Constatei de uma vez por todas essa semana: estamos todos sujeitos à lei do retorno.
Sei que parece superstição que a avó coloca na cabeça da gente (não deixa chinelo virado menina! Senão sua mãe morre!), mas não é.
Desde criança ouço dizer que tudo que fazemos retorna três vezes mais forte, seja o bem, seja o mal. O engraçado é que se eu “arranjo” dinheiro para alguém (sim, porque emprestar hoje em dia é puro eufemismo. Você nunca vai ver aquelas notinhas de novo) ninguém me devolve com juros de 300%.
Mas enfim, adoto uma teoria mais equilibrada. Algo como a Lei de Newton das relações interpessoais. Seu atos geram um resultado de igual força e sentido só que em direção oposta.
Sempre fui muito dominadora. Chata mesmo sabe? Só de uns tempos para cá que consegui melhorar. Compreender que relações saudáveis exigem um certo afastamento ocasional, o respeito mútuo ao espaço do outro e um pouco de confiança também. Só que até alcançar esse patamar (oh!) deixei meus ex-namorados quase loucos.
Existem outras situações ilustrativas também. Dei chifre e um tempo depois levei, com outra pessoa, mas em situação idêntica. Dei risada de quem se ferrou e depois me ferrei igualzinho. Me acabei de rir porque meu amigo era tão braço que só sabia sair cantando pneu e hoje vivo fazendo isso (olha o cantinho da vergonha) entre outras futilidades.
Mas analisando bem, não é que minha avó tinha razão? A coisa volta mesmo!
Hoje estou aqui, só que no papel dos meus ex-namorados guerreiros. Estou com uma pessoa que gosta muito de mim, não tenho dúvidas disso, mas que não consegue respeitar meu espaço. E sei que não é por mal, mas sufoca.
Me vejo em cada atitude dele. Ó céus, estou namorando comigo mesma! Será uma fenda nas dimensões? Existe um mundo paralelo e esta criatura escapuliu de lá para cá?
Não minha filha, é a lei do retorno mesmo. De uma vez por todas você vai aprender a não ter seus surtos controladores e deixar de tratar quem você gosta como um animalzinho de estimação.
Pensando bem, dominar o mundo não é tão legal assim.
Aprender a ouvir os NÃOS da vida não basta. Aprender a dizer NÃO também é preciso. E talvez não seja uma tarefa assim tão fácil como possa parecer.
Enquanto isso não acontece e tendo em vista a comprovação empírica dessa teoria aqui explanada, por fim, concluo (mentalizem a voz do Silvio Santos, por favor):
“Quem quer dinherooooo??”
M.E.L.
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