sexta-feira, 31 de outubro de 2008

Início de Relacionamento

"Não ligo para essa sms, querido! Eu acho ótimo que a Paulinha queira te ver sexta à noite!".

O telefone toca, e o primeiro pensamento é “tomara que seja ele”. Aquele frio na barriga dá as caras, pra te dar a certeza do que você já sabe mas não quer admitir: você está apaixonada. Justamente agora que você iria iniciar a sua pós graduação... (in)Felizmente, essas coisas não tem hora marcada mesmo. “Já era”.

Há quem diga que início de relacionamento é uma maravilha. Pode até ser – nada melhor do que ser surpreendida por uma ligação de “estava pensando em você, resolvi ligar para saber o que vai fazer amanhã à noite”, daquele cara incrível. Acredito que o início de uma relação pode sim ser ótimo, mas isso só acontece porque fazemos um esforço espartano para fazer dar certo.

Há, por exemplo, a questão de agradar as amigas dele. Quer dizer, ninguém quer agradar alguém que deixa um recado terminado em “eu te amo e sinto saudades daquele tempo”. Principalmente se a amiga se chama Regininha, Amandinha ou qualquer outro nome terminado em inha. Mas não é hora de mostrar suas garrinhas... Você não quer parecer uma personagem hitchcokiana neurótica, ao menos logo de cara. Paciência.

Aí vem o futebol no sábado, às sete da noite. Detalhe que você planejou usar sua cinta-liga justamente no Saturday night party. Maldito! Mas que nada, você dá um sorrisinho e o libera. Afinal, é até bom que ele tenha amigos, certo? Mais uma vez, paciência.

Ah, sim, já ia esquecendo: existem os surtos estéticos. Não é fácil saber se o vestido preto decotado vai cair melhor que uma saia mais longa e uma meia calça. E quando ele resolve te buscar na academia? Pânico na certa. Afinal, não existe coisa pior que mulher suada, e com certeza ele broxará para sempre ao te ver saindo da academia. Coisa de mulher: aposto que o fofo nem vai reparar se você está descabelada ou milimetricamente penteada Eles só sabem dizer quando você está bonita ou não, e nem sabem o porquê. Truques, detalhes, isso são coisas nossas. Mas e quem coloca isso na cabeça de alguma de nós?

Tem também a hora do sexo. Você até pensa em fazer aquela posição mais provocante, mas há o risco de ele te achar uma vadia. Vai saber se ele não foi criado na Igreja Nacional dos Oitenta Pecados, com a mentalidade de algumas coisas são manifestações do Capeta? Pois é. Se fosse apenas isso... A questão é que demora um tempo até vocês entrarem em sintonia e você se sentir segura. Esse tipo de dúvida costuma deixar inseguras várias mulheres. E na cabeça deles, é tudo tão simples...

Por essas e (muitas) outras, quando saio de um relacionamento, saio totalmente esgotada. Início de relacionamento é, sim, uma maravilha, mas pode ser muito cansativo também. Deveríamos aprender a rastrear as pistas que os bonitos dão nesse período, para não passarmos por toda essa fase construindo planos e planos para o futuro.

Por isso, caro XY, elogie sempre sua mulher: acredite, não foi fácil para ela escolher usar esse vestido. Ela conversou, no mínimo, com três amigas e com a mãe, para se convencer de que não estaria exagerando no modelito. E se você quiser marcar o futebol para o sábado à noite, pense bem. Espartanas que são espartanas adoram guardar rancor para reverberar tudo no momento certo... Preste atenção nela. E boa sorte.

Penélope.

quinta-feira, 30 de outubro de 2008

Comidas Criativas para o Halloween

Você teria estômago para comer essas gostosuras NADA apresentáveis aos nossos olhos? O melhor é que eles ensinam como fazê-las!

[1] Bolinhos de aranha (Ver passo-a-passo)



[2] Olhos humanos (Ver passo-a-passo)



[3] Que tal um bracinho com alguns ratinhos de brinde? (Ver passo-a-passo)



[4] Um delicioso torax (Ver passo-a-passo)



[5]Rosto de cadáver (Ver passo-a-passo)



[6] Pãezinhos de Múmias com nutella (Ver passo-a-passo)



[7]Bolinho de monstrinhos (Ver passo-a-passo)



[8] Por fim, um cérebro com muito sangue de gelatina (Ver passo-a-passo)



Fonte: http://superpunch.blogspot.com/2008/10/spooky-halloween-food-ideas.html

Então, o que vocês comeriam?

A vida secreta das mães ou O desejo por um banho de verdade

Deve ser acordado entre as mães que não se revele às outras mulheres, sem filhos, o que se passa nos bastidores de sua vida. Não sei qual é a idade mais adequada para ser mãe, alguns preferem “realizar este sonho” depois da estabilidade profissional, outros (como eu) são assaltados com uma cara rechonchuda no monitor de uma ultra-sonografia. E alguns passam anos tentando e buscam, por fim, a ciência. E aí há uma enxurrada de vontades, métodos, assombros e medidas. Talvez se as mães tivessem me revelado METADE do que é ser mãe... Eu teria assumido o celibato, considerando que não há método 100% eficaz para evitar uma gravidez.

No dia do aniversário da minha melhor amiga, 11 de agosto de 1999, descobri que estava grávida (engraçado que sempre UM FATO, como a primeira menstruação, também aconteceu no aniversário da minha melhor amiga). Chorei, esperneei, voltei para casa a pé, me joguei na frente do carro e me vi no espelho repetindo: - Me diga o que você vai fazer da sua vida?

No dia que cheguei da maternidade, minhas amigas se acotovelavam na frente do meu computador para ler o que um garoto estava falando no mIRC (um programa de bate-papo) enquanto eu amamentava e rezava para que a dor no bico dos meus seios parasse. E se não cessasse a dor que, ao menos, os bicos dos seios parassem de sangrar. Mas não aconteceu, foram meses ouvindo a ginecologista dizer “Tudo bem, agüente só mais um pouco e logo seus seios irão se acostumar com a amamentação”. Pomadas e mais sangue. Meu filho deve ter bebido litros do meu sangue com leite. Mas, mesmo assim, eu não desisti de amamentar já que ele tinha cólicas homéricas com leite industrializado. E lá vamos nós.

Meu bebê dormia muito bem, mais de 8 horas seguidas. Tudo se devia a exaustiva sucção que ocorria durante a sua alimentação. Quando fui obrigada a diminuir a amamentação para assistir aulas, ele passou a ter um sono violento. Muitas vezes fui à aula com apenas 2 horas de sono dormidas. E daí eu ouvia a voz do professor como se fosse um quartel, ecoando de forma irritadiça nos meus tímpanos. Fui mandada embora algumas vezes da sala de aula por adormecer, sem controle, na cadeira da universidade. Outras vezes, preferi me ausentar por meus seios jorrarem leite, obrigando-me a virar a “garota camisa-molhada”, neste caso, “vaca molhada”.

Minhas amigas tinham desejos tórridos com o carinha do período anterior, enquanto meu sonho de consumo era dormir 6 horas ou comer à mesa, sem interrupções. Valores haviam mudado bruscamente, lembro de chorar exaustivamente na frente do meu filho quando ele me acordava às 4 da manhã para mamar. Com alguns meses, ele já bebera leite, sangue e lágrimas.

A minha rotina era deixar meu filho no berçário e ir à aula. Depois voltar para casa, esbaforida, ao meio-dia e buscá-lo para dar o seu almoço. Seguimos essa rotina até eu terminar a minha graduação, quando isso aconteceu meu filho tinha três anos de idade. E como toda criança de três anos, ele não parava um segundo quieto. Crianças nesta idade conseguem ser armas para elas mesmas. E, em consonância, eu tinha um trabalho de fim de curso para entregar. Vejamos, eu faria o trabalho enquanto ele estivesse dormindo e deixaria de dormir? Foi o que fiz.

E no dia que defendi meu trabalho, meu filho brincava com uma bola nos corredores da universidade e eu dizia para ele: - Brinca só aqui e não entra na sala! E ele brincou, expliquei todo o meu trabalho para uma banca, guiada pelos gritinhos do meu filho com a bola.

E depois de um dia assim, eu lembrei quantas vezes tomei banhos longos e falei ao telefone sem me importar com o tempo ou com uma tomada desencapada. Lembrei o que é ficar num salão de beleza sem hora para voltar ou papear com as amigas até perder a saliva.

Eu estava ali, precisava ser forte, pois diferente dos bebês de outras espécies, os humanos não sobrevivem sem alguém. E eu sabia que era tudo para alguém e que este alguém, encapetado e descontrolado, reafirmava minha fé na vida por mais destrambelhada que ela tivesse se tornado.

Já o levei para o hospital com uma cortina de sangue no rosto para levar pontos. Já andei metros com ele, bem pesado, nos meus braços porque havia cortado o pé. Já dormi dias num sofá de hospital. Já achei que meu filho teria sido seqüestrado para extração de seus órgãos porque ele resolveu brincar até tarde na casa de um colega sem avisar (Na verdade, achei isso mais de 3x). Já chorei todas as lágrimas inimagináveis até os meus 20 anos. São tantas emoções (voz do Roberto Carlos).

Toda vez que virem mulheres maquiadas com seus filhos pequeninos OLHEM para elas com MUITO RESPEITO. E eu devo ter esquecido de MUITAS coisas aqui. Deus deve não permitir que se divulgue O QUE É SER MÃE para que o mundo não deixe de sentir A VONTADE da reprodução.

Queridas, eu amo meu filho. Mas ser mãe é RENUNCIAR a si, de alguma forma.

Adendo: Meu filho hoje tem 8 anos. Tomei um banho de verdade quando ele tinha 4 anos.
Voltei a comer à mesa quando ele tinha 6 anos.

Esse post é dedicado a pessoa que quando chega da escola me faz lacrimejar, sem censura. Ao passo que ouço a minha voz, dengosa, pronunciar um “Você chegou, filho!”. Isso para mim é uma estranha felicidade. Uma felicidade clandestina que eu só poderia descrever com fatos triviais.




terça-feira, 28 de outubro de 2008

Porque odeio ir ao Shopping - PARTE II

Desventuras na Ximbica




Depois do passeio pelas lojas Ximboca, chegou a vez das lojas Ximbica.

