terça-feira, 7 de dezembro de 2010

Quem, eu?

Imagine a seguinte situação. Vai parecer confuso, mas tente entender:

Você tem 15 anos e conhece a si mesma alguns anos (5, 8, 10) mais velha, sem saber disso, lógico.
Agora responda:
O QUE VOCÊ ACHARIA DO SEU EU MAIS VELHO?

terça-feira, 30 de novembro de 2010

Putanhar

É comum a mulherada em algum momento da vida "putanhar." A expressão pode soar forte para as mais fracas (ou hipócritas, mesmo). Se você nunca fez, seu dia há de chegar.

São muitos os tipos de "putanhagem". Tem aquele mais comum, que é quem sai para a balada e beija vários caras na mesma noite. O famoso "rodar a banca". Tem também quem não pega ninguém, mas provoca a torcida do Corinthians com caras, bocas e roupas. E aquela que acha um novo amor da sua vida a cada quinzena? E a que tem um rolo em cada bairro da cidade?

Dois pontos (mas não só) justificam a "putanhagem":

1- O mais clássico dos motivos. Término de namoro/casamento/rolo complicado. Nesse caso, a menina opta por não se fechar no seu mundinho e, em vez de se trancar em seu quarto escuro e ouvir Alanis Morissete, se joga nos braços do mundo. Literalmente.

2- Auto-estima de merda. Tá se sentindo gorda, tá se sentindo um lixo, tudo está dando errado. Pegar geral pode não dar o resultado esperado, mas ajuda.

Escrevo isso para dizer: estou oficialmente putanhando, pela primeira vez na minha vida. 24 anos nas costas, minha gente.
Essas coisas a gente não planeja. Mas nunca imaginei que eu pudesse "abrir as asas".

Começou num sábado há uns 3 meses, numa balada absurda. Nunca vi tamanho desespero por metro quadrado, a galera era MUITO sem noção (e nem era das mais feias!). Mas nem a senhora sua avó zeraria um rolê daqueles.

Peguei um pra dar o "start". Aí peguei o cara que eu queria, com quem fiquei um tempinho. Mas aí cansamos um do outro e eu fui atrás do que mais tinha de bom no lugar. Daí peguei outro. E outro. E outro. Aí participei de algo como um sanduíche. Enfim. Primeira vez na vida. Nunca tinha beijado mais de dois na mesma noite.

Até outro dia eu fazia contas. Sabia exatamente quantos, quem e como. Agora as coisas começam a se complicar: não lembro a cara de metade da galera, e muito menos o nome.

E assim foi: em todas as saídas seguintes àquele sábado fatídico, sempre peguei. Nas estatísticas entre meus amigos (homens e mulheres), só eu seguia com 100% de aproveitamento.

Importante lembrar duas coisas: essa é a PRIMEIRA vez na minha vida que algo semelhante acontece. Entre os 15 e os 17 anos, época em que muitas de vocês beijavam muuuuito, eu estava numa seca eterna. Fiquei 3 anos sem beijar ninguém, nessa época. Mas eu tinha os melhores amigos do mundo e a melhor época da minha vida, mesmo assim. Coisa estranha isso.

A contabilidade na minha vida é toda deturpada. Comecei a beber só com uns 17 anos. Entre meu primeiro e meu segundo cara (sexualmente falando), houve um intervalo de... güenta aí, deixa eu fazer as contas. N-O-V-E anos. Nove anos, minha gente.

Então agora I'm a whore, pego geral, não zero nem em chá de bebê (juro. Peguei dois num CHÁ DE BEBÊ, mas isso é história para outro post) e perdi as contas.

Mas poxa.

Eu mereço.

Me deixa. Não, não me deixa não. Me segue no twitter.

Observação: Não que isso supra a falta constante de um amor na minha vida. Mas diverte um pouco.

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E vocês, gente? Já putanharam? Concordam com a "prática"? Contem os causos pra gente!

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Beijo,

Anamyself

domingo, 28 de novembro de 2010

Coisas que surgem do Nada – Parte 1: Antipatia


Você está sossegada no seu canto e de repente ela chega sem avisar e senta do seu lado. Aí você começa a sentir uma leve irritação, um incômodo, uma falta de paciência, tudo isso subindo pelo estômago. Senhoras e senhores, abram alas que ai vem ela, a Antipatia!

Tá ai uma coisa que não tem explicação, às vezes ela surge sem motivo, apenas alegamos que “o santo não bateu”, e outras vezes ela surge por causa de uma atitude, uma fala, um gesto... É impossível prever como e quando ela vai chegar, mas não se engane, uma hora ela chega. Pode ser passageira, pode ser que venha para ficar.

Eu sou mestre em ter isso, e algumas vezes nem é com uma pessoa, às vezes é um programa de televisão, um objeto, uma matéria da faculdade, um livro. Crepúsculo por exemplo, eu não li/vi e nem vou ler/ver porque tenho antipatia (fãs xingando em 5...4...3...). Outro exemplo é o Orkut. Juro que é só fazer o login que já começo a ficar incomodada com aquele negócio que antes tomava boa parte do meu dia. Hoje, só entro para olhar scraps e às vezes responder. O processo todo não deve demorar mais do que 5 minutos.

