quarta-feira, 28 de julho de 2010

Por que ENVELHECER é diferente para homens e mulheres?

Envelhecer é desesperador para boa parte das mulheres. Há seios para serem demolidos, lábios a serem escondidos e nádegas com a promessa de decadência. Enquanto boa parte dos homens fazem ar blasé para velhice. Eles ganham charmosos pés de galinha que, por vezes, só realçam sua experiência e vivacidade.

Vocês já pararam para observar uma mulher e um homem da mesma idade? No segundo que você observá-los vai achar quase sempre que o homem é mais novo. Outro dia, eu estava assistindo à propaganda do Toddy onde o garoto diz que vai passar 1 ano fora e a garota pergunta se ele vai ser fiel. JURO, eu JU-RO que na hora que vi a imagem dos dois pensei que ela fosse a mãe dele.

Os homens têm esse quê de liberdade, essa desimportância leve da velhice. Eles olham no espelho e mal reparam que há degradação aqui ou ali (Excetuando-se aqui a virilidade sexual, ok?). Claro que há percalços para o envelhecimento precoce e NOTÁVEL, um deles é o interior, a jovialidade. Comparo bem esse fato com minha mãe. Ela tem 60 anos e tem uma amiga de 50 anos. Minha mãe parece ser a filha dessa pessoa de 50 anos. Tudo porque minha mãe é sorridente, disposta, caminha todos os dias e não vive se lamentando.

Mas onde eu quero chegar com essa coisa? Os homens parecem mais jovens por que enxergam a velhice com desdém? Os homens parecem mais jovens por que lidam com os problemas de forma mais despreocupada que as mulheres? Ou seria por que já nascem livres, soltos, desde as vestimentas aos ímpetos sexuais?

Ou será que a maquiagem e os renews que jogamos na cara para disfarçar a coisa toda ressaltam a velhice? Não sei.

terça-feira, 27 de julho de 2010

As fases da vida contadas em festas

Há algum tempo, uma amiga me ensinou que a vida pode ser contada em festas.

Calma, não estou falando da sua amiga que fica bêbada e acaba contando tooooooda a vida pra você. Não, não.

Estou falando da linha do tempo dividida entre as festas que fazem parte da nossa evolução humana.

Explico: Durante toda a nossa vida, haverá uma época para cada tipo de festa. Por exemplo, tudo começa na sua festa de 1 ano de idade. Você não se lembra de absolutamente nada, mas há inúmeras fotos e vídeos que registram a ocasião. Este festa é sua só no nome, pois vão apenas os amigos dos seus pais, os filhos dos amigos dos seus pais e os parentes dos seus pais. A única coisa sua é a foto do convite. E os presentes.


Logo depois vêm as festinhas na escolinha, êêêêê! \o/ Dessa vez você tem algumas lembranças: salgadinhos, brigadeiros, refrigerante, chapeuzinho, professora e coleguinhas reunidos em volta das carteiras que foram juntadas para formar uma mesa só.

Ainda na fase da escola, também existe as festas na casa dos amiguinhos. É lá que provavelmente você irá aprender a avacalhar na hora do parabéns, brincar de verdade ou conseqüência, sendo a “verdade” ter que dizer o nome do (a) menino (a) que você gosta e a “conseqüência” ser “pagar um mico”. Mais tarde essas brincadeiras vão evoluir para Salada Mista e 7 Minutos no Paraíso.


Passada essa fase, começa a temporada das festas de 15 anos. São nelas que você vai saber se é popular ou não pelo número de convites que recebe. São nelas também que você toma seu primeiro porre e acha que “15 anos” também é micareta. Descobre também que all star com terno é original. Nessa fase você também aprende a entrar de penetra nas festas em que não foi convidado. E no dia seguinte, você sabe o que é ter ressaca e como esconder dos seus pais que você bebeu (muito) na noite anterior.

Depois vêm as formaturas do 3º ano. Aí você já está “mais velho” e sabe que algo muito bom está por vir: a faculdade. Aí você se joga na pista. Nessa fase, alguns já descobrem que all star com terno é mais comum que gergelim em pão de hambúrguer. Outros, ou ainda acham que é “alternativo”, ou sinônimo de estilo. Tsc tsc.

Nas formaturas de 3º ano você também descobre o whisky com energético e o que é acordar com gosto de guarda-chuva na boca. Os belo-horizontinos descobrem também o pós-festa no Mercado Central.


Passado o 3º ano, agora você está na faculdade e é a vez das festas universitárias. É agora que você descobre o bar do outro lado da rua e que pode sair no meio da aula para ir pra lá. Descobre também que dá pra sair durante a semana e ir direto pra aula depois da festa. Sem contar as calouradas onde 90% dos presentes não são calouros, mas veteranos atrás de calouros para “dá uns pega” e que encontro de estudantes e congressos não são apenas para estudar e aprender novas técnicas do curso, mas que renderão boas histórias e risadas. E que festas universitárias são as mais baratas e divertidas de todos os tempos.


Como tudo que é bom dura pouco, a faculdade um dia chega ao fim e é hora de virar gente grande de verdade. E começa pela festa de formatura! É lá que você relembra todas as festas memoráveis, as pérolas que soltaram na sala de aula, os professores que passaram, mesmo que você não se lembre muito bem deles, e que descobre que os amigos feitos durante os 4 anos (em média) são os mais verdadeiros.

Lá você descobre que se você já não estiver empregado, você tá f*&$#@o e que se estiver, você terá responsabilidades muito maiores (ou seja, também estará f*&$#@o).

Descobre também que não haverá mais a desculpa “sou universitário e posso cometer erros” e que um erro seu pode te colocar no meio da rua.

E claro, descobre que terno com all star é ridículo.


Recapitulando: aniversário de um ano, festinhas na escolinha, festas de 15 anos, festas de formatura do 3º ano, festas universitárias, formatura da faculdade... Pela ordem da evolução humana, o próximo estágio seriam as Festas de Casamento. Esta sim é uma fase complexa.

Porque, ora bolas? Eu sou casada (o) e não me arrependo!

Calma, sua besta desesperada! Eu não estou falando que casamento é ruim e que a vida de solteiro é melhor. Falo ainda da linha temporal.