Lojas Ximbica são aquelas pequenas, que ao contrário das Ximbocas, normalmente só vendem um estilo de roupa. Ou é feminina, ou é masculina, ou é infantil, ou é esporte, ou é social. Enfim, por serem pequenas, não oferecem cartão Ximbica, em contrapartida, elas normalmente aceitam qualquer tipo de cartão de crédito, débito, cheque pré, contra-vale de padaria, vale alimentação, passe, e têm-se notícia de algumas que aceitam até títulos vencidos da tele-sena.

A possibilidade de visitar lojas Ximbicas me deixa em um velho dilema:

Opção 1: Ir no horário de pico dos shoppings (noite, sábado e domingo) e ter que transitar em Ximbicas com mais de 5 pessoas por metro quadrado de loja.
Opção 2: Ir fora do horário de pico (durante a semana, manhã ou tarde) e ter que suportar 5 vendedoras amyghas pentelhas com um único alvo: EU.

FicaDúvida!

Opto por ir fora de horários de pico, pois não gosto de tumulto, sabendo que lá terei que enfrentar inúmeras vendedoras amyghas, vou à luta!

Após perambular olhando diversas vitrines Ximbiquêsas e reparar nas vendedoras amyghas ociosas na porta de cada loja - sedentas por vítimas, decido entrar na Ximbica que aparenta ter a menor quantidade de vendedoras por metro quadrado. Mesmo assim não há escapatória, logo sou abordada por uma vendedora que diz: - “Posso te ajudar, amygha?” Amiga o caralho. Esboço um sorriso amarelo e respondo pacientemente: - “Estou só dando uma olhadinha” – A vendedora retruca: “- Ok amygha, aqui está o meu cartão!”. Essa parte me remete a aquele quadro da antiga A Praça é Nossa : “Eu sou o Paraíba, aqui está o meu cartão”

Repito o mesmo procedimento em diversas Ximbicas, até que inevitavelmente, decido provar uma peça em alguma delas. Quando penso em acionar a vendedora amygha mais próxima para solicitar a peça, dou um passo pra trás e esbarro em uma delas, escuto: “- Desculpa, amygha!”
http://Corporativismo-Feminino.blogspot.com
Peço UMA peça pra vendedora amygha, mas ela, muito prestativa, vem com meia dúzia de peças, algumas que não tem absolutamente nada a ver comigo, mas paciência. Pego a peça que pedi, e às vezes mais alguma (devido à insistência da amygha), sigo para o ritual do provador.

Aquela cabine minúscula que antes de entrar, praticamente tenho que decidir se quero ficar de frente ou de costas. Mal passei o trinco na cabine, e a vendedora retorna: “- E ai amygha, gostou?”. Respiro fundo, conto até 10 e respondo: “- Ainda não vesti...” – Distraída pela amygha que incomodou lá fora, bato o cotovelo na porra da parede da cabine, amaldiçôo o ser que projetou essas cabines pra mulheres com menos de um metro e meio e prossigo com o ritual do provador.

Coloco a calça com muito esforço, vejo que ela mal passa pelo meu quadril, percebo que ficou curta, amassou minha bunda. A Calça apertou tanto a minha cintura, que mesmo sendo magra, pude perceber o principio do fenômeno de panetone se formando na minha barriga.
http://Corporativismo-Feminino.blogspot.com
Novamente a vendedora bate na porta: "- E ai amygha, deixa eu ver como ficou...?”. Respondo: - “Não, não ficou boa..”. Ela retruca: “- Mas deixa eu ver, amygha..”
Vencida pelo cansaço, decido por abrir porta do provador, feliz por saber que o Brad Pitt mora em outro país e não há o menor risco dele estar naquela Ximbica e me ver com aquela calça me apertando como uma embalagem de salsicha. http://Corporativismo-Feminino.blogspot.com

Abro a porta com expressão glútea estampada no rosto (vulga cara de bunda), a vendedora olha, sorri falsamente e diz: “- Mas ficou LINDA em você amygha..”. Respondo: “- Não, ficou curta, tá vendo..?”. Ela diz: “- Mas ta na moda calça assim amygha, em você ficou legal, você tem um corpo bom..”. Respondo: “- NÃO, não gostei, não vou levar sua falsa capitalista!”

Quando fecho a porta pra recolocar minha roupa, a amygha bate na porta novamente: “- Então prova mais esses modelos aqui, amygha..” E joga meia dúzia de peças por cima da porta, 2 ou 3 caem na minha cabeça, perco o equilíbrio, pois naquele momento já estava calçando meu scarpin, bato o cotovelo na porta novamente e só então me recomponho.

Olho para as peças com ar desdenhoso, pego todas, coloco num cantinho. Sento no banquinho disponível na cabine (quando ele existe). Tiro o celular da bolsa, abro o browser, acesso meu gmail, mando sms para meus amigos, jogo tetris por uns minutos, e quando percebo que já passara tempo suficiente para ter provado todas as calças, coloco todas na mão, saio ao encontro da vendedora amygha. Quase tropeço nela ao sair do provador, expresso um sorriso falso nos lábios e digo: “- Vou dar mais uma olhadinha pelo Shopping amygha, qualquer coisa eu volto aqui e procuro por você tá?” – Faço isso mostrando o cartão que ela me dera previamente, para que ela se sinta amada.

Parto para outra Ximbica, e a batalha recomeça.

- Bel -
Bel@corporativismofeminino.com

OBS: Atenção vendedoras leitoras, não levem a mal!

segunda-feira, 27 de outubro de 2008

Depilação Cavada

O Texto é de Valeria Semeraro. Agradecemos a leitora que nos avisou de quem era a autoria do texto! Esperamos que todos também usem o BOM SENSO ao usar nossos textos!





Foi assim que decidi, por livre e espontânea pressão de amigas, me render à depilação na virilha. Falaram que eu ia me sentir dez quilos mais leve.

Mas acho que pentelho não pesa tanto assim. Disseram que meu namorado ia amar, que eu nunca mais ia querer outra coisa. Eu imaginava que ia doer, porque elas ao menos me avisaram que isso aconteceria. Mas não esperava que por trás disso, e bota por trás nisso, havia toda uma indústria pornô-ginecológica-estética.

- Oi, queria marcar depilação com a Penélope.
- Vai depilar o quê?
- Virilha.
- Normal ou cavada?

Parei aí. Eu lá sabia o que seria uma virilha cavada. Mas já que era pra fazer, quis fazer direito.

- Cavada mesmo.
- Amanhã, às... Deixa eu ver...13h?
- Ok. Marcado.

Chegou o dia em que perderia dez quilos. Almocei coisas leves, porque sabia lá o que me esperava, coloquei roupas bonitas, assim, pra ficar chique. Escolhi uma calcinha apresentável. E lá fui. Assim que cheguei, Penélope estava esperando. Moça alta, mulata, bonitona. Oba, vou ficar que nem ela, legal. Pediu que eu a seguisse até o local onde o ritual seria realizado. Saímos da sala de espera e logo entrei num longo corredor. De um lado a parede e do outro, várias cortinas brancas. Por trás delas ouvia gemidos, gritos, conversas. Uma mistura de Calígula com O Albergue. Já senti um frio na barriga ali mesmo, sem desabotoar nem um botão. Eis que chegamos ao nosso cantinho: uma maca, cercada de cortinas.

- Querida, pode deitar.

Tirei a calça e, timidamente, fiquei lá estirada de calcinha na maca. Mas a Penélope mal olhou pra mim. Virou de costas e ficou de frente pra uma mesinha. Ali estavam os aparelhos de tortura. Vi coisas estranhas. Uma panela, uma máquina de cortar cabelo, uma pinça. Meu Deus, era O Albergue mesmo. De repente ela vem com um barbante na mão. Fingi que era natural e sabia o que ela faria com aquilo, mas fiquei surpresa quando ela passou a cordinha pelas laterais da calcinha e a amarrou bem forte.

- Quer bem cavada?
- ..é... é, isso.

Penélope então deixou a calcinha tampando apenas uma fina faixa da Abigail, nome carinhoso de meu órgão, esqueci de apresentar antes.

- Os pêlos estão altos demais. Vou cortar um pouco senão vai doer mais ainda.
- Ah, sim, claro.

Claro nada, não entendia porra nenhuma do que ela fazia. Mas confiei. De repente, ela volta da mesinha de tortura com uma espátula melada de um líquido viscoso e quente (via pela fumaça).

- Pode abrir as pernas.
- Assim?

Não, querida. Que nem borboleta, sabe? Dobra os joelhos e depois joga cada perna pra um lado.

- Arreganhada, né?

Ela riu. Que situação. E então, Pê passou a primeira camada de cera quente em minha virilha Virgem. Gostoso, quentinho, agradável. Até a hora de puxar. Foi rápido e fatal. Achei que toda a pele de meu corpo tivesse saído, que apenas minha ossada havia sobrado na maca. Não tive coragem de olhar. Achei que havia sangue jorrando até o teto. Até procurei minha bolsa com os olhos, já cogitando a possibilidade de ligar para o Samu. Tudo isso buscando me concentrar em minha expressão, para fingir que era tudo supernatural. Penélope perguntou se estava tudo bem quando me notou roxa. Eu havia esquecido de respirar. Tinha medo de que doesse mais.

- Tudo ótimo. E você?

Ela riu de novo como quem pensa "que garota estranha". Mas deve ter
aprendido a ser simpática para manter clientes. O processo medieval
continuou. A cada puxada eu tinha vontade de espancar Penélope. Lembrava de minhas amigas recomendando a depilação e imaginava que era tudo uma grande sacanagem, só pra me fazer sofrer. Todas
recomendam a todos porque se cansam de sofrer sozinhas.

- Quer que tire dos lábios?
- Não, eu quero só virilha, bigode não.
- Não, querida, os lábios dela aqui ó.

Não, não, pára tudo. Depilar os tais grandes lábios? Putz, que idéia. Mas topei. Quem está na maca tem que se fuder mesmo.

- Ah, arranca aí. Faz isso valer a pena, por favor.

Não bastasse minha condição, a depiladora do lado invade o cafofinho de Penélope e dá uma conferida na Abigail.

- Olha, tá ficando linda essa depilação.
- Menina, mas tá cheio de encravado aqui. Olha de perto.

Se tivesse sobrado algum pentelhinho, ele teria balançado com a respiração das duas. Estavam bem perto dali. Cerrei os olhos e pedi que fosse um pesadelo. "Me leva daqui, Deus, me teletransporta". Só voltei à terra quando entre uns blábláblás ouvi a palavra pinça.

- Vou dar uma pinçada aqui porque ficaram um pelinhos, tá?
-Pode pinçar, tá tudo dormente mesmo, tô sentindo nada.

