeira e melecas indescritíveis. As mulheres deviam fazer do esporte "se equilibrar em banheiros de buatchy" um esporte olímpico. Pense num ser humano de salto 10, levemente alterada após 3 mojitos, precisando muito mesmo fazer xixi. Abaixa a calcinha, afasta as pernas, levanta o vestido e se segura nas paredes pra não cair sentada no vaso e correr o risco de sair com alguma doença venérea, ou, pior ainda: grávida! Pois é. O risco do xixi escorrer pernas abaixo também é grande, caso a garota ainda não tenha prática em banheiros de buatchy. Forrar com papel, vocês devem estar pensando. E eu respondo: que papel? Fora o que eu mesma trouxe dentro da bolsa, e que só serve para eu me secar, não existe mais papel em banheiro algum. Isso me lembrou o aviso do banheiro da Universidade Federal que cursei: NÃO JOGUE PAPEL NO VASO. Um dia, num momento de TPM por aquele maldito banheiro nunca ter papel, peguei uma canetinha da mochila e escrevi embaixo de todos os avisos: QUE PAPEL?

Mas voltando...

Saio do banheiro com certa dificuldade, e pretendo finalmente lavar as mãos no sabonete líquido e retocar o rímel, quando vejo uma das cenas mais bizarras da vida: uma menina maquiando os seios, passando pó compacto e papapa, no decote. Mais trash impossível. Mas, pior do que isso era o que ela estava comentando com seu amigo fashionista, gay e benflogin:


_Menine, ela me imita muito, mas ela nunca, nunca na vida vai ser como eu!
E o cara:
_ Pois é amica, eu não sei como que pode!
_Não importa, eu sou eu, ela nunca vai ser eu.

Cansei. A menina era feia, usava um vestido cafona e estava maquiando os peitos publicamente. Definitivamente, ninguém gostaria de ser ela a não ser é claro, a prostituta manca de saia de couro ecológico com um dente só do Timbuctu, com a depilação vencida e que se chama Leidy Daianny Rochelly. Mas só. Enquanto secava as mãos, acabei pensando alto sem querer:

_ Que sorte a dela, né?

A menina me olhou com cara de quem ia comer minhas tripas, e eu desisti do rímel. Merda, eu pensei isso alto o bastante? Pensei! Senhor. E agora? Decidi sair pela direita o mais rápido possível.

Foi a primeira vez na vida que fiz cooper usando salto 10, e ainda subi escadas, além de abrir caminho entre uma porrada de gente. O momento mais tenso da noite foi quando fui fofocar com um outro amigo gay e ela estava lá, de papo com ele, e eu não podia dar a volta! Fiz a fina: nada aconteceu, ora essa! Helena, faz a retardada desmemoriada que fica tudo bem, ok? Ainda tirei uma foto deles que está bem aqui na minha câmera. E ela ainda sorriu, ela é muito cadela, ahahahaha.

Eu sou muito cara de pau...

Para você que me ama,

Heleninha.

***********************entre em contato, mande seu pedido de casamento, um cartão do Ursinho Pooh, um pedido de conselho ou um benflogin para este endereço:

heleninha@corporativismofeminino.com

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