Vejam bem: agora você de fato é um adulto e deve arcar com as conseqüências da vida adulta. Você terá que zelar pelo seu bem-estar e pelo bem-estar do seu cônjuge, terá que pensar um zilhão de vezes antes de fazer algo que possa afetar alguém que não seja você, e claro, qual é o próximo passo, hein hein? Não que isso seja ruim, só uma transformação de vida mais séria. Não que eu tenha de fato alguma experiência no assunto, mas foi assim que meus pais me ensinaram.

Para escrever esta parte, utilizei meus (poucos) conhecimentos sobre o assunto e precisei pedir ajuda azamiga já casadas.

Nas festas de Casamento, você descobre que Trouxinha e Quirche são a mesma coisa que coxinha e empadinha, só que com nome mais elegantes. Descobre também que não importa quão eficaz seja o sistema de segurança, sempre haverá um penetra. E que boa parte dos seus convidados você não faz a menor idéia de quem seja, só chamou por que sua mãe fez questão ou por educação.

Verá também qual dos seus amigos será o próximo a subir no altar, qual deles ainda parou nas festas universitárias e quais serão os solteirões. As mulheres que ainda não casaram, ficarão com uma pontinha de inveja da noiva, e os homens, solteiros ou comprometidos, ficarão receosos quanto ao dia que serão eles a casar e quais idéias a sua acompanhante está tendo a partir daquilo. E se você for madrinha/padrinho, descobre que terá um belo furo na conta bancária por causa do presente de casamento e, no caso da mulheres, do vestido (mas que mesmo assim, será uma honra).


Nascer, crescer e...reproduzir!

É mano, você tá ficando velho... ainda ontem você estava na escolhinha cantando parabéns pra você e com quem será com seus amiguinhos e hoje você está comemorando o aniversário de um ano do seu filho! Parabéns!


As próximos etapas você já conhece, basta acrescentar "DO SEU FILHO" em cada tópico apresentado.

Claro que há pessoas que não seguem essa ordem cronológica e acabam não formando, reproduzindo, comemorando o aniversário de um ano do filho, casando, entrando na faculdade, formando na faculdades e reproduzindo de novo, mas qual o problema?





(Parafraseando a @bbel)

Para me chamar de maluca: claris@corporativismofeminino.com
Para ler minhas maluquices: @claris_simao

domingo, 25 de julho de 2010

Enquanto isso, no MSN...

Devido a uns fatos recentes comecei a repensar essa história de bate papos online. Cheguei a algumas conclusões do que me desanima completamente de usá-los. Lógico, têm lá suas facilidades, tenho amigos que moram longe e acaba sendo o único jeito de manter um contato mais freqüente com eles. Mas como em tudo na vida, acontece que o problema não está no programinha em si, mas nas pessoas que fazem uso mongol dele. Bom, vamos ao que me irrita. Gente que...
- Usa como muleta

Me irrita muito esse povo sem coragem que usa o MSN para se esconder. Sabe aquele amigo que te chama pra sair toda semana pelo chatzinho e nunca liga pra marcar, nunca nada? Ou, aquela bem clássica, do carinha que termina com você por MSN ou que só consegue vir falar “verdades” se for por intermédio do chat. Gente! Olhem bem, vocês que fazem isso, acham realmente que vão poder encarar os problemas da vida sempre desse jeito? Por e-mail, por MSN? AFF! Sinceramente, né? Puta falta de respeito, de consideração.

- Usa Nick pra mandar recadinho mal amado pra alguém


Sou totalmente contra qualquer demonstração de despeito. Acho o fim da picada quando vejo o ‘nick’ de algum amigo meu com uma música ou uma frase que está na cara que é para alguém. Ou até tem uns que querem provar pra sei lá quem que estão SUPER se divertindo, já viram? Afinal, forçar pouco a barra é bobagem, né? Dica para você que faz isso: Gatenha(o), você não precisa se afirmar para ninguém em mídia nenhuma! Sua vida está aí para você reparar nela e, de qualquer forma, você não pode controlar o que uma pessoa pensa de você. Quer que ele (a) acredite que você está se divertindo, se divirta, fique mais leve que dará para perceber. Não será um Nick de MSN que vai mudar sua vida e fazer as pessoas realmente acreditarem que é tudo isso. Mais confiança!


- Te deixa falando sozinho!


Falta de educação é falta de educação em qualquer espaço, real ou cibernético. Eu sei que às vezes é complicado, alguém chama, toca o telefone, mas sei lá, eu sempre procuro avisar a pessoa, “só um minutinho”, “já venho” e tal. Ok, eu sou facilmente irritável, mas acho que todo mundo concorda que ficar falando sozinho em qualquer lugar é horrível e no MSN, não é diferente. Ainda pior, quando é aquele paquera e você super já acha que o bichinho te odeia e que está te ignorando de propósito (o que pode muito bem ser verdade!). O que tem de gente que ignora pra pagar de gostoso não tá no gibi e, vamocombiná, tem que ter muita inspiração nessa vida, viu?!

- Fica entrando e saindo pra chamar atenção

Em um coro frenético, mais confiança, galera! Vou confessar que já fiz isso também, mas quando vi alguém fazendo e sabia que era para chamar a minha atenção, achei tão uó que resolvi nunca mais fazer. Ah, e quem não tem nada a ver com a história e tá lá online, tem que agüentar você entrando e saindo incessantemente. É muita apelação! Se a pessoa quiser falar com você, fica online e fica tranqüila que ela virá. Se não veio, é porque, simplesmente, não quer! Não será a janelinha que aparece do lado quando você entra que irá convencê-la.


Bom, esses são alguns dos motivos que me dão vontade de bloquear geral, no MSN, tá ligado, mano?


E vocês, lidam bem com essas coisas? Fazem igual? Vão deixar de fazer depois de terem lido isso? Compartilhem!


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sábado, 24 de julho de 2010

Pais... Vai entendê-los!

Você está ficando velha...


Foi o comentário da Bel no post anterior "tinha um sentimento fraterno de pai/irmão por você. E daqueles que não querem aceitar q a filha/irmã transa." que me inspirou a escrever o post de hoje.
Quando somos adolescentes nossos pais, irmãos, tios, avós, primos e etc. se recusam a aceitar o FATO: nós crescemos e passamos a ter hormônios ativos, ou seja: passamos a nos interessar pelo sexo oposto [ou pelo mesmo sexo se você for homossexual] sentimental e fisicamente. Nos tornamos sexualmente ativas e isso os assusta MUITO. Eu tenho uma teoria do motivo: eles sabem que não prestam ou que quando tinham essa idade não prestavam e logo imaginam que os rapazes por quem nos interessamos e/ou que se interessam por nós, necessariamente, têm as mesmas más intenções. Eu nem tiro completamente a razão deles...