Estava enganada. Senti cada picadinha daquela pinça filha da mãe de arrancar cabelinhos resistentes da pele já dolorida. E quis matá-la. Mas mal sabia que o motivo para isso ainda estava por vir.

- Vamos ficar de lado agora?
- Hein?
- Deitar de lado pra fazer a parte cavada.

Pior não podia ficar. Obedeci à Penélope. Deitei de ladinho e fiquei
esperando novas ordens.

- Segura sua bunda aqui?
- Hein?
- Essa banda aqui de cima, puxa ela pra afastar da outra banda.

Tive vontade de chorar. Eu não podia ver o que Pê via. Mas ela estava de cara para ele, o olho que nada vê. Quantos haviam visto, à luz do dia, aquela cena? Nem minha ginecologista. Quis chorar, gritar, peidar na cara dela, como se pudesse envenená-la. Fiquei pensando nela acordando à noite com um pesadelo. O marido perguntaria:

- Tudo bem, Pê?
- Sim... sonhei de novo com o cu de uma cliente.

Mas de repente fui novamente trazida para a realidade. Senti o aconchego falso da cera quente besuntando meu Twin Peaks. Não sabia se ficava com mais medo da puxada ou com vergonha da situação. Sei que ela deve ver mil cus por dia. Aliás, isso até alivia minha situação. Por que ela lembraria justamente do meu entre tantos? E aí me veio o pensamento: peraí, mas tem cabelo lá?
Fui impedida de desfiar o questionamento. Pê puxou a cera. Achei que a bunda tivesse ido toda embora. Num puxão só, Pê arrancou qualquer coisa que tivesse ali. Com certeza não havia nem uma preguinha pra contar a história mais. Mordia o travesseiro e grunhia ao mesmo tempo. Sons guturais, xingamentos, preces, tudo junto.

- Vira agora do outro lado.

Porra.. por que não arrancou tudo de uma vez? Virei e segurei novamente a bandinha. E então, piora. A broaca da salinha do lado novamente abre a cortina.

- Penélope, empresta um chumaço de algodão?

Apenas uma lágrima solitária escorreu de meus olhos. Era dor demais,
vergonha demais. Aquilo não fazia sentido. Estava me depilando pra quem? Ninguém ia ver o tobinha tão de perto daquele jeito. Só mesmo Penélope. E agora a vizinha inconveniente.

- Terminamos. Pode virar que vou passar maquininha.
- Máquina de quê?!
- Pra deixar ela com o pêlo baixinho, que nem campo de futebol.
- Dói?
- Dói nada.
- Tá, passa essa merda...
- Baixa a calcinha, por favor.

Foram dois segundos de choque extremo. Baixe a calcinha, como alguém fala isso sem antes pegar no peitinho? Mas o choque foi substituído por uma total redenção. Ela viu tudo, da perereca ao cu. O que seria baixar a calcinha? E essa parte não doeu mesmo, foi até bem agradável.

- Prontinha. Posso passar um talco?
- Pode, vai lá, deixa a bicha grisalha.
- Tá linda! Pode namorar muito agora.

Namorar...namorar... eu estava com sede de vingança. Admito que o resultado é bonito, lisinho, sedoso. Mas doía e incomodava demais. Queria matar minhas amigas. Queria virar feminista, morrer peluda, protestar contra isso. Queria fazer passeatas, criar uma lei antidepilação cavada.

Filha da puta foi a mulher que inventou a "cavadinha".




Valeria Semeraro

domingo, 26 de outubro de 2008

Por que sou amiga dos meus ex’s?


Essa é uma pergunta que me faço sempre que escuto um comentário idiota de algum ex.
Pois é, eu consigo manter um relacionamento melhor com eles, “depois”... vai entender.

Vamos classificar por ordem de namoro, da seguinte forma:

Ex número1 – Rato
Ex número2 – Florzinha.


O fim do relacionamento com o Rato era um fato. Desde que começamos, eu sabia que não tinha futuro, mas, como toda mulher teimosa, eu insisti. E todas as vezes que eu terminei com o Rato, ele agia como se nada tivesse acontecido... O Rato tem uma Ratazana de anos... Eu era uma “camundonga” na vida dele. E sim, eu não conseguia finalizar... Ele sempre conseguia me fazer voltar atrás (atestado loser na parede do meu quarto).

Até o dia que eu conheci o Florzinha, e, de cara, sabia que ele queria namoro sério, de me levar em casa e tal (porque a gente tem como notar isso nas atitudes do cara).

Eu não gostava do Florzinha, mas ele era o “chumbinho” ideal para acabar com a rataria na minha vida.

“Rato, dessa vez tem que acabar mesmo... Encontrei alguém para me levar a sério. Não me procure mais”.

“Bruxa, você merece... vou te deixar em paz dessa vez" (há há há... essa é uma outra história, para um outro pôr-do-sol)


Eis que a Bruxa e o Florzinha começaram a namorar. Não deu certo por motivos alheios, mas o Rato não perdeu a oportunidade de dizer “eu avisei e blá blá blá”

Um ano já se passa, mas o Rato é um bom amigo (de verdade). Hoje cedo, nos falamos por e-mail e ele disse assim:

-“Lembrei de você hoje! Estou usando o carro do meu irmão (um Astra)”.

-“E por que você lembrou de mim?”

-“Não era esse o carro do Florzinha?”

(Ele sabia por que um dia nos encontramos no estacionamento do shopping. Ele e a ratazana, eu e o florzinha).

-“Nossa que absurdo! Tanto motivo para lembrar de mim e você lembra o carro do meu ex? poxa, você não tem o pinto tão pequeno assim para ser complexado com o carro dos outros.”

-“ Ih, já vi que hoje você está grossa, depois a gente se fala”.


Gente, fala sério... o seu ex lembra de você porque está usando um carro que o seu outro ex tinha!!!! Isso é ser muito, mas muuuuuito loser... Vou devolver o quadro para ele pendurar na parede dele!



Beijos e boa semana


B.Beiçola.

sábado, 25 de outubro de 2008

Minhas aventuras no mundo MiGuxO


Um dia desses apareceu por aqui uma mina querendo fazer uma pesquisa, o título estava escrito num papel assim: - u ke eh leis d keple??!

Olhei de novo, não entendi, acho que estava escrito era “O que é leis de Kepler?”. E ela confirmou com cabeça!

PÁRA, PÁRA, PÁRA! Quando foi que a nossa escrita foi mudada? Eu sou loira, mas não sou burra! Pois bem, ainda não tinha sido apresentada ao dito Miguxês e pela primeira vez notei o quanto esses seres de 02 patas o utilizam. Já não sabem mais escrever em português. A onda é outra.

Quem é o culpado por isso? Os pais? A internet? Minha sogra? Ou esses garotinhos que já tem o conhecimento “mastigado” pela wikipedia?

Acho que culpar a internet é muito fácil, eu nunca vi uma página da web escrita desse jeito. Muito inventivo, sim! Tudo bem, a linguagem humana evolui constantemente. E, todos nós que nos dedicamos à difusão de informação e conhecimento, temos que nos atualizar e nos adaptar aos novos tempos e a uma nova linguagem. O miguxês a cada dia se estabelece mais solidamente na sociedade e aprendê-lo torna-se essencial. Quem não souber escrever neste dialeto pós-moderno, não conseguirá mais se comunicar com as novas gerações e não passará adiante o conhecimento e a experiência acumulados da nossa cultura, pois não será compreendido. Acho que eu estou ficando velha, sou só eu que acho um absurdo essa nova variação de escrita?

Menininhos, menininhos que agora ao invés de estudar pra prova ficam brincando no photoshop! Fico pensando em que essa geração vai contribuir pra sociedade!

Como me senti um ET lendo aquilo, procurei saber mais sobre esta “língua” e pasmem: Ela é toda estruturada e tal. Tem um artigo na wikipedia que a descreve assim:

Miguxês
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Miguxês é o nome popular de um
socioleto do idioma português, utilizado comumente por adolescentes lusófonos na Internet e outros meios eletrônicos, como mensagens escritas de telefone celular. Seu nome deriva de miguxo, corruptela de amiguxo, por sua vez um termo utilizado para "amiguinho".
Diferenças entre o miguxês e o internetês
O miguxês conta com ortografia, vocabulário e estrutura próprios, não devendo ser confundido com o
internetês - embora ambos os socioletos tenham origem comum, há diferenças entre eles, como:
Objetivo. O internetês enfoca a agilidade na escrita, reduzindo o número de teclas a se digitar por palavra. O miguxês enfoca numa aproximação escrita da fala infantil, considerada meiga ou engraçada.
Grupo. O miguxês é utilizado principalmente por adolescentes do sexo feminino, sendo muito menor a porcentagem de adolescentes do sexo masculino que o usem. O internetês, entretanto, é usado por ambos os sexos na mesma proporção, e inclusive por não-adolescentes.

Mãe de todos os professores da Língua Portuguesa nos salvem! É uma revolução na escrita??? Pode até ser, mas não acho que foi pra melhor. E conversar no MSN com alguém de 13 a 16 é quase impossível, eu tenho que ficar teclando:

- O que foi que você disse?
- Não entendi?
- Escreve de novo!

Impossível de manter uma conversa normal!

Abaixo três variações da mesma frase no miguxês:

PORTUGUÊS: COMO VOCÊ ESTÁ?
MIGUXÊS ARCAICO: como vc esta??????
MIGUXÊS MODERNO: komu vc esta??!?!??!?!??!?!
NEO-MIGUXÊS: KOmu VuxXxE EStAh??!?!??!?!??!?!

Por exemplo, hoje em dia ninguém mais consegue compreender um texto escrito por um filósofo como Nietzsche. Se por um lado há pessoas que insistem que isto se deve a um sistema educacional falido e à falta de hábito de leitura e de interpretação de texto, o fato cabal é que a linguagem de Nietzche e de outros autores consagrados pela tradição está desatualizada. A culpa não é dos miguxos (será?) e seu clássico repúdio à norma culta da língua. Não! A verdade é que eles estão além das limitadas formas de expressão de outros tempos.

UTILIDADE PÚBLICA

Isso significa então que autores consagrados estão destinados a serem esquecidos por toda uma geração de miguxos? Graças ao novo serviço web MiGuXeiToR, não! Este incrível sistema é capaz de traduzir textos escritos em um português impecável, porém arcaico, em textos miguxos, compreensíveis a um público muito mais amplo! O sistema é flexível e pode traduzir textos do português para três versões do miguxês: arcaico, moderno e neo-miguxês.