Acho que todo mundo já passou pela situação de ser apresentada (o) a alguém e simplesmente não ir com a cara da pessoa. De do nada surgir uma antipatia que nem você sabe dizer de onde vem. Seu santo apenas não bateu com o dela.

Confesso que nos últimos dias, tenho tomado antipatia das coisas com muita facilidade. E por este mesmo motivo, ando muito chata e reclamona, eu sei, e peço desculpas aos meus amigos e seguidores no twitter que têm firmemente me agüentado. Mas na boa? Sou só eu mesmo ou o mundo resolveu expelir sua podridão? Porque tá tenso de verdade. Vou para balada, tem mala que gruda. Vou pra faculdade e de repente todo mundo parece estar no jardim de infância, vou pro cinema e o diretor de quem sou fã faz uma porcaria de filme, fico em casa e a programação da TV é ridícula e o twitter/facebook está sem graça.




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sexta-feira, 26 de novembro de 2010

VAI SE DEPILAR HOJE?

Bom, como o tempo e uma amigdalite chata corroeram essa semana, não me restaram brechas para escrever um post digno do retorno do blog. Resolvi repassar a vocês, com todos os créditos indicados, reconhecidos e dignos, uma crônica do ilustre Fabrício Carpinejar, um escritor incrível que tem uma visão do universo feminino e relacionamentos que vale a pena conhecer! Espero que curtam!  Arte de Allen Jones


Não se pode ser bagaceiro sem antes ter intimidade. Não dá para sair falando como se estivesse no quarto; primeiro deve-se atravessar a sala, o corredor, a cozinha.

Safadeza é merecimento. Os atravessadores não merecem o céu da boca. Os apressados não terão a recompensa divina. Os ansiosos desperdiçarão sua chance de Éden. Sou favorável à lentidão, por isso nunca frequentei praia de nudismo. Tampouco sou adepto de swing ou de qualquer prática que banalize a sensualidade.

Vamos direto à ação não funciona comigo. Conversa que é a ação, desprezá-la indica apatia e conformismo.

Aparecer pelado de repente é broxante. Não queimo etapas: desvestir as palavras para depois se despir, encontrar o sim dentro do não, achar o amor definitivo dentro de um talvez.

Partilhar a memória só é possível para quem reparte a imaginação. Reprimido não é o que não confessa seu passado, é o que não consegue expor suas fantasias.

Entendo a decepção da esposa quando ela volta do banheiro e seu marido já a espera pronto na cama. Direto. Apartado de preliminar e provocações. É pior ainda quando ele nem está excitado.

Tão mais prazeroso quando um tira a roupa do outro e se roça e se enreda de sinais. Não dependemos de música-ambiente, desde que sejamos envolvidos pela respiração de nossa companhia. Respirar perto e acelerado prepara o gemido.

Gosto quando a mulher está sem calcinha, mas que não surja nua de assalto. Como materialização do túnel do tempo. Que seja um pouco difícil para me sentir importante. Quero deixá-la à vontade para criar vontade.

A sugestão feminina é uma dádiva. Aquela que diz de cara que está molhada e úmida veio de um filme pornô. Nem sequer leu o roteiro.

Assanhamento pressupõe a malícia de declarar a intenção não entregando o sentido de bandeja. Admiro as mulheres que insinuam, sempre criativas, não facilitando os lençóis. Testam a inteligência do seu parceiro.
Por exemplo, sei que minha namorada está a fim quando avisa, despretensiosamente (isso é importante!), que foi no salão. Quando indisposta, lamentará que não teve tempo.

“Eu vou me depilar hoje” é a senha. Desnecessário o convite literal. Cresço de alegria. A verdadeira terapeuta sexual é a depiladora, é a que resolve as brigas e as discussões. Eu amo todas as depiladoras do mundo pela alegria noturna que oferecem aos homens. São as madrinhas morais de nossa imoralidade.

Sexo pede respeito. Sem respeito, como iremos perdê-lo no decorrer do enlace?





Publicado no jornal Zero Hora
Segundo Caderno, coluna quinzenal, p. 3, 22/11/2010
Porto Alegre (RS), Edição N° 16527

domingo, 21 de novembro de 2010

Por que ele não me ligou?


Quem costuma freqüêntar lugares pra dançar e conhecer gente nova certamente já passou por isso: aquele gacto que pediu seu telefone pra nunca te ligar. Vamos tentar explicar porque isso acontece em 10 passos.

1) Ele é um colecionador de telefones. Acreditem, muitos homens gostam de colecionar telefones. Eles criam grupos na agenda do celular categorizando pelo nome da balada em que te conheceu, ou até mesmo pelos seus atributos físicos. Então, prepare-se psicologicamente pra imaginar que ele pode armazenar seu telefone assim:

"Ane - Vila Country - Loira peitura"
"Ane - Pacha - Morena, cabelo liso, bumbum fantástico"
"Amanda - Amiga feia da Ane peituda"

Alguns também podem acrescentar a informação: Peguei/ Quero pegar /Não pegar.