Mas é daí que vem a maioria dos problemas na vida das adolescentes: eles nos tratam como crianças na esperançosa ilusão de nos manter na mesma idade a que eles se acostumaram a nos ver. Só que o corpo não mente! Nos desenvolvemos fisicamente também. Aparecem as curvas. E tudo isso gera muita briga, muito choro e muitos argumentos, dos mais sensatos aos mais exdrúxulos de todas as partes [da garota, do pai e do namorado]. A mãe geralmente tenta aplacar a confusão, mediar a situação, argumentar de ambos os lados se mantendo meio em cima do muro. A garota fica com medo do pretendente desistir, pensado 'ela não vale tanto esforço'. Querendo eles ou não, é o curso natural da vida. É o que acontece com a maioria de nós. E aqui é importante frisar: maioria. Não todas!

Eu não passei por isso. Não é que eu não tive adolescência. Não é que eu não tive minhas paixonites. É que eu nunca apresentei ninguém em casa. Ou seja, meu pai nunca teve que lidar com isso diretamente... Assim como nenhum dos meus outros familiares.
Eu não fui criada para casar. Eu fui criada para ter sucesso acadêmico e profissional. Então relacionamentos amorosos sempre ficaram em 2º plano na minha vida. Não acho que isso tenha sido de todo mal, pois me deixou mais forte. Porém, também não foi de todo bem. Minhas amigas-irmãs bem sabem os perrengues que passei.

E é aí que entra o exemplo do filme 'Casamento Grego'. Logo no início do filme a protagonista [desculpem, esqueci o nome dela] está indo para o trabalho com o pai dentro do carro e ele olha para ela e diz: você está ficando velha... [para casar].
Pois é. Os pais tem dificuldade absurda em aceitar que somos tão humanas quanto as outras mulheres que conheceram [inclusive nossas mães], mas ao mesmo tempo querem que seu nome e seu sangue sejam perpetuados e para isso não tem outro jeito. Assim quando a filha está atingindo uma certa idade sem namorar, casar e ter uma penca de pirralhos, eles começam a nos questionar. Mais de uma vez o meu pai já me perguntou quando lhe darei netos. E a resposta?! 'Se quiser, adota. Porque não sei não, viu...'
Eu sempre fico brava quando ele pergunta e ele sempre fica bravo quando eu respondo. O que acontece é que eu não sei se tenho estrutura, tanto financeira quanto pisicológica, para assumir a responsabilidade de cuidar de uma criança totalmente dependente de mim. E realmente acredito que se todos parassem pra pensar nisso antes de ter filhos, o mundo seria um lugar bem melhor! Além disso, ainda me sinto tão jovem e com tantas coisas pra fazer antes... Principalmente me formar e viajar. Viajar muito e para o exterior, coisa que infelizmente ainda não tive oportunidade de fazer.

Se fosse só o meu pai, eu até estaria feliz. Só que uma prima minha já tem uma filha de 10 anos. A outra prima da mesma idade dela casou há 2 meses. Outro primo já está com tudo marcado para o ano que vem. Preciso dizer que agora todo mundo pergunta: 'E você, Cris?'? Eu? Reviro os olhos e desconverso. É incrível como esse assunto perturba e incomoda as pessoas! Por que a minha vida faz tanta diferença assim para eles?! Por que a nossa sociedade ainda se escandaliza tanto com uma mulher solteira e com ambições profissionais à frente de 'ser mãe'? Ser humana, na minha humilde opinião, vai muito além disso... Vai muito além de simplesmente seguir instintos.

É engraçado ver como as mesmas pessoas que até bem pouco tempo [eu considero 10 a 7 anos pouco tempo] nem sequer concebiam a idéia de que eu poderia namorar e tudo o mais que isso implica, agora não suportam a idéia de me ver bem e solteira. No mínimo pensam 'coitada'. O filme que eu citei mesmo mostra esse esteriótipo: antes de encontrar seu príncipe ela era feia, mal tratada, desengonçada, tímida e triste. Não me sinto assim!

Eu até posso vir a namorar formalmente, porém daí a juntar escovas e gerar decendentes, vai uma loooonga distância. Não me atrevo a afirmar categoricamente nem que sim e nem que não. A minha realidade atual é completamente diferente dos planos que fiz 10, 5 anos atrás... Então, quem sabe o que pode acontecer?!

Agora, pensemos de forma não tão egoísta: num mundo cheio de mazelas [principalmente fome] e mais de 6 bilhões de pessoas, será que é realmente sensato que todos, necessariamente, procriem?!
Será que já não crescemos e nos multiplicamos além do que a Terra tem capacidade de nos aguentar?!

De qualquer forma, eu já dei 2 netos aos meus pais e que já dão trabalho suficiente, rs:

 

Bom, meninas... Agora me vou que tenho um filme pra fazer ainda hoje. Depois comento como foi e se deu certo lá no meu blog.

sexta-feira, 23 de julho de 2010

Meu Melhor Amigo OU Sexo fode com tudo

Eu o conheci aos 15 anos, quando ele tinha a barriga cuidadosamente polida pela capoeira. Aos 16 anos de idade, ele acabara de chegar ao Nordeste e lutava para se acostumar ao úmido litoral quente. Tinha roupas de flanela que não eram mais adequadas no seu novo lar, mas insistia em pôr uma e outra enquanto borbulhava pelos poros de calor. Ele era misterioso e apaixonante, com uma falha certeira na sobrancelha. Escrevia, desenhava bem e conseguia me deixar furiosa instigada com suas discussões. Tudo começara quando discutíamos INDIVIDUALIDADE. Ele acreditava que existia, eu não. Mas depois de meses andando em círculos, descobrimos que ele falava do termo filosoficamente. Eu, sociologicamente. E, claro, não iríamos chegar em ponto nenhum.

Eu me apaixonei perdidamente, enquanto ele fazia sexo com uma de nossas colegas e galanteava todas as garotas da minha turma. Ia me buscar sempre depois das aulas para escrevermos, ou lermos o que cada um tinha escrito. Ele me mostrava seus desenhos e eu escondia meus sentimentos. Depois lhe mostrei o seio esquerdo numa de nossas bebedeiras adolescentes. Ele me ensinou muito cedo que os homens são covardes com as palavras. Por que ele nunca disse simplesmente "eu não vou te comer" ao invés de ficar ao meu lado todos os dias da minha adolescência torturante?