Veja só este trecho do livro Além do bem e do mal, de Nietzche: "O sancta simplicitas! Em que curiosa simplificação e falsificação vive o homem! Impossível se maravilhar o bastante, quando se abrem os olhos para esse prodígio! Como tornamos tudo claro, livre, leve e simples à nossa volta! Como soubemos dar a nossos sentidos um passe livre para tudo que é superficial, e a nosso pensamento um divino desejo de saltos caprichosos e pseudoconclusões!"

Quem raios pode entender isto hoje em dia?! Vamos ver como ele ficaria em miguxês arcaico: O sancta simplicitas!! em q curiosa simplificacao e falsificacao vive o homem!! impossivel se maravilhar o bastante, qdo se abrem os olhos pra esse prodigio!! como tornamos tudo claro, livre, leve e simples a nossa volta!! como soubemos dar a nossos sentidos 1 passe livre pra tudo q eh superficial, e a nosso pensamento 1 divino desejo de saltos caprichosos e pseudoconclusoes!!

Muito melhor, não? E fica ainda melhor escrito em miguxês moderno: "U sancta simplicitas!!!!! em ke kurioza simplificassaum i falsificassaum vivi u homem!!!!! impossiveu c maravilhah u bastanti...qdu c abrem us olhus p essi prodigiu!!!!! komu tornamus tudu klaru...livre...levi i simples a nossa volta!!!!! komu sobemus dah a nossus sentidus 1 passi livre p tudu ke eh superficiau...i a nosso pensamentu 1 divinu diseju d saltus kaprixosus i pseudoconclusoes!!!!!"

Mas insuperável mesmo é a sua versão em neo-miguxês: "U SANCTAh SimPliciTAxXx!!!!! EM KI KuriozaH sImPlIfiCaXXAUM I faLSiFICAXXAuM VivI U homem!!!!! ImPoXXivEu Si marAVIlHah U BAstANtI...QDU sI ABreM UxXx olHuxXx pRAh eXXI pRodIgiU!!!!! kOMU tOrNamuxXx TUDU KlARu...LIVre...Levi I SiMpLExXx a NOXXAh VoLTAH!!!!! KoMu sobeMUxXx dAH a NOXXuxXx SeNtiDuxXx 1 pAXXi LIVrE prAh TUdU ki Eh suPerficIAu...i A NoXXOH pEnSAmENtU 1 DIviNu DIsejU Di SaltuxXx KaPRixXxoSUxXx i pSeuDoConCLUsoExXx!!!!!"

Entendeu como a linguagem humana evolui e se torna a cada geração mais aprimorada? Mas se você, assim como eu, ainda é antiquado e ultrapassado e insiste em escrever em português "correto" (preconceito lingüístico) não precisa mais se preocupar em não ser compreendido na Internet. Basta usar o *
MiGuXeiToR para traduzir seus textos e ter a garantia de passar a sua mensagem para todos os públicos!

TRADUTOR ONLINE DE TEXTOS PORTUGUÊS / MIGUXÊS:





Deixo vocês com a um trecho da música “Inúteis” do ultraje a rigor:

A gente não sabemos Escolher presidente

A gente não sabemos Tomar conta da gente

A gente não sabemos Nem escovar os dente

Tem gringo pensando Que nóis é indigente...

Inútil!A gente somos inútil!

Inútil!A gente somos inútil!




CandyMay

sexta-feira, 24 de outubro de 2008

eu não quero ficar com vc, porra!

Sério, tem homem que não entende isso, eu fico possuída, PORQUE, PORQUE ELES NOS FAZEM REPETIR A MESMA LADAINHA?

Essa semana fui à uma festa com uns amigos. Estava lá um cara que, desde quando me viu pela primeira vez, nunca mais me deixou em paz. Vasculhou o orkut, arranjou meu msn, ia me visitar no meu trabalho e descobriu meu celular. Detalhe: eu tinha namorado na época, mas mesmo assim, convites para um "inocente" café surgiam semana sim, semana também. E eu sempre recusava ou dizia que não ia poder ir, ou dizia "não, olha, nada a ver, meu namorado me busca na loja todo dia, ele não vai gostar", e quando ele aparecia pra tentar me levar pro tal café eu estava vestida quem nem uma mendiga craquelenta mas potz, NEM ASSIM. Ele me achava linda até se eu peidasse na cara dele.

Mas enfim, voltemos a festa. Lá estava eu muito rica na festa - à fantasia - e ele estava lá vestido de pasme LOBO MAU (!). Lógico quando me viu já foi chegando: _HELENIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIINHA, meu Deus vc aqui! Nem pra me avisar que vinha! Porque nã me avisou? (te avisar? ALOUUUUUUUUUU, SE TOCA, falou o meu dono agora) ele me abraçou e eu não consigo disfarçar, sério, fiquei estática, sabe quando a pessoa abraça sozinha? Pois é.

Não entendo isso, porque um cara com o qual eu nunca tive nada age como se eu fosse alguma coisa dele? Insegurança? Loucura? Um psicopata em potencial? A fantasia dele de Lobo Mau é algum sinal do céu?

Uma vez mandei uma mensagem dizendo que no máximo poderíamos ser amigos, e ainda assim, ele fazum negócio desses.

Minha amiga disse pra eu comentar que ando numa fase lésbica, que adoro uma acha, que pinto agora nem pensar, quem sabe assim ele se toca hahahahaha... ou não! Odeio homem insistente. Se eu disse não, é não e eu não costumo mudar de idéia e não sou vencida pelo cansaço.

Ficaadica


Heleninha.

A calça encolheu, oras!


O mês passado fui um soldado: Almocei salada com uma carne magra quando não tinha atividade física e não perdi um dia sequer de academia. Até no sábado, lá estava eu saltitante na esteira e adorando o fato da academia estar deserta – O que me dava mais disposição para usar todos os equipamentos como uma criança num parque de diversões (Sem algodão-doce, por favor).

As calças começaram a sambar e eu me sentia três vezes mais confiante. Poderia convidar qualquer um para sair e teria certeza de que diriam “SIM”, como se eu tivesse dito: “Quer um milhão de dólares?”. Todas as roupas do guarda-roupa estavam felizes, iriam finalmente tomar um sol depois de alguns meses encalhadas. Descobri novas roupas no MEU guarda-roupa e eu nem precisei ir ao shopping! Estava maravilhada e esvoaçante.

Na semana seguinte, um desejo por lasanha no dia que não tinha exercícios físicos veio como um bandido e a voz de uma diaba gorda surgiu na minha mente “Dê um desconto para si, o que há de mal em sentir um pouco de prazer?”. Esqueci que o prazer, o prazer mesmo era desfrutar daqueles modelitos quase mofados no guarda-roupa. Mas não, não, a gorda estava relutante e não ia deixar que ela fosse levada por aqueles pensamentos sem sal, com gostinho de rúcula. Foi aí que eu me vi comendo muita massa NO DIA QUE NÃO TINHA ACADEMIA.

Por fim, passei nas Lojas Americanas e não pude deixar de notar os chocolates, aquela coisa do leve 3 por R$10,00 é tentadora, considerando que 1 sai por R$3,99. Na verdade, eu estaria economizando R$1,97, “Que pechincha”, pensou a diaba gorda e a consumidora compulsiva que arde em mim! Mais uma vez, a voz gorducha “Dê um desconto, faz tanto tempo que você não come uma sobremesa! Você nem vai morrer por isso! Aposto!” e a anjinha esbelta contestou “Mas hoje nem tem ginástica...”. O problema é que na hora que a esbelta falou isso, eu já estava fazendo barulho suficiente com o chocolate na boca para que ela pudesse ser ouvida.

Dias se seguiram nessa manobra de “Dê um desconto”. Dei tanto desconto que, MEUDEUS, se eu fosse gerente de alguma loja... Estaria agora pagando para as pessoas comprarem meus produtos e, com certeza, ainda levariam brindes fantásticos.

Na segunda-feira, minha calça deixou de dançar samba para praticar sapateado com scarpin nº 34. Pensei “Tudo bem, calça lavada sempre encolhe, não é?”. Na verdade, não, ainda mais quando se trata de uma calça social. Mas tudo bem, naquele dia eu iria fazer tudo certinho e não deixaria ser vencida por fritas, sorvetes, refrigerantes...

Ao chegar a casa: SURPRESA! (Leia isso com a voz de um vilão implacável) Duas pizzas me esperavam à mesa. Minha mãe sorria, dizendo “Olha, nós comprávamos uma pizza salgada e a doce do mesmo tamanho saía de graça! (Na próxima vida, quero ter uma mãe soldada, juro!) E só tem isso para jantar... Se quiser comer outra coisa, saia para comprar!”. Ótimo, eu estava faminta às 20h. Tive vontade de tomar um sonífero e apagar faminta para não me entregar aquilo. Mas lá estava eu, sem poder dar mais descontos, devendo no cheque-especial e usando burca para não encarar os credores saradões da minha mente rechonchuda...

quarta-feira, 22 de outubro de 2008

Por que demoramos tanto no banheiro feminino?

Disclaimer: Não gosto de copiar textos da net pra postar aqui, mas esse aqui vale à pena, é muito bom! Desconheço a autora, se alguém souber, diz aí, please!

Minha mãe ficava histérica com os banheiros públicos, quando pequena me levava ao banheiro, me ensinava a limpar a tampa do vaso com papel higiênico e cobrir cuidadosamente com tiras de papel em toda a borda. Finalmente me instruía:

"Nunca, NUNCA se sente em um banheiro publico".

Logo me mostrava "A posição" que consiste em se equilibrar sobre o vaso em uma posição de sentar sem que o corpo entre em contato com o vaso. Isso foi há muito tempo, mas ainda hoje em nossa idade adulta, "a posição" é dolorosamente difícil de manter quando a bexiga está quase estourando.

Quando você "tem que ir" a um banheiro público, sempre encontra uma fila de mulheres que te faz pensar que as cuecas do Brad Pitt estão à venda pela metade do preço. E assim espera pacientemente e sorri amavelmente às outras mulheres que também estão discretamente cruzando as pernas.

Finalmente é a sua vez, você olha cada cubículo por baixo da porta pra ver se não há pernas. Todos estão ocupados, mas finalmente uma porta se abre e você entra quase jogando a pessoa que está saindo. Você entra e percebe que o trinco não funciona, mas não importa...