2) Ele perdeu seu telefone, ele pode ter anotado no verso do ticket do estacionamento (se no dia seguinte um manobrista te ligar, já sabe).

3) Ele é um bunda mole e simplesmente não vai te ligar porque acha que você não vai dar bola, mesmo você tendo passado o telefone. Isso existe, acredite.

4) Ele estava bêbado e esqueceu de preencher a "classificação" mencionada no item 1, portanto, não lembra se vale à pena te ligar.

5) Ele tem outro rolo e vai “guardar você” pra depois, como se fosse um alimento não perecível com glutén.

6) Se a pegada estiver forte, ele vai pedir seu telefone quando pensar em abrir o zíper, fato. Homens acreditam que após pedir o telefone, a mulher vai se sentir mais segura pra transar. Então, é só prestar atenção, se o cara interromper o amasso pra pedir seu telefone, é porque ele está tentando maximizar as chances de transar com você alí mesmo.
Não vamos generalizar, pode ser que ele te ligue depois disso? pode, mas isso é assunto pra outro post.

7) Você já transou com ele, ele pediu seu telefone DEPOIS disso, mas nunca ligou: parabéns, a transa foi boa. Mas isso não significa que ele te achou especial de alguma forma ou que ele vá querer repetir. Mas se ele pode te colocar na estante, como uma possível foda-transa, porquê não? Além do mais, homens gostam de colecionar telefones de mulher, vide item 1.

8) Ele sequer anotou seu telefone na agenda, e de propósito. Ele não coleciona telefones, coleciona fodas.

9) Ele estava bêbado e no dia seguinte algum amigo dele resolveu dizer “E aquela baranga que você pegou ontem?”. Ele preferiu acreditar no amigo e te descriminar sumariamente.

10) Depois de eliminar os itens anteriores, você também pode considerar que ele simplesmente mudou de idéia (sim, homens também mudam de idéia) ao acordar no dia seguinte e pensar com a cabeça de cima (sim, às vezes eles fazem isso!).

Fazendo uma síntese de 98% dos casos, geralmente o motivo é um só: Ele não está suficientemente afim de você.


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Eu no twitter: @bbel
Corporativismo feminino no twitter: @corporativetes


O que aconteceu com o blog?

Pra ler ouvindo essa música.

Sei que essa é a pergunta que muitas de vocês que costumavam nos ler devem estar se fazendo, e desde já quero pedir desculpas pela nossa falta de educação básica em não comunicar o afastamento (Exceto Sarita, que fez o último post).

Não foi nada planejado, mas já estava difícil levar o blog nos moldes iniciais, onde tínhamos um post todo dia (ou quase todos), com a saída da Sarita (nossa querida Zingara), o desanimo se tornou mais evidente e decidimos dar um tempo por aqui. Pensamos em interromper as atividades definitivamente, o Corporativismo Feminino parecia ser uma fase que simplesmente passou em nossas vidas (ó gosh, outra vez essa história de fases, é). Entre as meninas que "fundaram" o blog, só restavam eu (Bel), Anália e Sarita, e nos perguntávamos se valia à pena continuar, já que a vida das três estava igualmente atribulada e complicada, por motivos diferentes, mas enfim. Decidimos dar um tempo por aqui.

Nesse interir, decidimos voltar, decidimos não voltar - voltar-não voltar-voltar-não voltar - e assim ficamos.

Mas no fim das contas, chegamos a conclusão que por mais que esteja difícil postar, é difícil largar um “filho”, por isso estou aqui pra dizer que sim, voltamos!

Não é o propósito manter a freqüência de postagens frenética que tínhamos anteriormente. A notícia de que o blog volta está sendo lançada aqui no furor do momento, e não sei quantas de nós terá interesse em continuar postando, mas aos poucos vamos colocando a casa em ordem e espero voltar com novidades em breve (ainda essa semana!).

Eu voltei!
Agora prá ficar
Porque aqui!
Aqui é o meu lugar
Eu voltei!
Pr'as coisas que eu deixei
Eu voltei!...


NÓS VOLTAMOS! ;)

quinta-feira, 16 de setembro de 2010

Despedida

Comunico a todos os amigos, companheiras de blog e leitores a minha saída desse meio de comunicação. Embora eu diga que não acredito em fases, o tempo que passei nesse blog foi uma. Aqui arranjei briga com namorado, com leitor e até com meu filho (porque coloquei uma foto dele que ele não gostava). Aqui fiz grandes amizades que vão perdurar, mesmo que eu me afaste do blog. Aqui dividi sinceridades e futilidades. Sempre adorei escrever na quinta para fazer o trocadilho de post "de quinta" (categoria).