Nas férias, o ritmo de nos encontrarmos depois das aulas foi extinto. E eu decidi que precisava esquecê-lo. Foi aí que comecei o meu primeiro relacionamento fixo. Não tínhamos assunto, meu namorado escrevia mal, nem sabia desenhar. Não era fascinante, mas todas as minhas amigas babavam ao vê-lo. Ele chamava atenção e eu pensava em sexo quando estava com ele. Era bem legal. O meu amigo brasiliense veio falar comigo e eu quase pude notar a putez por trás daqueles olhos castanhos, dizendo: Que tipo de cara é esse que você está ficando?

Ao invés de 1. Ele me pedir para ficar com ele e largar o namorado ou 2. Me pedir em casamento, ele se afastou de mim. Aliás nesses 15 anos de amizade, já me acostumei a essa conduta. Se estou tendo uma vida sexualmente ativa ele me abandona. Só sou sua amiga quando estou frígida. É assim, foi assim. Quando engravidei não nos falávamos, quando estive com o namorado x, y ou z ele me ignorava. Nunca pude contar-lhe "Estou feliz, ando fazendo sexo quase todo dia", ele nunca esteve lá para ouvir.

Me mudei para sua cidade, Brasília, e ele continuou na minha. Depois de vários anos ele me reencontrou na internet, numa dessas redes sociais - E olha que de social ele não tem nada. Para relembrar os velhos tempos, ele me mostrou seu pau na webcam. Foi divertido, rimos. Éramos como Fred e Wilma, Popeye e Olívia, mas sem sexo. Ele veio a Brasília logo a seguir, circulamos pela cidade sem ter para onde ir. Eu dirigia e o observava, ele tinha agora uma protuberante barriga de cerveja e usava roupas mais adequadas. Estávamos bem próximo dos 30 anos, mas continuávamos afiados em nossa cumplicidade.

Há meses atrás fui à sua cidade, quer dizer, à MINHA cidade - Ele que está enfiada nela e eu na dele. E bebemos, conversamos, brigamos, andamos, lemos, escrevemos e eu tive vontade, com os olhos lacrimejantes, de dizer "Eu te amo, você sabe, não é?". Mas tudo que fiz foi acenar antes de fechar o portão. Toda vez que penso nele, eu quase choro, mas aí lembro de rir. Quase dou uma gargalhada ao lembrar de suas provocações. De como critica sempre meus sapatos: Por que você não pode usar sapatos normais como as pessoas normais? Ou se apareço chorosa por algum fato dolorosamente doloroso, lá está ele dando seu apoio morTal: Porra, eu acho é pouco. Quem mandou (insira aqui algo que eu fiz)? ou, ainda, Você é macho ou não é? Engole o choro, porra! Reviro os olhos e ele abre a boca para mostrar os seus dentes perfeitos. A gente ri e tudo parece pateticamente patético.

Nesses últimos anos ele desenvolveu o péssimo hábito de dar em cima de mim todos os dias da sua vida, somente para ver as minhas faces rubras e as mãos inquietantes. Ainda comenta comigo sobre a bunda ou seios das minhas amigas. E quando eu reclamo, ele diz "Também adoro seus seios, mas você não me deixa pôr as mãos, o que adianta?". Vamos fazer nossa primeira viagem juntos nos nossos 30 e 31 anos. E eu estou verdadeiramente feliz com essa possibilidade.

O fato de amá-lo há 15 anos é tão somente porque nunca fizemos sexo. Trepar com ele foderia a nossa amizade (por mais que essa frase seja de uma contradição galopante).





* Mandem-me cartinhas: zingara@corporativismofeminino.com
* Texto era para ser publicado no dia dos amigos (último dia 20), mas é férias do meu filho e eu estive viajando.

terça-feira, 20 de julho de 2010

Manual Prático de Conquista for Dummies – Men’s Edition


Atendendo a pedidos, eis aqui um guia para aquele tipo de homem que custa a perceber quando a mulher está afim dele.

É fato que homens e mulheres se deparam com esta dúvida durante a fase da conquista, e, particularmente, acho essa incerteza gostosa. A certeza não dá emoção nem libera endorfina. O arriscado é sempre mais atraente.

Mas este mesmo sentimento, essa insegurança, pode muitas vezes encher o saco se não for correspondida ou se a “vítima” não perceber que está na mira e acabar espantando o (a) interessado (a).

Eu confesso que sou extremamente preguiçosa para essas coisas. Se dá muito trabalho, eu pulo fora mesmo. Me chamem de frouxa, de acomodada ou do que for, mas a verdade é que eu não tenho saco para ficar dias, meses, anos, até que o cara finalmente me note. Qué, qué. Se num qué, num qué.

Nada mais irritante do que você dar mole para o cara e ele nem perceber. Ô vontade di sacudi essizomi!

Então, visando elucidar as questões referentes às acima citadas, o CF (eu, na verdade) preparou um guia prático para o HOMEM LERDO. Enjoy it! ;)



• Capítulo 1: Introdução a psique feminina e outros temores:

A primeira lição é: muito raramente a mulher chegará em você. Ela vai preferir jogar indiretas e sinais sutis do que dizer abertamente que está afim de você. Por quê? E eu vou saber? Porque mulher é um bicho bobo. Porque ainda existe homem que se assusta com mulheres “prafrentex”. Porque sim, ora essa!

A mulher sempre vai preferir que você chegue e para isso vai demonstrar de alguma forma que está disponível e, como diz uma amiga minha, “querosa” por você. Se isto não for o bastante para que você se toque, ela vai partir para uma abordagem um pouco mais produtiva. Se nem assim você perceber, se mata ela vai atacar com força total para chamar sua atenção, algumas vezes exercendo o papel que ela esperava que fosse seu.

• Capítulo 2: Reconhecendo os Sinais:


Para decodificar os sinais, da forma mais correta possível, levando em consideração que toda regra há sua exceção, você deve ficar atento a maneira como ela o faz. Um olhar mais prolongado, uma passada de mão no cabelo, um sorriso, e encostar várias vezes, PODEM significar muito mais que amizade.