Você pendura a bolsa no gancho que tem atrás da porta e, se não tem gancho, você a pendura no pescoço mesmo, enquanto se equilibra, sem contar que a alça da bolsa quase corta a sua nuca, porque está cheia de porcarias que vc foi jogando dentro, das quais não usa a maioria, mas as tem aí, para o caso de "e se eu precisar?"

Mas, voltando à porta... como não tinha trinco só lhe resta a opção de segurá-la com uma mão, enquanto com a outra vc abaixa a calcinha e fica "em posição"...
Alívio... ahhhhhh... mais alívio, aí é quando suas pernas começam a relaxar e vc adoraria sentar, mas não teve tempo de limpar o vaso e nem cobrir com papel, nessa hora vc quase tem um treco de tão aliviada, ai dá uma desequilibrada e erra a mira. Pronto, o suficiente pra ficar molhada até as meias, e é obvio que dá pra notar.

Para afastar o pensamento dessa desgraça, você procura o rolo de papel higiênico... maaaas.. hehehe, o rolo tá vazio! E as suas pernas continuam querendo relaxar. Ai você lembra de um pedacinho de papel que tá na bolsa, meio usado porque vc já limpou o nariz com ele, mas vai ter que servir, vc amassa ele pra absorver o máximo possível, mas ele é muito pequeno, e ainda tá sujo de meleca.

Nisso alguém empurra a porta e, como o trinco não funciona, vc recebe uma baita porada na cabeça.
Aí vc grita "tem genteeeeee" enquanto continua empurrando a porta com a mão livre e o pedacinho de papel que vc tinha na mão cai exatamente em uma pequena poça que tinha no chão e vc não sabe se é água ou xixi... Ai vc vai de costas e desequilibra, caindo sentada no vaso.
Vc se levanta rapidamente, mas já é tarde, seu traseiro já entrou em contato com todos os germes e formas de vida do vaso porque VOCÊ não o cobriu com papel higiênico, que de qualquer maneira não havia, mesmo se vc tivesse tido tempo de fazer isso.

Sem contar o golpe na cabeça, o quase corte na nuca pela alça da bolsa, a espirrada de xixi nas pernas e nas meias, que ainda estão molhadas...a lembrança de sua mãe que estaria terrivelmente envergonhada de vc, porque o traseiro dela nunca sequer tocou o assento de um banheiro público, porque francamente, "você não sabe que tipo de doença poderia pegar ai".

Mas a aventura nao termina ai... agora a descarga do banheiro, que tá tão desregulada que jorra água como se fosse uma fonte e manda tudo pro esgoto com tanta força que vc tem que se segurar no porta-papel (quando tem) com medo de que aquele negócio te leve junto e te mande pra China. Ai é finalmente quanto vc se rende, está ensopada pela água que saiu da privada como uma fonte.

Você está exausta. Tenta se limpar com uns papeizinhos de chiclete Trident que estavam na bolsa e depois sai discretamente para a pia. Você não sabe muito bem como funcionam as torneiras automáticas também, e então dá uma limpadinha nas mãos com saliva mesmo e seca com toalha de papel. E sai passando pela fila de mulheres que ainda estão esperando com as pernas cruzadas e nesse momento vc é incapaz de sorrir cortesmente.

Uma alma caridosa no fim da fila te diz que vc tá com um pedaço de papel higiênico do tamanho do rio Amazonas grudado no sapato! Vc puxa o papel do sapato e joga na mão da mulher que disse que tava grudado e lhe diz suavemente: "Toma! Vc vai precisar!" e sai.

Nesse momento, seu namorado ou marido que entrou, usou e saiu do banheiro masculino e teve tempo de sobra pra ler " Guerra e Paz" enquanto esperava, te pergunta:

-"Porque demorou tanto?"

É nessa hora que você dá um chute no saco dele e o manda pra puta que o pariu!

Isto é dedicado a todas as mulheres de todas as partes do mundo que já tiveram que usar um banheiro público. E finalmente explicar a vocês, homens, por que nós demoramos tanto.


- Winnie.

terça-feira, 21 de outubro de 2008

Porque odeio ir ao Shopping - PARTE I

Desventuras na Ximboca


OBS: Ao prosseguir com a leitura, substitua a palavra "XIMBOCA" pelo nome daquela loja varejista pentelha que você odeia, mas sempre da uma passadinha lá: C&A, Renner, Riachuelo, Marisa..

Por que odeio ir no Shopping ? Me acompanhe, vou te contar.

Saio de casa em um sábado de sol, todos os caminhos querem me levar ao parque, a leitura de um bom livro ou até pra bebericar e jogar conversa fora com os amigos, mas não, estou indo ao tão temido pela conta bancária e tão cobiçado pelo guarda-roupa: O SHOPPING.

Vou mentalizando em todo caminho: “Não quero entrar na Ximboca, não quero entrar na Ximboca, não quero entrar na Ximboca”.
Quando chego, claro, vou direto pra famigerada Ximboca, pois a maioria delas estão situadas estrategicamente bem na entrada dos shoppings. Sim, eu sou Creuza e póbrinha, por vezes compro na Ximboca.

Logo quando entro, a mocinha pergunta se tenho o cartão Ximboca, eu não tenho, mas digo que tenho, só pra moça não me pertubar. NUNCA OUSE dizer que não tem, sob pena que ser ter seus ouvidos alugados nos próximos minutos.

Aí vou passando pelas araras, fuçando, fuçando, fuçando, pego uma blusinha aqui, outra ali. Lembrando que cada blusinha que gosto, pode render uma média 4 peças pra provar, pois nunca sei qual tamanho vai ficar bom, qual cor vou preferir, então pego pelo menos duas cores em dois tamanhos. Por favor, digam que eu não sou a única retardada que faz isso.

Passa outra mocinha e pergunta se tenho o cartão Ximboca, uso a arte do blefar mais uma vez: - Sim, já tenho, minha filha. MORRA!

Passo por mais algumas araras, e de repente já começo a sentir os cabides pesarem no braço – és chegada à hora do ritual do provador.
http://Corporativismo-Feminino.blogspot.com
De longe, já posso observar os maridos e namorados insatisfeitos, segurando as bolsas das amadas esposas / namoradas, aguardando pacientemente com a maior cara de cu do mundo que elas saiam do ritual do provador. Respiro fundo e sigo, sou empurrada por duas ou três crianças no caminho (incrível, o provador sempre fica ao lado do setor infantil) entro no provador só depois de já irritada, dizer pra moça que fica na porta mais uma vez: - Sim, já tenho o cartão Ximboca, moça.

Quando dou sorte, aloco-me em uma casinha no final do corredor, pois lá sei que as chances de crianças pentelhas abrirem a cortina da minha casinha são bem menores.

Coloco a primeira calça, o zíper não fecha.
Segunda calça, ficou folgada.
Terceira calça, o zíper fecharia, mas não passou na batata da minha perna.
Quarta calça, finalmente, entrou e fechou, ó! Dou uma voltinha no espelho e percebo que ela achatou minha bunda. Deixa pra lá, não estou precisando de calças mesmo, vou provar as blusinhas.

Provar blusinhas é uma coisa que exige muita tática e paciência, pois cada uma que eu visto, soa como um velho desafio: Meu cabelo versus Lei da gravidade. Meus cachos não gostam de provar roupas, fato.
http://Corporativismo-Feminino.blogspot.com
Coloco a primeira, a segunda, a terceira, a quarta...não gosto de nenhuma. Saio do provador com os cabelos em pé! (literalmente), e a moça pergunta: “Gostou de alguma?” – tímida, respondo: “Só essa aqui...”. Saio com uma peça em mãos, pra não passar pela descontrolada que prova 10 peças e não gosta de nada, mas deixo-a na primeira arara que encontro pela frente, logo depois respondo ao simpático mocinho: “Sim, já tenho o cartão Ximboca, moço”. E vou enfiar ele no cu de quem me perguntar isso novamente, porra!

Saio ensandecida. Quanto tempo já perdi aqui provando as roupas inúteis da Ximboca ? uma hora? Meu sais! já estou de saco cheio, quero ir pra casa! - penso.

Antes de sair da Ximboca, olho a inúmera variedade de bijuterias, crio fixação por algum colar que custa R$ 30 na Ximboca, mas provavelmente me custaria 3 vezes menos em qualquer lojinha no centro da cidade. Decido por comprá-lo, afinal, já perdi uma hora inteira ali mesmo.

Vou para a fila do caixa com meu colar. Claro que a fila que eu escolhi é a que não anda. É aquela que tem uma senhora comprando em 20x no cartão Ximboca algumas 25 calcinhas tamanho GG, além de sutien de alta sustentação, e mais roupas para o 5 netos, que estão puxando a saia dela e gritando o tempo todo.

Enquanto assisto a algazarra e espero na fila, respondo pela enésima vez: “- Sim, já tenho o cartão Ximboca moço”. E se tivesse mesmo, é nesse momento que estaria enfiando-o güela baixo do que fez novamente essa infeliz pergunta.
Finalmente, chego ao caixa, ouço uma variação da temível pergunta: “Vai pagar com o cartão Ximboca?”. Respondo: “– Não, minha filha, REDESHOP, pois enfiei o cartão Ximboca no cu daquele seu amigo ali, tá vendo?”

Enfio meu colar na bolsa e saio da Ximboca, já sem paciência pra muita coisa. Ando alguns metros até o quiosque do Mc Donald mais próximo, peço uma casquinha pra esfriar os ânimos, e até lá, vejo uma inocente plaquinha: “PAGUE COM O CARTÃO Ximboca”.

Saio com minha casquinha, decido voltar pra casa.

Caminho de mãos vazias e entoando o mantra: “Dá próxima vez, não vou mais perder tempo na Ximboca...”


- Bel -
bel@corporativismofeminino.com

segunda-feira, 20 de outubro de 2008

Os 10 mandamentos do ecosexo

Faz um certo tempo que entrei nessa onda de desenvolvimento sustentável. Busca pela qualidade de vida, prefira alimentos orgânicos, pense antes de imprimir essa mensagem, salvem as baleias...são frases que fazem parte do meu cotidiano.

É saudável, é moderno e chique. Hahaha

E nessas minhas econavegações pelo "ecomundovirtual" andei descobrindo coisas interessantérrimas. E coisas também um tanto quanto bizarras.

Sinto-me consolada, sabe? Tem gente muito mais descompensada do que eu nesse mundão de Deus.