Essa é uma nova fase onde o pseudônimo Zingara não me cabe. Sei que precisam de uma explicação concreta e não de melindres, pois bem: Havia um homem, o pai do meu filho, que tinha muitos planos. E também havia um drogado ávido por mais crack. O drogado não se importou com os planos daquele homem, nem o mal que faria a uma criança de 10 anos, o importante para ele era o vício. E, assim, sem explicação, sem justiça ou qualquer sentimento nobre, o drogado levou a vida do homem e deixou para trás os objetos que poderia furtar para comprar o crack. Não me perguntem por que coisas assim acontecem. Elas acontecem e, como todos esperam, temos que ser fortes para aceitar.

Sei que as coisas passam, que conformidade é meu futuro, sei também que minha força é o que tenho de melhor. Deixo aqui um Obrigada a todos que me leram por todo esse tempo. Nos vemos outro dia. Nada é definitivo, afinal.



Sarita

terça-feira, 14 de setembro de 2010

A Garota-Romance


Esse final de semana, um amigo me falou sobre a existência da Garota-Romance na vida de um homem. Explico (segundo ele próprio): Todo homem solteiro precisa de vários tipos de mulheres para se relacionar. Haverá aquela que será a Garota-Vagaba, que ele encontrará basicamente só para sexo, a Garota-Amiga Colorida, que ele gosta de conversar, mas vez por outra dá uns pegas, a Garota-Namorada, que ele depositará todo o ideal de namorada e fará planos com ela. Em suma, traçará o caminho para que ela se torne de fato a namorada dele. E há a Garota-Romance, que ele nunca irá namorar, nem só comer, nem ser amigo. Basicamente, a garota romance será aquela quem ele quer ir devagar e com calma SEMPRE, mas não pretende transformar a relação em namoro sério. Será sempre um mero romance.

Dito isso, descobri ser a Garota-Romance de alguém e confesso que, de início, achei até bonitinho. Pensem comigo: de certa forma, o cara põe a tal garota num pedestal, como se ele mesmo duvidasse que pudesse, em algum momento, converter a relação dos dois em algo sólido e sério.

Owwwwnnnn *-*

Depois, pensei melhor e percebi que eu não gostei nenhum pouco de saber disso. Garota-Romance? PRO CARALHO COM A GAROTA-ROMANCE!

Eu não quero ser um caso, um affair. Quero um futuro, uma segurança e sim, quero proteção. Caso por caso, prefiro muito mais ser a Garota-Vagaba à Garota-Romance. Pelo menos sendo a Vagaba, eu sei que nada de concreto sairá de lá. Não preciso perder meu tempo, nem projetar futuro, muito menos gastar minha paixão e meu amor numa coisa que eu sei que nunca será de fato uma relação.

Agora, ficar nessa lenga-lenga, nesse chove-e-não-molha é uma #putafaltadesacanagem. Porque, vamô combiná: é muito investimento pra pouco caso. Você se envolve com a pessoa, fica esperando a todo momento o cara tomar uma atitude e definir a situação de vocês e o cara tá lá, provavelmente com a Garota-Vagaba.

É aquela coisa: ou caga, ou sai da moita, colega!

COMO IDENTIFICAR SE VOCÊ É OU NÃO UMA GAROTA-ROMANCE:

1) Ao se encontrarem, ele:
a) Te beija de cara
b) Conversa, faz gracinha, conta caso e depois te beija
c) Diz como você está bonita, fala do dia que teve, pergunta do seu dia, reclama dos pais, da faculdade, do trabalho e etc, e entre todos os assuntos, ele sempre te beija e/ou faz algum carinho.
d) Enrola o máximo que pode para só depois, tipo no final de tudo, te dar um selinho, pegar na sua mão e/ou fazer algum carinho.

Se você marcou D, você com certeza é a garota-romance dele. #Cheers!

Para finalizar, deixo aqui um trecho de uma “música” que aprendi quando fui visitar uma amiga em Lavras-MG. Acho que sintetiza bem a situação:

“Traição é traição
Romance é romance

Amor é amor

E um lance é um lance”

(Um Pente É Um Pente - Os Hawaianos)

Pura poesia, não?


PS: Ao Tales que me apresentou a teoria da Garota-Romance, obrigada por me fazer abrir os olhos e o meu ódio pelo mesmo motivo.
PS II: Ao FDP de quem sou a Garota-Romance _|_
PS III: Desculpe por essa porcaria de letra de música que eu postei e pelo vocabulário, algumas vezes, chulo que usei no decorrer do texto.

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quinta-feira, 9 de setembro de 2010

Dica Bapho: Reciclando garrafa pet!

Eis que recebi por e-mail de uma pessoa que, juro, não conheço, mas achei super útil e resolvi compartilhar.

Idéia super pra reciclar - pelo menos um pedaço - uma garrafas pet, usando-a para fechar saquinhos!

Fotos auto-explicativas:







Obrigada pela dica, Cristina M, seja lá quem você for.

Tem dicas que gostaria de compartilhar com a gente? envia pra mim!

bel@corporativismofeminino.com

OBS: desculpem a minha ausência no blog, minha inspiração foi sequestrada e o bandido ainda não pediu resgate, se alguém teve notícias dela, favor me escrever!

terça-feira, 7 de setembro de 2010

Se a bee falou é porque é bapho!