ATENÇÃO!!! Ela ser simpática, atenciosa, extrovertida e educada, não são sinônimos de “estou te querendo”. Diferenciar isto não é fácil, mas ninguém disse que seria.

Para auxiliar a identificação, eis aqui um esquema de sinais comuns entre as mulheres:


• Capítulo 2.1: Ela deve estar afim de você quando:

- Te olha por mais tempo, algumas vezes sem falar absolutamente nada. Há variações de olhares que vem acompanhados de sorrisos, piscadas e “canto de olho”;
- Conversa mais com você do que com as outras pessoas;
- Quer saber mais sobre você;
- Te encosta várias vezes.

• Capítulo 2.2: Ela possivelmente está afim de você quando:

- Joga indiretas;
- Sorri para você
- Pergunta sobre relacionamentos passados e projeções futuras;
- Enrola os cabelos nos dedos ou passa a mão diversas vezes neles.
- Puxa papo;
- Pergunta qual o perfume que está usando;
- Elogia roupa/perfume
- Fala que sua banda favorita é a banda favorita dela.



• Capítulo 2.3: Ela DEFINITIVAMENTE está afim de você quando:

- Pega na sua perna;
- Faz insinuações;
- Conversa bem perto;
- Te beija (É bom frisar esta parte, pois alguns homens ainda têm dúvidas quanto a isso).




Espero que tenha ajudado. Por hora é isso, se houver mais dúvidas e outros sinais, crio a parte II.

E você, o que faz para demonstrar que está afim de um cara? E os homens, como percebem que uma mulher está te dando mole?


Para réplicas: claris@corporativismofeminino.com


Follow me @claris_simao ;)

domingo, 18 de julho de 2010

Episódio da Saga, Fazer a Unha.

Eu, por um bom tempo, tentei, tentei e tentei fazer as unhas sozinha em casa. Nunca dava certo! Sempre que peguei num alicate, com a intenção de tirar cutículas, acabei arrancando metade do dedo fora. Eu lixava bem torto, principalmente a mão “boa” que tinha que ser feita com a mão “ruim”. Sendo que, para essas coisas, eu posso facilmente dizer que tenho duas mãos esquerdas (porque eu sou destra e tal, enfim, você entendeu).



O alicate é o pior inimigo da mão descontrolada de uma pessoa ambicanhota. E o que eu já sofri na mão dele, ou melhor, o quanto eu já sofri com ele na minha mão. Cada “bife” que só vendo. O pior é que depois a pele cresce bem mais grossa, como se fosse um calo, um terror!

Por isso que eu digo, crianças, se vocês não conseguem nem colorir dentro da linha, fiquem longe de alicates.

Como a minha cutícula é bem fininha eu descobri que consigo arrancá-la praticamente inteira no banho ou simplesmente empurrá-la, o que já soluciona mais da metade do meu problema! Se você tem cutículas monstras, eu sinto muito, a vida está complicada pra todo mundo.


Não vou nem começar a falar da qualidade dos esmaltes, minha gente, é cadas coisa que a gente vê por aí. O mais curioso é, a mesma marca, conseguir fazer esmaltes com qualidades tão diferentes. Adorei a linha nova “neon” da Impala, só que ela é, simplesmente, impassável.

Enquanto a maioria dos vermelhos são incríveis!

Outro perrengue que eu passo na hora de tentar fazer as unhas é quando eu quero, porque quero, aquela cor de esmalte que está acabando. É um saco você ter que ficar o tempo todo virando o potinho vazio quase do avesso e esperando o pincelzinho encher de esmalte pra você, enfim, conseguir passar em UMA unha. Ou seja, a saga se repete no mínimo 10 a 20 vezes (supondo que você passe duas mãos de esmalte e não erre nada!).

Ok, esmalte passado, dedo todo borrado e acetona para finalizar. O que para as manicures parece tão fácil, para mim é uma eterna luta. Eu SEMPRE erro a “dosagem” de algodão a ser enrolado no palitinho. Se você coloca algodão de menos, não dura nada e você tem que trocar logo. De mais, você acaba arrancando esmalte da unha inteira. Quando você, finalmente termina, depois de muito custo, suor, dor e arrependimento, com extra brilho*, óleo secante e tudo o que você merece, ainda tem que esperar secar.

*Sempre que passo esse “extra brilho” meu esmalte parece que vira plástico e depois do banho quente, descola inteiro!

Até que então chega uma hora que você confia, “meu esmalte já deve estar seco” e resolve vestir uma calça ou ajeitar o cabelo e TCHANS!


Borrou.

Segue pra pegar o algodão, xuxar na acetona e tirar o esmalte daquele coitado daquele dedo. Só que, sem perceber, gruda um pouco de algodão com acetona no dedo da outra mão que você estava usando para manipulá-lo e aí vira a festa do crioulo doido, gruda algodão para todo lado. Você chora, se desespera, se descabela, gruda esmalte com algodão e acetona no seu cabelo, você joga tudo longe, arranca aquele esmalte e vai dormir sabendo que:

Acabou de perder 3 horas de sua vida e que amanhã vai perder mais três.

Fim.

Sigam! @omerengue



Erva Venenosa

Erva venenosa, ê ê ê
Erva venenosa, ê ê ê
É pior do que cobra cascavel
O seu veneno é cruel, el el el...


Eu recomendaria ouvir esta música da Rita Lee enquanto lê.

Bem, é até difícil pra mim falar sobre isso. Eu costumo observar muito uma pessoa antes de julgar, por anos até. Observo as atitudes, o que a pessoa diz, o jeito e etc... Mas sabe quanto chega aquele dia, aquela atitude ou fala "x" da pessoa que é a gota d'água?! Então...

Algumas pessoas conseguem disfarçar muito bem sua inveja travestida de preocupação genuína. E a linha é mais tênue do que agente pensa. Não to falando aqui daquela inveja "boa". Por exemplo:

* sua prima comprou um vestido lindo e você pergunta a ela onde ela comprou, pois gostaria de ter um igual ou parecido.


é completamente diferente de

* sua prima comprou um vestido lindo e como não pode comprar um igual [seja porque não tem mais ou porque é muito caro] você começa a avacalhar: diz que é feio, vulgar, o material não presta, não fica bem nela, deve ser falsificado.. Diz pra todos que ela é uma metida a besta idiota, que faz questão de ostentar luxo... Se ela vai com o vestido numa festa você taca vinho nele 'sem querer', ou pisa na ponta 'sem querer' para que ele rasgue... etc... etc... etc...



o que também é completamente diferente de

* você mata a sua amiga pra ficar com o vestido dela

Nesse texto estou falando do 2º caso.