Querem um exemplo? A seção mexicana do Greepeace divulgou em seu site um guia ecosexual para que você "possa ser uma bomba sexual sem explodir, literalmente, com o planeta".
Já começa pelo trocadalho do carilho...

Lá no site da campanha eles dizem que já existem empresas do ramo de "juguetes sexuales" aderindo à causa, alertando, por exemplo, para os perigos do uso de produtos de pvc. Existe até uma campanha para empresas do ramo pornográfico, para que as pessoas contribuam com donativos destinados a organizações envolvidas com algum tema ecológico.

Pensa numa vinheta "Salvem as cobras papa-pinto" bem antes de começar o pornô. Será que funciona? (Ah, a cobra papa-pinto existe e está ameaçada de extinção sim! Confira aqui)

Então, sem mais delongas vamos nos divertir um pouquinho com os mandamentos. Na verdade são 10 mas coloquei aqui só os mais interessantes.

Dois deles estão voltados para o tema "alimentos afrodisíacos". Falam da importância de não consumir ostras e outros mariscos porque, apesar de possuírem tal fama, estão em falta nos nossos oceanos. Ah, no quesito frutas afrodisíacas como o guaraná, a framboesa, etc. está tudo liberdo. MAS, prefira as não transgênicas.

Para aqueles que gostam de emoções fortes, evitem comprar acessórios feitos de PVC. Prefiram produtos de origem natural como o latex, por exemplo.

A sugestão dos ecolubrificantes então, é de matar! O site sugere que não há nada melhor que a lubrificação natural. A língua sempre será um bom instrumento para isso, mas se ainda assim precisar de algo externo, recorra a lubrificantes que não sejam feitos a base de petróleo, como a vaselina, mas sim, produtos a base d'agua. (Tem gente que usa vaselina mesmo?? Ai gente, cadê o KY nessas horas?)

Ok, galera. A coisa está feia no planeta mesmo. O desperdício de água, o aquecimento global, o derretimento das calotas polares, a devastação da amazônia são assuntos que deveriam preocupar todo mundo. Mas notem que esses caras não desencanam nem "naqueles momentos".

Agora vem o último mandamento, o mais freak de todos (eu procurei fazer uma tradução literal do texto, juro!)

Apagar as luzes na hora do sexo pode ser uma ótima forma de economizar energia, afinal "é possível começar uma revolução energética da sua cama!". Sugerem também o uso de velas de cera de abelha e, caso não consiga ficar sem ver "tu compañera", é muito fácil: faça amor durante o dia!




Quem vai aderir levanta a mão!

Ótima semana a todos!

Com a boca na botija

Sinto-me muito desconfortável para comer em público. Imagina ser FOTOGRAFADA com um alface no dente? Elas são...









Fonte: ego.com.br

domingo, 19 de outubro de 2008

Meus 15 Anos


Quando eu tinha 15 anos, lá em 1995, a minha maior preocupação era esconder as barbies (que eu ainda brincava) dos meninos. Afinal, o que eles pensariam de mim?

Pior ainda, era manter as notas boas e insistir para minha mãe me deixar ficar até mais tarde no play do prédio (época que esse “mais tarde” era dez da noite).

Era uma época que eu queria um sapato chamado “Nauru”, moda absoluta entre os adolescentes cariocas e um chinelo chamado “Kenner”, vendido nas lojas famosinhas da época.

No meu aniversário de 15 anos, eu pedi que meus pais me dessem o dinheiro equivalente a uma festa de gala (minha veia negociadora sempre forte), e assim eu equipei meu quarto com som, televisão e viedo-game. Além de aumentar o estoque de blusinhas.

Deve ser muito difícil ter 15 anos em 2008... Ter que lidar com um ex-namorado psicopata que entra na sua casa armado, faz você e sua família sofrerem por 100 horas seguidas e ainda atira fatalmente.

De quem é a culpa? Da família que deixou uma menina de 12 anos namorar um rapaz de 18? (hoje em dia ela tinha 15, e ele 22). Talvez sim, talvez não. Ela poderia muito bem ter namorado escondido, certo?

Da imprensa de abutres? Talvez sim, talvez não. Não dá para saber o que se passa na cabeça de uma pessoa que faz algo assim.

Da falta de informação? Dos tempos te hoje? Bom, não adianta mais... A menina está lá, com pouquíssimas chances de sobreviver.

Meu post de hoje é um pedido. Não sei bem o que estou pedindo... Na minha orientação religiosa, eu peço por paz, mais orações, mais humanidade. Para outros entendimentos, peço por vibrações positivas e o que mais for necessário. Não apenas pela menina e pela família, mas também pelo mundo em que vivemos.


Beijos,
B.Beiçola.

sábado, 18 de outubro de 2008

Sobre a parte que não me pertence!


Nestes últimos dias a minha aura está apagadinha, me sinto um ser cinza, e assim meu relacionamento também. Aquela chama toda pra onde foi?

Não posso simplesmente culpá-lo, pois me pergunto o que eu estou fazendo pelo nosso relacionamento? E o NÓS? Ainda existe?

Às vezes a poeira do cotidiano tem que baixar pra reacender a chama e eu sei que meu relacionamento não está fracassado, é só uma crise, e eu contribui pra ela acontecer.

A minha paciência tem limite, eu penso nisso várias vezes e lá vem discussão, minha beleza está cansada.
Penso: Agora ele aprendeu. E cadê o meu botão de stop? Não tem, começo a entrar em modo jararaca, não sei mais minhas limitações e reclamo de tudo como uma doida, mesmo que seja só porque ele prefere depois do cinema passar num lugar pra ver umas casas.

Cheia de mim e da minha autosufiência eu penso que não dependo de homem pra PN, eu faço acontecer. Mas peraí. Eu nunca precisei antes de ficar com ele. Eu fiquei com ele porque encontrei alguém que me amava, quando foi que minhas escolhas se tornaram tão erradas? E ele se esforça todo dia pra mudar o que eu digo que está errado (sim, mudar por mim), suas qualidades superam seus defeitos e o mais importante: ele me ama acima de tudo acima de si mesmo, suas atitudes demonstram isso.

E eu?

Estou olhando pro meu umbigo! Levanta a cabeça, olha a sua volta. Isso não é sorte, você batalhou pra ter e ser, essas são suas escolhas refletem na sua vida independente dos achismos. E o corpo adoece! Parece que sou uma chantagista, sempre que estamos assim meu corpo parece padecer do ritmo louco e entra em curto, e ele, apesar de todas as verdades afiadas e palavras de baixo calão ditas que ferem o ego e o coração, cuida de mim.

Mas penso: Ele só está fazendo isso por obrigação?

Alguém dá um tapa nessa doida pelo amor de Deus!

Ainda está olhando pro teu umbigo!

Ei! GAROTA! Coisas boas acontecem pra muitas pessoas, seja um bom amigo que te ouve, seja um animal de estimação companheiro, ou sua carreira em ascensão astronômica, ou sua unha que está divina, ou um sorriso de um desconhecido, ou a companhia de sua família, você sempre tem um motivo pra se sentir especial e recomeçar. Tudo tem saída, tudo tem um jeito. Pensa bem: Você quer ficar sem esse amor? Você acha que tem tudo que desejava com ele? Ele te corresponde apesar de todos os foras? Ele fica no hospital por você? Ele Fala EU TE AMO sempre? Ele vai até o inferno pra te defender?

As respostas são: sim.

Agora o mais importante:

VOCÊ ENCONTRARIA PESSOA MELHOR?


- Sim, eu acho.

Pessoas melhores existem, mas eu quero ficar com essa pessoa que me cativa e me dá o melhor e o pior do meu dia. Eu a quero pra mim. Eu não sei se o amor cego ainda existe, mas eu não o sinto, o meu amor é infantil, é inocente, incoerente, inconseqüente, ordinário, egoísta, mas é MEU. Não é uma questão de melhor ou pior, é uma questão de escolha, eu escolho viver ao lado dele, já houve momentos em minha vida que optei ficar só, e não me arrependi, o importante é fazê-lo. Não é conformismo, lembro que na medicina existe o princípio da Navalha de Occam: "Se em tudo o mais forem idênticas as várias explicações de um fenômeno, a mais simples é a melhor". Por que eu sempre tenho que complicar tudo? Se o mais simples fosse ficar solteira, eu já tinha engatado um namoro com o mais vagabundo safado da terra. Como o mais simples é ficar com ele eu preciso me sabotar. Chega de tanta complicação, eu quero coisas simples (se é que elas existem).

"Fico admirado quando alguém, por acaso e quase sempre sem motivo, me diz que não sabe o que é o amor. eu sei exatamente o que é o amor. O amor é saber que existe uma parte de nós que deixou de nos pertencer. o amor é saber que vamos perdoar tudo a essa parte de nós que não é nossa. O amor é sermos fracos. O amor é ter medo e querer morrer." (José Luís Peixoto)



Candy May

sexta-feira, 17 de outubro de 2008

Aventuras de Uma Nerd ao Som de Exaltasamba

*Já postei esse texto no meu blog, um tempo atrás. Porém, o reli essa semana e cheguei à conclusão de que se encaixa como uma joselitagem - e das grandes. Por isso, divido aqui com vocês a experiência de uma nerd decidida a conhecer a festa mais famosa do Brasil.

Meu lindo Carnaval.

Eu vou ficar em casa e assistir O Senhor dos Anéis. Eu vou ficar em casa e assistir O Senhor dos Anéis. Eu vou ficar em casa e assistir O Senhor dos Anéis.
Então, depois de esperar quase 30 minutos na fila, eu e mais três amigas fomos desfrutar do famoso Carnaval.
Na verdade, nunca gostei muito dessa festa. Sempre arranjei desculpas pra não ir, livros, acampamentos, trabalhos e etc. E nesse não teria sido diferente, não fosse o fato de que minha própria mãe disse que se eu não fosse, estaria perdendo o melhor dos meus 17 anos. Ok, mãe.
Não é que eu não goste de festas, eu até gosto. Mas carnaval me lembra gente suada, bêbada e fedida. Meninas de barriga de fora gritando "beber, cair e levantar" e exibindo seus traseiros em shortinhos minúsculos, como se exibissem troféus internacionais. Fora as competições de quem dança mais vulgarmente, seja se esfregando em outros caras ou outras meninas.
Entramos na festa, que estava lotada de gente de todos os tipos. Dançamos, grudamos no trenzinho, nos livramos de bêbados e tarados de plantão. Lá pelas duas da manhã, eu já não agüentava com meus pés (céus, quantos anos eu tenho?). Sentei um pouco com uma amiga também esbaforida. Outras meninas que tinham se juntado a nós, continuaram dançando com o grupo. Ficamos lá mais ou menos 15 minutos, até que resolvemos voltar para o calor infernal que fazia lá dentro. Quase as três da manhã, eu já estava de saco cheio de ouvir "Berimbau metalizado" e "O Araketu, Araketu quando toca, deixa todo mundo pulando que nem pipoca". Continuei me mexendo, sem o ânimo do começo, tomei dois goles de água e senti tudo girar. Tonta, só deu tempo de chamar uma amiga e dizer "Estou passando mal". Ela me levou ao banheiro, sentei, e pluft.