Aqui vai um post colorido (finalmente!) para as bees de plantão! Percebi um fenômeno ultimamente, as gírias gays estão se alastrando! Tirando alguns “heterozinhos” (fica aqui a explicação de que, “heterozinhos” não são todos os héteros, são os hétero-xiitas), que se recusam a pronunciar qualquer coisa que venha de um “mundo gay”, tem muita gente por aí adorando!


Boa grande parte dos meus amigos são gays, homens e mulheres. Eu sou hétero e me dou maravilhosamente bem com todos, frequento muitas baladinhas GLS, principalmente as mais alternativas ou seja, tudoquantoétipodegente.

Tirarei outra hora pra falar mais sobre o assunto que acho muito importante e que assim como assuntos relacionados a outras minorias, deveria ser tratado com muito mais naturalidade. O povo parece que fica esperando pra julgar tudo como preconceito. TODOS temos alguns preconceitos, querendo ou não, estão em nós. O que eu posso me orgulhar em dizer? Que reluto constantemente se percebo em mim em algum momento algum tipo de preconceito, um esforço válido e permanente para essa reeducação.

Anyway,

Vamos para a parte divertida!

Vou passar algumas (básicas) gírias bapho para vocês e contextualizá-las pra ninguém sair por aí cometendo gafe.

Bapho

Sim! Bapho É com “ph”, porquê usar “ph” é phyno. Bapho entra em dois contextos contextos:

Pode ser “O” acontecimento, “A” fofoca.

- Nossa, tenho um bapho pra te contar!

E pode ser também, um adjetivo! Um “boy bapho” ou por exemplo, uma balada "bapho". Em outras palavras, um sapato mara ou um bofe escândalo!

Bofe, Boy, Amapô...

(bofe escândalo - boy magia)

Bofe e Boy são os hombres, amapoas, amapô ou mapô, as mujeres.
As derivações para as amapôs seriam: Amapoa de Canudo (travesti), Amapoa de Bajé (mulher menstuada) e por aí vai...

Ah, existem também vários tipos de homens: O boy magia, o bofe escândalo, boy uó, bicha-bofe (não efeminado), bicha-boy (bicha-bofe novinha), bofonecapinta (aquele que quando abre a boca super dá pinta!)...


Aquendar e desaquendar

Aquendar pode ser olhar, paquerar, fazer sexo, mas principalmente, rolar um interesse forte. Já desaquendar é sair fora, esquecer...

- Desaquenda desse boy uó*, guei!

*: Uma coisa tosca, o cão chupando manga, o demo, o ódoborogodó... Para quem é mais "visual", uó é isso aqui:



Na hora da montação


As bichas modelão, usam sapato bapho, que também podem ser um loosho (luxo)! Um sapato phyno, rhyco, divino, tudo, odara!
Já algumas bichas são fashion desnecéssaire e usam sapatos uó, mondrongos, demônios...

O importante é estar sempre montada no glitter, batendo cabelo e fazendo carão! Ah, e não sair dando a elza (fazendo a Winona) na roupa das amigas... Brinks!


Gentéan, esse post poderia virar um livro se eu fosse falar de todas as gírias, mas essas todas que citei aqui, com certeza, estão entre as mais usadas! Sintam-se super à vonts para comentar!

E um “ps” importante, sabe aquela não naturalidade com que nossos pais tentam usar gírias jovens? Então, cuidado com o contexto e com a entonação pra não fazer o moderninho fail, ok? Alok!

Ah! Outra “pessoa” que pode ajudar muito também a conhecer melhor o contexto dessas gírias é a Katylene, um fake personagem de uma travesti que gonga famosos e perdidos em seu Blog divertidíssimo. Www.Katylene.com.br

Beijos!

Post também publicado no blog: Omerengue

Sigam!! @omerengue

segunda-feira, 6 de setembro de 2010

A Minha Falta de Habilidade em ser Dona de Casa


Quem me conhece já sabe, quem me segue, soube: não nasci para ser dona de casa. Esses dias no twitter, eu postei que minha mãe havia pedido para eu limpar a geladeira e qual não foi a minha surpresa ao descobrir que eu não tinha a mínida idéia de como se fazia isso. Uma vergonha, eu sei, mas who cares?

Eu não sou dona de casa e ponto. Sou uma mulher moderna, é isso. MO-DER-NA. Não sei cozinhar, lavar, passar e muito menos cuidar de criança. E apesar de que neste texto eu digo eu quero ser esposa e mãe a moda antiga, a probabilidade disto se concretizar me obriga a encarar os fatos. Sou péssima candidata a Amélia, perfeita como Betty Boop.

Pra vocês terem uma idéia, meu cardápio se resume apenas a strogonoff, arroz, macarrão, cachorro-quente, brigadeiro, cookies, bolos e sanduiches. Quer dizer, além de péssima dona de casa, se eu depender disto viro obesa. Passar então, nem se fala! Acho que demoro meia hora para passar uma blusa. E não complica, porque se tiver que mudar a temperatura do ferro para cada tipo de tecido, já era.