Nos últimos 6 anos ando me sentindo bastante azarada. Não sou religiosa e nem supersticiosa, mas já pensei seriamente em me benzer e em tomar banho de sal grosso, porque de fato coisas muito estranhas e absurdas me aconteceram nestes 6 anos. Eu sempre fui uma espécie de imã para malucos, esquisitos, pisicopatas e toda a sorte de gente dissimulada. Não que todas as pessoas que eu conheço sejam assim, mas já não me surpreendo tanto quando me decepciono com alguém, quando alguma máscara cai ou simplesmente o que eu já desconfiava se confirma.

Agora começo a desconfiar que talvez, na verdade, a causa desse meu azar exagerado seja o tal do 'olho gordo'. Embora não seja nem religiosa e nem supersticiosa, eu acredito em Força, em energia... Então, eu acredito que, sim, temos que tomar cuidado com energias negativas que possam nos mandar. Mas eu acredito que essas coisas só 'peguem' na gente quando nos deixamos influenciar por elas: ou seja, quando damos atenção e acreditamos no que essas pessoas invejosas dizem.

Vou usar meu próprio exemplo: ontem recebi 2 ótimas notícias. Tava feliz pra burro. Na hora 2 amigas estavam on line no msn, então claro que fui contar... Uma delas eu sei que é AMIGA mesmo, boto a mão no fogo... a outra, pelo visto, é "amiga".
A AMIGA me aconselhou a ter cuidado. Ok, concordo... cautela nunca é demais.
Já o discurso da "amiga" foi: você está sendo burra. Vai cair nessa?! É cilada. Se toca NÃO vai dar certo, NÃO tem como dar certo!

Mas... HEIN?! WHAT?!
A pessoa nem sabe qual é o quadro todo e já sai julgando e rogando praga e depois, na maior cara de pau, ainda te diz que "to falando isso pro seu bem! To preocupada..."
Aham... sei.
Sempre que estou mal, chateada, apática, sem nada de bom pra contar a dita cuja da "amiga" sempre aparece feliz e com alguma coisa pra contar [geralmente boa pra ela]. E meu mal humor, estranhamente, parece diverti-la e ela concorda com tudo.

Sempre que eu estou feliz o discurso é esse:
"Cuidado! Isso vai dar merda."
"Se eu fosse você não faria isso."
"Tem certeza que vai viajar? Olha que o avião pode cair... Reparou em quantos acidentes tem tido ultimamente?"
"Ah, pra que gastar dinheiro nesse curso? É muito difícil conseguir emprego nessa área..."
"Isso NÃO VAI DAR CERTO!"
É de desconfiar, não é?!

Deixa eu ver se eu entendi: se você está feliz... ok! Como sua amiga tenho obrigação de ficar feliz por você também. Agora, se EU estou feliz, vai dar tudo errado. Sempre?!
Esse é o tipo de gente que ando afastando da minha vida. Que não quero mais perto de mim... Não tem nada que preste pra dizer?! Fecha a boca! Que em boca calada não entra mosquito.

O mais bizarro é que esse tipo de gente quer justamente que eu deixe de confiar nas pessoas de um modo geral. Já caí nessa uma vez por causa de um trauma. Não vou cair de novo. Existem pessoas e pessoas, as boas e as más, sejam homens ou sejam mulheres. Então... sinto muito querida, dessa vez seu tiro saiu pela culatra...

Outro exemplo é uma outra pessoa que vivia criticando meus hábitos nerds, principalmente com relação a dinheiro.
Eu tinha / tenho o costume de gastar principalmente em cinema / viagens / CDs e DVDs / livros / colecionáveis / cosplays / eventos... E tava feliz assim, obrigada!
E essa pessoa sempre me dizendo que eu era muito desleixada, devia me cuidar melhor, me vestir melhor e etc...
De uns tempos pra cá eu comecei a gastar mais mesmo com cosméticos, roupas e sapatos. Não por pressão... pois essa pessoa até já tinha desistido a essa altura... E eu nem sequer deixei meus hábitos antigos de lado ou deixei de ser eu mesma. Mas é só porque minhas necessidades mudaram mesmo... . Aliás, muita coisa mudou na minha vida desde que passei por várias experiências ruins. É difícil de explicar e nem vale a pena.
Mas... Adivinha?!
Agora essa mesma pessoa me chama de consumista e fútil.
Mas... HEIN?! WHAT?!
Dá pra resolver?! Entrar num acordo?! Ou bem eu sou desleixada ou bem eu sou consumista!!!

Enfim... detesto gente assim. Gente para quem, como diz na música, "a felicidade alheia incomoda". Gente que com o tempo nem mesmo consegue mais disfarçar o fato que não suporta te ver bem. Se estiver melhor que ela, então...
Além de tudo, a(o) invejosa(o) se acha mais esperto que todo mundo! Então sempre faz aquela pose de quem sabe o que está dizendo e o que é melhor para você!
Mas o pior de tudo é que existem invejosos e invejosos! Alguns podem ser realmente perigosos!!!

E vocês meninas, já tiveram a infelicidade de topar com criaturas dessa espécie pelo caminho?!

P.S.: coloquei esse vídeio porque foi o melhorzinho que achei como essa música. E embora eu não tenha visto quase nada dessa novela, combina perfelitamente com a Flora LOL

quinta-feira, 15 de julho de 2010

Trejeitos adquiridos


Não gosto de ser a mesma sempre e, com o tempo acredito que todas as mulheres vão adquirindo trejeitos com o tempo. Homens, talvez. Li isso em "A Casa dos Budas Ditosos" e concluí que sim, vamos adquirindo coisas que não são nossas, com o decorrer da vida e panz.
Ando com os pés ligeiramente pra dentro - confesso que só reparo nisso quando vejo meus tênis desgastados de um lado só - tique provavelmente adquirido após ler um trecho de Lolita aos 17 anos. O sorriso, em partes, também é adquirido, especialmente este:


Não reparem na testona brillaaando nu Curínthia plix.