Tudo que lembro foi que acordei deitada, com mais ou menos 30 mulheres em volta de mim, algumas amigas desesperadas, gente me trazendo água, refrigerante, gente querendo tirar minha roupa (não me pergunte o porquê), gente querendo me molhar, e minhas amigas gritando "Ela não tá bêbada, ela não bebeu, é sério!". Depois de tudo aquilo, me levaram pra farmácia, onde mediram a minha pressão e constataram que estava baixíssima. Aí viemos pra casa. 3:45 da manhã, as meninas me forçando a comer mortadela (argh), e sal, enquanto ouvíamos a banda tocar no clube.
Então elas voltaram pra festa, e eu fui dormir.

Mas ainda não acabou. Às quatro e meia, minha mãe chegou desesperada (ela não mora comigo), fez uma sopa de coisas verdes, me fez engolir um pote de sal e ainda me deu um sermão de uma hora sobre os males do vegetarianismo.
Como acabou meu carnaval? Metade das pessoas que me viram na festa devem achar que eu estava bêbada, e a outra metade, que eu tenho anorexia ou alguma coisa desse tipo. Fui proibida de não comer carne, recebi várias ligações de amigos pedindo se eu tive convulsão (hahaha) e minha vó, que é religiosa assumida, quase teve um surto de felicidade ao saber que a festa do diabo só deu problemas.

E sabe o que é pior?
Eu nem cheguei a tempo de assistir o final de O Senhor dos Anéis.

quinta-feira, 16 de outubro de 2008

Antes mal-acompanhada que solteira




Não, não escrevi errado. 7 entre 10 mulheres* preferem estar na companhia de alguém (mesmo que este alguém não preencha os requisitos básicos de NAMORADO) a estar solteira. Eu já estive entre essas 7 por incontáveis vezes.

Tenho uma amiga de cachos dourados, olhos sexies e azuis, acredite, a descrição dela é uma "coisa de louco", o lado sapatão de qualquer uma de nós poderia aflorar a qualquer momento ao vê-la. Como se não bastasse o físico, ela preenche os requisitos de sucesso, tem dinheiro e um bom emprego, além de ir longe nos estudos.

Outro dia conversávamos sobre MACHO. E ela soltou a seguinte frase "Estou com fulano há 3 anos, mas eu não quero casar com ele. Será que sou muito exigente?". Logo, perguntei o motivo de ela permanecer com ele JÁ QUE não via futuro. Então, ela o defendeu com unhas e dentes, dizendo "Ele é ótimo, sabe? Não me sacaneia, me trata bem, não me trai... Mas ele é tão relapso, tão acomodado! Na verdade, tão sem futuro!". O que eu respondi foi... Você tem TODO DIREITO DE SER EXIGENTE. Você vai mesmo ficar comprometida mais alguns anos com este sujeito e estará offline para o "homem que você quer casar"?

Há dias atrás, li o “Antes mal-acompanhada que solteira”. É um livro divertido (por mais que o tema seja de COMPLETO FRACASSO AFETIVO), conta a história (estória) de uma moça, de estima baixa e acima do peso, que vai remoendo um namoro fracassado. O namorado, seguro e atlético, está ali por ser cômodo, por não precisar se esforçar muito. Ela está lá por amá-lo incondicionalmente. Não, ela não acordou num domingo e pensou “Essa não é a vida que eu quero”. Pelo contrário, ela precisou ouvir com todas as letras – Mesmo que ele tenha dito de várias formas, em gestos e atitudes, QUE NUNCA QUIS FICAR REALMENTE COM ELA.

À medida que vamos envelhecendo, a exigência cresce para um grau absurdo. Não toleramos mais brincadeirinhas, descompromissos (ao menos EU não). A vida parece absurdamente curta e se você estiver solteira aos 30 anos saberá o que estou dizendo. Não, você não aceita MAIS UM macho babando no seu travesseiro, não aceita sexo mal feito, nem desculpa esfarrapada. Ah, quando eu tinha 18 anos, era tão mais fácil, nada de PEDIR NADA. Era “Deixa a vida me levar”. Era um “Ah, me deixa em paz”. Nada de saltos monumentais ou bebidas no fim do dia para acalmar as têmporas. Você trajava um belo all star confortável. Às vezes me pego pensando que se voltar a usá-los, poderei ser aquela jovem despreocupada de outrora... Assim como mágica. Sairei na rua com as amigas, nos acotovelando ao ver um carinha interessante. Mas, ó, céus, sou capaz de ser presa por usar um all star!

E é por isso que sinto inveja SOLENE de quem se mantém solteira por não topar desgaste emocional. O que sabemos é que UM RELACIONAMENTO SÓ VALE A PENA se nos trouxer felicidade. O MACHO tem que vir para somar, não para desestruturar. Todas essas frases você fala para sua amiga quando ela está aflita e enfiada num relacionamento NEURÓTICO. São frases lindas e maravilhosas que, na prática, se aplicam a pouquíssimas mulheres. Não conseguimos nos desvencilhar, mesmo sabendo que na esquina há dois ou três homens que a comeria melhor, que a deixaria duas vezes mais segura, MAS você se pega querendo o mesmo, o antigo, o seguro (?). E aí você pronuncia a frase DO FRACASSO: ...Mas ele é ótimo...


* mentira, não tenho essa estatística, mas pensei que "usá-la" daria mais credibilidade ao que eu ia dizer... Enfim...

quarta-feira, 15 de outubro de 2008

CF RESPONDE sobre ATÉ ONDE CEDER SEXUALMENTE



A nossa leitora pergunta: “Namoro há 3 anos, meu namoro vai bem. Procuro fazer tudo que posso para meu namorado não procurar nada fora de casa, até engolir esperma eu já engoli, meio sem vontade, mas cedi para agradá-lo. Percebi que quando se cede uma vez dá merda. Agora ele quer anal e eu não quero, até ameaçar terminar ele já ameaçou, e nessas horas eu me pergunto se já não é hora de eu terminar esse romance logo, chantagem é pesado. Não sei o que fazer. Ajudem-me”.


Sally responde: Acho um horror fazer qualquer coisa "só para ele não terminar comigo".

Que homem é esse que ameaça terminar com você por causa disso?

Por partes: Quem gosta de verdade não ameaça terminar só por ser contrariado. Quem gosta de verdade sequer TEM VONTADE de fazer uma coisa na cama que não vá ser agradável para você e finalmente, quem gosta de verdade respeita, admira e tem medo de perder.

Até onde eu sei, boa parte do prazer masculino está vinculada a dar prazer à mulher. Se esse animalzinho egoísta quer as coisas do jeito dele sem se importar com o que você quer, gosta ou sente, está mais do que na hora de dar um belo pé na bunda desse bostinha.

E nunca mais se submeta a nada que você não queira fazer para manter a pessoa do lado. Quer saber? Homem que procura outras mulheres "na rua", o faz mesmo que você atenda a todos os pedidos dele.

Queira estar com alguém que quer estar com você como você é e que goste de você como você é. Queira estar com um homem louco para te agradar, e não um chantagista barato que te pressiona para que você se anule em função do bem estar dele.

Momento crueldade: Da próxima vez que fizer sexo com ele, peça para fazer fio terra no bonitão. Se ele não deixar, ameace terminar ou procurar outros homens, como ele faz com você. Se deixar, enfie até o punho e depois dê um fora nele dizendo que você acha que ele é viado por ter topado isso.

xxx

Lady X responde: Sweetie, você ainda tem dúvidas do que fazer?!
O cu é seu. Se não deu ainda é porque você não está com vontade, então ele tem duas opções: aceitar OU ACEITAR! Isso é o mínimo que se exige de um relacionamento saudável. Você não tem nem que cogitar fazer sexo anal só por medo de perder o namorado.

Acho baixíssimo isso dele resolver que vale a pena jogar fora o relacionamento de 3 anos por tão pouco. É aí que seu amor próprio deve falar mais alto, afinal, é um cu, caramba! É muito pouco.

Repense sobre esse relacionamento, se chegou ao ponto de uma chantagem dessas, mesmo que o sujeito não esteja realmente decidido a terminar por causa disso, é porque as coisas vão mal. Três anos de namoro não é pra qualquer um, o comodismo um dia toma conta, isso já não aconteceu por aí?

xxx


B. Beiçola responde: Conhece a brincadeira "mostra o seu que eu mostro o meu"? fala para ele experimentar e dizer se é bom, se ele disser que sim, aí vc dá.

Fala sério, chantagem sexual? termina logo VOCÊ com ele... que idéia!!!!!!!!!

Entre quatro paredes, acontece o que for bom para as duas partes!

xxx

Candy May responde: Querida leitora, se seu digníssimo ameaça vc por não dar o seu cu imagina o que ele não vai fazer quando vc não quiser lavar a cueca dele.

Me admira muito de um homem (sim com H minúsculo) queira acabar com um namoro por conta disso. Tente explicar pra ele que o c* é seu e vc vai dar ou não, quando lhe der vontade.

Se vc quer terminar com ele, com certeza não deve só ser por este motivo pq homem quando é babaca ele o é em vários sentidos. Vc já tentou conversar com ele? Se não, um diálogo sobre este assunto seria ótimo pros dois, pergunte a ele pq ele faz tanta questão de pegar vc por trás, se só na frente não o sastisfaz, seja bem sincera mesmo e se mesmo assim ele se comportar como criança diga: “Ok, enfia um pau no teu cu e depois me fala se dói ou não!”.

xxx


Clari responde: Sugira colocar seu dedo no cu dele e só depois disso fale que topa dar o seu.
Se ele não aceitar diga que vc vai terminar pq ele não é capaz de te satisfazer na cama.
Se ele aceitar coloca o dedo e depois espalha pra todo mundo que ele gostou!




terça-feira, 14 de outubro de 2008

Homem em minúscula


Eles são mentirosos. Falam e fazem qualquer coisa para levar a mulher pra cama – seu único objetivo - para depois se vangloriar com os amigos. Sim, porque esse tipo de homem tem que se auto afirmar contando tudo para sua rodinha (mesmo que metade seja mentira).
Geralmente esses homens também são conhecidos como canalhas. Eis a descrição no dicionário:

Canalha: conjunto de pessoas infames, abjetas, desprezíveis.