Meus dotes são limitadíssimos e muito pouco reconhecidos. Por exemplo, quem dá valor a alguém que desentorta quadros como ninguém? Ou que consegue pensar no que fazer para o almoço? Vejam bem, eu disse PENSAR. Isso significa pedir para alguém fazer (obrigada mamãe/papai/irmão) ou ligar para o delivery. Ou ainda: quem lembra da pessoa que repõe o papel higiênico, quem, quem? Todo mundo xinga quando percebe que acabou, senão, ninguém dá falta.

Umas semanas para trás eu estava trabalhando e ouvi das minhas chefes a seguinte frase:

“A Fulana que é uma mulher de verdade. Sabe todas essas coisas de casa, não é como nós que não sabemos nem fritar um ovo”

*Nota mental: adicionar ovo frito no cardápio.*

Então é isso? Se eu não sei fazer todas essas coisas eu sou menos mulher? Ou sou fútil? Ou mimada? Pera lá, não é bem assim. Posso ser descuidada e talvez até um pouco mal acostumada, mas isso não significa que eu seja um aborto da sociedade feminina. Ou significa?



Será grave, doutor?


É claro que mulheres modernas como eu também sabem se viram muito bem. Sendo assim, só restam duas saídas para nós: a) casar com um homem rico para contratar várias empregadas ou b) aprender na marra. Qual vocês acham mais provável?



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quinta-feira, 2 de setembro de 2010

Campanha CF pela real beleza

Ui to de saco cheio do EGO ficar mostrando cada celulite da Lady Gaga e de outras famosas. Não acho que elas sejam menos talentosas por terem estrias, celulite e tudo mais. Aliás eu acho mais que certo a gente ter o DIREITO de saber que nenhuma delas é perfeita, estou muito cansada de ver capas de revistas com mulheres brilhosas e photoshopadas, devia ser proibida essa porra. Estou com mais celulites do que deveria (vida sedentária+ comendo todo tipo de porcaria = falsa magra) e me sentindo um lixo de ver mulheres todas maravilhosas nas capas das coisas. CHEGA, ESSAS MULHERES DE QUEM EU SOU FÃ SÃO ASSIM Ó:
Porque nos cobramos perfeição se elas também não são perfeitas? PORQUE?

Lady Gaga tem celulite, e daí? E DAÍ?

Mischa Barton também tem,
quer dizer que só porque ela é famosa
ela não pode se dar ao luxo de tomar
coca e comer batatinha frita?

Olha a estria no peito aí geeeeeente.


E na Salma também... e tá meio caído, NORMAL.


Mariah Carey casou e embarangou.
Quantas no mundo não fazem o mesmo,
PORQUE RAIOS ELA NÃO PODE?
A voz dela vai mudar por isso?

Uma das mulheres mais sexys DO MUNDO OK
tem a bundona coberta de celulite.
OBRIGADA BRASÉÉÉL. Obrigada Ju Paes!
E não, ela não é menos sexy por causa disso.

Sabe o que é mais chato? Que nós pouco perfeitas anônimas cobramos que elas, por serem famosas por lidarem com o público, posarem nuas e etc, cobramos que elas sejam perfeitas. Aposto que vai ter muita guria neste post que vai pensar: nossa que nojo a bunda da Mischa. Eu falo isso porque já fui assim e não olhava pro meu próprio bumbum tão celulítico quanto. Quer saber? VALEU MISCHA por me fazer sentir melhor. Por saber que mesmo você tendo dinheiro pra limpar a bunda e eu não, de costas estamos parecidas (minha bunda tá mais pra da Lady Gaga, admito). Entendi que, permitindo que elas não sejam perfeitas, nós vamos passar a nos cobrar menos e não fazer mais cara de repulsa quando vermos uma gordinha na praia usando biquíni.

Estou mega revoltada com a volta do verão e das revistas de boa forma perca 50 kilos com a ração humana.

FODA-SE TO GORDA E VOU CONTINUAR GORDA.

PASSAR BEM.

Heleninha

twitter: Jules_at_play

blog pessoal: denovodezoito.blogspot.com

e-mail:heleninha@corporativismofeminino.com

quarta-feira, 1 de setembro de 2010

Melhor não desejar


Se quero que um desejo meu seja atendido prontamente, melhor não pedi-lo. O mais sensato é fingir desdém, esnobá-lo. Mas, jamais, eu disse JAMAIS, apertar os olhos antes de dormir e dizer "Deus, por favor, faça com que Zezinho volte para mim". Deus sempre dá um jeito de anotar o meu pedido num de seus post-its e deixá-lo para ler num dia de tédio. E o dia de tédio sempre demora a vir, então quando eu não mais preciso daquele desejo... Deus o atende! Ele o atende com um sorriso sarcástico na cara e diz entre-dentes: "Não disse que queria: TOMA!". Então eu tomo, mas é no fiofó.