O sorriso "natural" é cheio de dentes demais, acho digno quando estou feliz pra caralho, mas quando quero ser misteriosa sai assim como na foto. Nas primeiras 300X foram forçados, mas agora é algo absolutamente natural. Juro que não lembro daonde saiu isto, deve ser de algum filme.

Não sei porque, com o tempo, fiquei excessivamente expressiva. Cansei de ouvir como sabem ler o que penso só de olhar pra minha cara. Um dos olhos levemente fechados, um trejeito diferente com o nariz, qualquer coisa com a sobrancelha, tudo tudo que nunca foi meu, mas que fui pegando aqui e ali e foi se tornando parte de mim. Uma atriz nata, fato. Devo ter uns dez jeitos de rir diferentes, sério. Às vezes me descontrolo e sai alto demais.

Não posso acreditar que entre tantas pessoas, só eu me aposso de coisas que não são minhas e as incorporo, como se sempre estivessem ali. Não acho que seja uma questão de múltipla personalidade, acho que é uma questão de adaptação. Cada lugar uma máscara diferente, um trejeito diferente. N maneiras de ser única, de ser eu. Eu já guardei, por vergonha, um "eu te amo" tendo muita vontade de dizer e sendo absolutamente sincero se dissesse e já disse um "amo você" não por não amar realmente (existem N formas de amor - na minha cabeça oca) mas simplesmente porque a pessoa é tão especial que me deu vontade de dizer, ali, assim, na hora. Embora não merecesse. Tem gente que não merece. Perdi alguém que amei muito por falta de eu te amo. Agora eu falo, foda-se, é tudo meu, tudo sou eu.
E vocês, o que adquiriram com a vida?


heleninha@corporativismofeminino.com


twitter: /jules_at_play

terça-feira, 13 de julho de 2010

Cuidado: TPM




Creio que todas as mulheres devam ter histórias engraçadas sobre as suas TPMs. Pois é, eu tbm tenho. Antes de entrar no assunto, devo explicar que existem 2 tipos de TPM: a que briga com tudo e com todos e a que chora por tudo e por todos. Se numa mulher no tribunal, acusada de cometer um crime, alegar estar de TPM no dia, provavelmente ela será absolvida. A minha TPM é a mais comum: quero matar todo mundo.

Devo dizer também que TPM atrai azar. Tudo de mais improvavel acontece durante a danada.


Caso 1: Primeiro eu acordei atrasada e com cólica, ou seja, ou eu me arrumava correndo pra aula, ou eu tomava remédio. Eu fui correndo pra aula.

Chegando lá, não teve nada de importante, e ainda eu estava com cólica. Resolvi voltar. Voltando pra casa, o retardado do motorista do ônibus resolveu não abrir a porta para eu descer no meu ponto (que fica na esquina daqui de casa). Ele parou no ponto, viu que eu tava em pé em frente a porta e NAO ABRIU!!! (Tipo: ” -Vai descer? -NÃO, TO AQUI PRA APRECIAR MELHOR A PAISAGEM). Infelizmente isso não aconteceu, mas foi lindo na minha cabeça.

Bom, então fui falar com o motô e o cretino gentil senhor não me respondeu. Desci no outro ponto, que é na esquina de baixo só que com um detalhe: é um morro gigante. E eu mencionei q estava com cólica? ¬¬

Pois bem, subi xingando até a 25ª geração do motorista e do trocador. Chego em casa já naquele estado de irritação, e eis que fico sabendo que a minha matéria talvez não saia porque a idiota da editora nem pra arrumar UMA mísera foto, serviu! E eu teria que me virar pra dar um jeito nisso. Maravilha, não? Ok, nada como uma repórter para arrumar as bagunças dos editores.

Resolvido isso, achei melhor deitar para ver se passava a maldita cólica que parecia só aumentar cada vez que eu me irritava.

Não, não passou.

Nesse ponto eu resolvi ceder ao remédio, que é sempre minha última opção. E ele tinha acabado. Great! Liguei pra farmácia e pedi pra entregarem a domicílio, detalhe: a farmácia é pertinho, coisa de uns 2 quarteirões, “vai chegar rápido” pensei. 1H30 DEPOIS o motoboy chega com o remédio e o que tinha acontecido? Isso mesmo, a cólica tinha passado.


Caso 2: Eu realmente fico irritada na TPM. Peço desculpas a todos que me aguentaram e aguentam durante esse período. Eu amo todos vcs, mesmo dizendo que não.

Bom, certa vez estava eu conversando no MSN com um amigo via web cam. Como, na época ele morava fora do Brasil, era comum ficarmos até tarde na internet conversando e bebendo. Sim, eu costumo beber em frente ao computador conversando com outras pessoas. Não é sempre, claro, mas enfim.

Minha web cam nunca foi lá grande coisa, mas servia pro gasto. Porque servia? Bem, nesse dia eu estava de TPM.

Pois bem, a câmera falhava e caía toda hora. Sério, de 5 em 5 minutos caía. Então o que eu fiz? Arranquei a maldita do pc e joguei na parede com tanta força que, obviamente, quebrou. É claro que a câmera não funcionar direito não é desculpa para jogá-la na parede (crianças, não tentem fazer isso em casa), mas esse não é o ponto. Claro que depois disso ela ficou inutilizada e fui obrigada a jogar no lixo.

Hoje eu estou proibida de ter web cam no quarto. Compreensível, não?


Caso 3: Então, esse dia foi um dia muito ruim. Cheguei em casa, 12:15, super correndo porque tinha médico às 13:30 O_o. Acabei saindo daqui por volta de 13h. Até ai nada de incomum na minha vida. Ok, então passemos pra parte ruim.

Chegando no ponto de ônibus (na esquina daqui de casa de novo) vejo o ônibus PARADO NO TRANSITO e corro pra pegar e chegar a tempo no médico. O fdp motorista não quis abrir pq eu estava fora do ponto (que estava há uns 5m, sei lá…uma quantidade ínfima!!!).

Pois bem, depois de muito insistir, eu mando ele tomar no cu, mentalmente, e vou esperar o proximo, que só chegaria 25 min depois. É, eu já estava atrasada pro médico.