Sinônimos: abjeto, acanalhado, baixo, bocório, cafajeste, chulo, desbriado, desgraçado, desonroso, desprezível, escroto, espurco, feio, ignóbil, ignominioso, imundo, incorreto, indecoroso, indigno, infame, inominável, inqualificável, intolerável, mal-afamado, mariola, mesquinho, miserável, mísero, moleque, mucufa, obnóxio, odioso, ordinário, pangarave, patife, pífio, pulha, rebaixado, reles, ribaldo, sacana, sem-vergonha, soez, sórdido, sujo, terrulento, torpe, tratante, tratista, velhaco, vergonhoso, vil, vilão; ver tb. sinonímia de pulha, ralé e súcia.

Essa raça pode evoluir (!!) e vir a se tornar essa:

Cafajeste: indivíduo sem nobreza de sentimentos, com má-formação de caráter, em quem não se pode confiar; canalha, que tem modos grosseiros, ordinários, abusados, desordeiro, valentão, infame, vil, canalha. Que tem o chamativo mau gosto considerado típico dos cafajestes; acafajestado. Esse não precisa provar nada aos amigos ou a ninguém. Suas conquistas são para prazer próprio e levar a mulher pra cama não é seu único objetivo, pois aprecia cada etapa da conquista, usa a arte da sedução como sua maior arma. Sabe valorizar uma mulher da maneira que ele acha certa, não que ela quer.

Já sobre os acomodados: Vejam bem, as mulheres esperam que o homem tenha atitude e chegue nelas. Mais que isso, esperam que o homem assuma o controle da situação quando for necessário. As mulheres estão cansadas de tomar todas as medidas necessárias, gastar sua energia, seu tempo, sua beleza para que a relação comece ou dê certo enquanto os homens ficam apenas esperando. Tudo bem que as mulheres queiram ter direitos iguais e blá blá blá, mas carregar o relacionamento nas costas sozinha não dá! Já temos que escolher a lingerie certa, a roupa, o perfume ideal, a cor do esmalte, que tipo de bolsa combina com o sapato escolhido, os brincos e demais ornamentos, fazer a depilação! Custa muito o homem (que só tem que escolher a cueca, a calça jeans e a camisa) se encarregar de escolher o que vão fazer?

Por que os homens são tão infantis? Ser maduro é assumir as responsabilidades. Muitos homens preferem sumir, desaparecer, mudar de casa, de número de telefone a terminar um relacionamento. Empurram com a barriga, mudam de comportamento, passam a destratar a namorada mas não, eles não tem culhões de chegar e dizer que não querem mais continuar. E a mulher sempre estará fazendo de tudo para dar certo, para entender onde ela errou ou o que está fazendo de errado, gastando suas energias com algo que já está terminado e o cagão do namorado simplesmente não diz.

Eis aí alguns dos motivos pelos quais não gostamos de homens. Com h minúsculo mesmo.

Se você, caro leitor, está indignado com tais características e, pior, se identificando com algumas delas, é aí que está o problema.

Do que gostamos então? Gostamos de Homens, com H maiúsculo! Que assumam suas responsabilidades. Que se dediquem a nos conquistar realmente nem que isso dure meses e não apenas por uma noite. Aqueles que se importam com a relação e não têm medo de discuti-la se necessário. Que mandam em nós (sim, gostamos de ser mandadas com jeitinho), que dediquem pelo menos 10 minutos do seu dia para pensar aonde irão nos levar, que nos ouçam e se importem conosco. Homens que são fiéis em sua essência (extinção? Eu AINDA acredito que existam) e não vão ficar olhando pra bunda de todas as mulheres que passarem na rua imaginando... Vocês sabem...

Homens seguros, que confiam no seu taco e sabem o que estão fazendo.

Para mim, particularmente, ele pode até chorar (sem parecer um bezerro desmamado, por favor). Desde que seja por um bom motivo, claro. E não apenas para despertar nossa piedade.

Post dedicado aos leitores que nos acusaram de não gostar de homens.


Adriana



segunda-feira, 13 de outubro de 2008

Ai, mas já segunda-feira?

Hoje é segunda-feira, dia de reunir forças (justamente aquelas que esgotei no sábado à noite) e encarar mais uma semana que vem pela frente.

Ocorre que sou uma fã descarada do Garfield. Temos tanto em comum que às vezes acho que deveria ter nascido na pele daquele gato. Sou preguiçosa, adoro desperdiçar minhas horas em frente à televisão, meu prato favorito é lasanha e odeio segundas-feiras e dietas. Ok, não tenho pelo alaranjado e nem listras.

Assim como muita gente, ontem senti uma agonia profunda ao ouvir a vinheta do Fantástico. Mas confesso que já é um alívio ouvir só a trilha (sim, porque agora eles não cantam mais o "é fantástico!" Tãã).



Ah, tem mais uma coisa: a dieta que sempre começa na segunda-feira...hoje não poderia ser diferente.



Então, vamos que vamos e daquele jeito! Por mais saudável que você seja, não dá para negar que tem vezes que a gente reza para a semana acabar logo. É muito stress, gente.
Para começar, acordamos vendo tudo em preto e branco. E em slow motion!

Sair de casa é uma batalha e quando finalmente conseguimos, tem o trânsito, a poluição, aquele tempo doido que te faz carregar roupas e guarda-chuva o dia todo... enfim, todos os percalços corriqueiros da vida urbana.


Daí que, de uns tempos para cá, tenho aderido às teorias naturebas e moderninhas. Tudo muito zen, muito equilibrado (não que eu pratique todos os dias, mas apoio totalmente tá?).



São coisinhas relativamente simples e que realmente me ajudam a manter o pique durante a semana.
É claro que não deixo de amar lasanha. As maratonas de séries e filmes na TV ainda são meu ponto fraco. Mas acho válido incorporar ao dia-a-dia tudo que há de bom e barato no quesito qualidade de vida.



Então hoje deixo aqui umas dicas para quem queira começar a semana de uma maneira diferente.

BANHO CONSCIENTE

Não está relacionado com o tempo gasto no banho, mas sim com a sua capacidade de transformar. Pode ser feito mesmo com o rápido banho de chuveiro, num ato consciente de entrar e estar em contato com si mesmo. Que sejam dez minutos, mas qualitativos. Durante esse curto espaço de tempo você pode estar muito presente, refletir, limpar e harmonizar as suas energias além ter contato com o seu corpo. Utilize o banho como uma redescoberta integral do seu ser. É hora de relaxar, deixar de lado a atitude apressada e inquieta e ver o banho como ele é - um belo ritual de limpeza e purificação. A água morna estimula os poros a se abrirem em grandes "dutos" por onde as toxinas poderão sair. A escovação já retirou as células mortas e o banho morno irá abrir os poros e relaxar as tensões. Existem alguns detalhes para incrementar o ritual. Use velas, música, aromas e sabonetes de glicerina vegetal, argila e ervas.

ESCALDA-PÉS

Este não é um hábito indicado como diário, mas vale a pena usá-lo quando perceber que as coisas estão aceleradas e passando um pouco dos limites. Mensagem embutida: pare, relaxe, desintoxique-se e durma! As toxinas do corpo seguem a lei da gravidade, acumulando-se nas pernas, pés e mãos e, normalmente, procuram sair gradualmente através da pele. O sulfato de magnésio - o famoso sal amargo -, quando usado num escalda-pés, "dissolve" essas toxinas que são, então, eliminadas na água.Este procedimento é indicado em casos de intoxicações mais acentuadas e pode ser aplicado na forma de escalda-pés ou banho de imersão. Como qualidade energética, ele purifica e regenera.

Como praticar: feche portas e janelas para evitar correntes de ar. Evite movimentos desnecessários, conversas e presença de pessoas não relacionadas ao tratamento. Use uma bacia, balde ou similar, grande o suficiente para conter os pés de modo confortável. Encha o recipiente com água quente (sem exceder 40°C) na quantidade certa para cobrir por completo os tornozelos. Dissolva de 3 a 5 colheres (sopa) de sulfato de magnésio. Sente confortavelmente, usando roupas folgadas e joelhos cobertos. Mergulhe aos poucos os pés na água e cubra as pernas com uma toalha. Coloque um agasalho ou manta nas costas. Ao final, enxágue os pés com água fria e pura, para interromper o processo de "corrosão" das toxinas. Seque bem os pés, calce meias e vá direto para a cama, cobrindo-se adequadamente. É recomendável beber um copo de chá morno antes do escalda-pés e manter, durante sua aplicação, uma compressa de água fria na testa para refrescá-la, direcionando o sangue para outras áreas do organismo. Renove a compressa sempre que ela se aquecer.

BANHO DE IMERSÃO

Uma vez por mês pode-se fazer um banho de imersão, numa banheira ou ofurô. A quantidade de sulfato de magnésio pode variar de 7 a 10 colheres (sopa), segundo o peso e volume da pessoa. Pode-se acrescentar ervas medicinais e óleos essenciais aromáticos, para complementar a ação terapêutica do sal amargo. Para hidratar o corpo, pingue na água do banho 5 ou 6 gotas de óleo de amêndoa doce. Igualmente, o banho não deve ser prolongado (10-15 minutos} e é importante o enxágue com água limpa ao seu término.


Opções de ervas medicinais:


CAMOMILA - causa sensação de relaxamento

HORTELÃ - renova as energias, contribui para amaciar a pele e tem um excelente efeito desodorizante.

SÁLVIA - erva de efeito antiinflamatório, que ajuda a combater cravos e espinhas. O banho de sálvia é recomendado especialmente para quem tem pele oleosa.

FLOR DE LARANJEIRA - dá uma gostosa sensação de frescor e descanso. A flor de laranjeira é também adstringente e fecha os poros excessivamente dilatados.

MELISSA - também conhecida como erva-cidreira, proporciona um banho repousante e perfumado.




Como trilha sonora, sugiro especialmente as músicas do grupo Pedra Branca.



Uma excelente semana a todos!


Namaste




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