Explico, aos 17 anos eu ensaiava num dos poucos teatros da minha cidade. Lá conheci um cara da minha idade e com o biotipo muito semelhante ao meu. E não demorou muito para que fizéssemos sempre os casais. Estávamos juntos, fazíamos o relaxamento juntos, protagonizávamos beijos e, de repente, num sábado à noite depois de uma apresentação estávamos nos beijando fora do palco. O que pode ser normal, natural, se ele não tivesse trejeitos femininos. Mas eu sempre pensava com meus botões: Ok, Zin, ele só é sensível demais por ser ator. Solamente. O namorinho seguia meio esquisito, ele me evitava na hora de "ir para cama". No dia que o levei em casa (eu morava com uns 6 estudantes) todos riram quando durante o jantar ele protagonizou uns trejeitos nada másculos e gritou "Me sujei toda todo!". Virei chacota. Estava namorando Uma Mulher. Mesmo com toda essa pressão, eu me envolvi. E, olha, eu sou tipo que 90% do relacionamento é sexo e, sabe, "isso" não era nosso ponto forte. A verdade é que eu ficava meio que na cola dele, forçando a barra. E ele não queria. Mesmo. Eu sofri. Fiquei no pé. Ligava pra ele perguntando "Qualé", nunca fui tão macho em toda minha vida. Eu já nem sabia se namorávamos e foi quando apareceu a "terceira pessoa" para acabar com aquele fricote. A terceira pessoa ia todo dia me ver, levava seus cds para me emprestar, era atencioso e MÁSCULO! Acabei obviamente deixando a namorada o namorado pra lá. Foi quando um sábado à noite eu estava terminando de apertar o cinto na minha calça que era 4 números a mais que o meu quando o atual diz: Tem um sujeito com uma voz muito estranha no telefone. Fui lá e era ela ele, que disse algo como: Preciso de você. Descobri que te amo. Amo muito. Fiz uma cara estranha que ia do pânico à graça. E disse, não foi num tom de vitória ou vingança: Agora não dá mais. O meu atual pegou o telefone da mão e disse algumas coisas bem cruéis para o sujeito que me ligou várias outras vezes, jurando amor e sexo eternos. Não deu.

Continuando: Desde os 11 anos o meu ídolo era o Renato Russo e eu tinha um desejo ignóbil de morar em Brasília. Eu pensava muito em Brasília, sobre os shows alternativos, sobre a modernidade etc. Fantasiava uma coisa surreal. No ano do vestibular fiz 2 provas. Para minha cidade e pra Brasília. Não pretendia nem tentar pra minha cidade, mas depois de muita insistência e pensando em transferir caso não passasse em Brasília: Fiz. Acabei ficando na minha cidade, mas com a promessa de ir a Brasília logo depois. E fui. Moro aqui e o que mais quero na vida é voltar a morar na minha cidade. Acho Brasília atrasada, totalmente burguesa e não-musical. Mas eu não queria? Deus me deu.

Claro que há uma infinidade de episódios que posso relatar aqui, onde eu pedi algo que foi atendido na época inapropriada. Acho que o correto é pedir para ser feliz. E não dar nomes aos bois. Nada de dizer "Quero um emprego tal na empresa tal", corro o risco de assumir o cargo quando a empresa estiver falida! E nada de dizer "Quero ser a namorada de fulano de tal" porque obviamente na época que ele me quiser eu terei um asco incontrolável por ele.

Melhor não desejar. O melhor é dizer a Deus "Sabe, eu adoro quando as coisas dão erradas" e dar piscadelas frenéticas olhando para o céu.

terça-feira, 31 de agosto de 2010

Porque Eu Odeio Moda


Eu odeio moda! Fato. Ponto final.
Mas permitam-me explicar o porque.

É óbvio que precisamos de profissionais que criem as roupas, maquiagem e acessórios que usamos. Gente que entenda de tecido e até mesmo de matemárica, química, física e biologia. Ninguém sai na rua pelado e hoje em dia praticamente nada se cria sem pesquisa.

Mas o que eu odeio na moda é o seu aspecto mais singular: a imposição!
Vão me dizer que não... Que a moda mesmo é ser você mesmo, usar o que te deixa confortável, ser ousado e autêntico, blá blá blá... conversa pra boi dormir!
Há sempre, em qualquer lugar, alguém dizendo: a tendência desta estação é...
Tendência ou imposição?
Porque quando vamos às compras não encontramos nada alternativo à "tendência" atual.

A moda não me incomoda quando o que 'está em alta' é aquilo que me agrada. Se a moda faz um estilo do meu gosto e que me deixa confortável, não tenho o menor problema em 'estar na moda'. Não sou o tipo que faz questão de ir na contra mão só pra dizer que é contra o sistema... Não. Se as roupas, acessórios e etc que estão em 'voga' me agradam, uso numa boa...
Porém, depois que a moda 'cair', eu não vou jogar aquela peça fora porque "ai, agora é brega usar isso". Fala sério!!! Dinheiro não nasce em árvore... E não é só a questão da grana, mas também devemos botar a mão na consciência com relação ao excesso de consumismo desenfreado e desnecessário que está matando no nosso planeta! [O que não significa abandonar o bom senso na hora de se vestir. Não precisa jogar fora as coisas, mas saiba combinar com as outras peças e com o seu tipo físico pra não passar vergonha à toa..]