Ai depois que cheguei no consultório, foi normal e rápido. Dai fui encontrar meu namorado na época no bairro mais comercial de BH, a Savassi. Fomos comer, porque não tinha comida nada direito ainda. A solução mais barata e boa que achamos foi uma pastelaria. Maldita solução! ¬¬

Eu pedi os pastéis de sempre, mas não vieram como sempre. O que aconteceu foi que os meus dois pastéis de frango vieram com pouquíssimo recheio (eu diria q era tipo a distância de onde o onibus estava e o ponto, porporcionalmente) enquanto o do meu namorado tava normal. Ai fui lá reclamar. Chegou o gerente pra mim e perguntou se isso tinha sido naquele dia. NÃO, FOI DE SEMANA PASSADA. EU ACHEI NA BOLSA E LEMBREI De VIR AQUI. ¬¬ Infelizmente eu não falei isso, por pouco, mas enfim. E ainda ficou me olhando com aquela cara de quem pensa "Sua gorda gulosa".

Ele chegou ao ponto de falar que a massa do pastel era maior, porque são duas pessoas que fazem o pastel, um de manhã e um de tarde. Eu disse que isso era por volta das 16h?? É, deve ser manhã…

Ai eu fui embora, desisti novamente de render o assunto. Comi os pastéis de vento com pitadas de frango e fomos embora.

Aproveitando que eu tava passando pelo BH Shopping e tinha que ir lá mesmo, desci e fui fazer minhas coisas. Malditas Coisas ¬¬ .

Quando terminei de fazer tudo, por volta das 20h, fui pro ponto esperar o ônibus para filnalmente ir pra casa. Doce Ilusão. Fiquei esperando 40 min para passar o ônibus. Quando passou, estava lotado. Não é frescura, tava lotado mesmo, com gente espremida na porta da frente. Não entrei de jeito nenhum. Esperei pelo próximo, que passou 20 min depois e estava do mesmo jeito. E agi do mesmo jeito. Passou o terceiro. Eu preciso repetir??? Tá, ok. Ai nesse ponto eu tava com o joelho latejando de dor, a cabeça acompanhando o ritmo e um mau humor do c%&*&%$@! Liguei pro meu irmão para ele ir me buscar. 20 min depois passa um ônibus vazio e meu irmão já estava chegando.

Caso 4: Eu não tenho espelho no quarto. Ás vezes é bom, ás vezes é ruim. O que aconteceu? Bem, ele foi ao encontro da web cam, digamos assim. O que acontece é que minha imagem pessoal nunca me agradou e não me agrada. Desde pequena sou assim e não digo isso para ser elogiada. Isso não resolve nada, portanto não precisam se sentir na obrigação de elogiar. =)

O que aconteceu foi que um dia, uma sexta a noite, eu estava me arrumando para sair. Como a maioria das mulheres, eu experimentei 265 roupas e nenhuma me agradou. NENHUMA. Uma mulher normal decidiria fazer regime, comprar roupas novas ou tentar outra combinação. Eu decidi tirar o espelho da parede e chutar pra fora do quarto. Quase igual a web cam, mas dessa vez nao quebrou. A sorte foi que minha mãe interceptou e não pude concluir a aniquilação total do objeto.

Conclusão: Hoje não posso ter web cam e espelho no quarto e tirei carteira para não precisar mais pegar ônibus, por mais que, em dias como estes, o trânsito nem sempre ajude.


PSI: Para o alívio de todos, nunca matei ninguém e tomo remédio para que isso não aconteça.

PS II: Este texto é um pouco mais antigo, mas estava na gaveta, como estou muito gripada, e escrever parece ser um esforço hérculo, resolvi postar ele mesmo.

PS III: Atendendo a pedidos, o texto sobre os sinais que as mulheres lançam para demonstrar que estão afim de um cara já está em andamento, espero que até semana que vem, eu possa postar. Reforço que se houver alguma moça que queira contribuir para a produção do texto, mande o que costuma fazer para demonstrar que esta afim de alguem para claris@corporativismofeminino.com

Follow me: @claris_simao

segunda-feira, 12 de julho de 2010

Moda Mônica

Se eu ditasse a moda, a moda seria ter todo um guarda-roupa de roupas iguais, como o guarda-roupa da Mônica e da Magali, sabem? (salve, Mauricio!)

Se vocês são dessas que abrem o guarda-roupa, pegam uma calça qualquer, uma blusa qualquer e vão que vão, parabéns! Eu não sou assim, eu praticamente provoco uma avalanche (de roupas) quando vou me vestir. Odeio, odeio! Tem blusinha que só fica boa com determinada calça e vice-versa. Sem falar daqueles dias em que a gente acorda se sentindo um lixo, parece que toda calça parece apertar sua bunda contra um vidro, que toda blusinha te deixa barriguda, que toda roupa que você coloca simplesmente NÃO PRESTA!

Nesses dias, não adiante insistir, por mais bela que você saia de casa, haverá aquele sentimento de AI-MEU-DEUS-TÔ-RIDICULA-E-NAO-TENHO-ROUPAS!

Isso quando a odisséia de escolher uma roupa não te tira o sono na noite anterior. Ai sim, ai sim é dolorido!

Mas sabe que ultimamente tem uma peça que tem me salvado? Os vestidos. Sim, eles.

Infelizmente não posso ter vários iguais como os da Mônica, senão pensariam que sou uma porca que não troca de roupas, ou que é o uniforme do meu trabalho, mas enfim.

Eu não tinha o costume de usar vestidos até pouco tempo atrás, até que, parafraseando minha amiga @paulavillas - descobrir que andar de pernas de fora é bom.

Digo isso não pelo fato andar de pernas de fora, claro! Mas se não sei o que vestir, o mais fácil é pegar um vestido e pronto. Um que não seja muito justo, nem grande, nem curto, serve pra quase tudo!

Ta difícil combinar a parte de cima com a parte de baixo da sua vestimenta? Vestido!

Acordou inchada e barriguda? Vestido!

Sua calça favorita está pra lavar? Vestido!

Não faz idéia que roupa colocar? Coloque um vestido, pelo menos só vai ter que escolher uma peça em vez de ter que escolher duas!

Pra completar, um vestido normalmente soa mais “fino” do que calça. E se alguém diz que estou elegante por estar de vestido – ainda me seguro pra não dizer que na verdade eu estava era com uma puta fadiga de escolher o que vestir! Rá!

Vestido wins!

E se um dia eu puder ditar a moda, não tenha dúvidas, Maurício, um vestido será a peça escolhida. Será o início da supremacia Mônica. \o/

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Pra me chamar de louca: bel@corporativismofeminino.com
Pra ler mais das minhas maluquices: @bbel

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