Um exemplo: eu sempre fui louca para ter um poncho, mas não achava para comprar, até algum estilista resolver que era moda. Então pude comprar um. Não vou jogá-lo fora se no próximo inverno os mesmos estilistas decidirem que poncho é brega.
O mesmo aconteceu com as botas baixas e de cano alto. Além de adorar bota, eu precisava desesperadamente de uma marrom para completar meu cosplay Jedi. Adivinha? Só achei depois de alguns anos, quando virou moda... Antes, se agente saía com uma bota dessas na rua, nos olhavam estranho. Hoje, qualquer perua sai por aí desfilando com uma e achando que tá arrasando. Daqui alguns anos, voltarão a olhar torto quem gosta de usar bota. E eu adoro!!! Tenho 2 e uso sempre que posso... Não vou me desfazer delas por nada no mundo, seja moda ou seja brega...

Só que o que me irrita mesmo é quando entre o que está na moda, e portanto sendo vendido nas lojas, não acho nada que eu considere usável, nada que eu goste e / ou que me caia bem. Eu disse NADA. Aliás, certas modas me causam uma gigantesca vergonha alheia... porque só de me imaginar usando algo parecido, ou se eu até chegar a experimentar no provador, fico me sentindo uma palhaça de circo!!!
E a coisa fica crítica quando se precisa comprar roupas para uma ocasião específica.
Menos de 1 ano atrás eu estava precisando de calça social preta e com bolso para trabalhar. Em todas as lojas que fui só encontrei a maldita saruel. Além de serem bizarras e horrorosas, seria simplesmente inconcebível eu ir fotografar um casamento usando tal coisa.
Só fui encontrar a calça que eu precisava alguns meses depois, em uma das mesmas lojas que eu tinha ido antes - e estou falando das redes, porque não tenho paciência com balconistas de butiques -, pois, ao que tudo indicava, a saruel foi rejeitada pela maior parte do público consumidor [nem preciso dizer porque, né...]

Outra coisa que não suporto em moda é que todo mundo quer ficar tão diferente e acabam ficando todos iguais! Eu não tenho essa pretensão de ser diferente do resto do mundo... me contento em usar apenas o que me deixa confortável.
Dos 70 casamentos que fiz até o momento, em mais ou menos 55 as noivas estavam de tomara-que-caia. E não importa quantos detalhes diferentes tenha no modelo: todo mundo enxerga apenas mais um tomara-que-caia! Elas demoram tanto para escolher o vestido e com tanto cuidado, querendo que seja especial... E no fim ficam todas iguais!!!


Das 15 que sobram, pelo menos 9 optaram pelo modelo antiquado, que apelidamos de 'bolo de noiva', mas que também ficou conhecido como 'princesa', pois é justamente inspirado naquele usado por Lady Di.

Enfim, em suma... eu detesto que tentem me enfiar algo guela abaixo! Que imponham que eu goste de algo só porque ou 'todo mundo gosta', 'todo mundo usa' ou porque 'alguém disse que é chique, legal, perfeito, descolado'.
O pior argumento que se pode usar para me convencer a usar / fazer algo é 'mas está na moda'. Não sou obrigada a gostar porque está na moda!!!
E quanto mais forçarem a barra, mais pegarei aversão!

E isso tudo porque eu só mencionei as roupas e botas... Fora as bolsas, bijus, cores de esmalte, cortes e cores de cabelo, etc...

domingo, 29 de agosto de 2010

Chris Rock - Relacionamentos!

Ontem assisti um montão de vídeos do Chris Rock e todos me fizeram rir demais (recomendo!). Esse, que começa a falar sobre “Amigos Platônicos Femininos” foi o que se destacou e resolvi compartilhá-lo e comentá-lo por aqui!

Assistam o vídeo primeiro!


Amigos Platônicos

Há! Aqueles que toda mulher tem - Nãão, ele é só meu amigo, grande amigo, nos conhecemos há um tempão... Inventamos uma “amizade platônica” pra justificar os 'amigos cerca', 'steps' ou como melhor diz Chris: “Pinto numa caixa de vidro”, em caso de emergência, quebre o vidro. Segundo ele, homens não têm esse tipo de amiga, são mais imediatistas – Se não estou comendo agora é porque estou conquistando pra comer assim que ela decidir dar pra mim. Não tem essa história de guardar pra uma hora de necessidade, esse plano de previdência feminino, é tudo pá-pum, se não pá, é porque ainda não pum. Trocamos de amigas o tempo todo, mas os “Amigos Platônicos” são pra sempre... Riam, mas tentem desmentir!

Com quantos caras ela já transou? -

Realmente queridos, poupem-SE dessa pergunta, elas nunca vão te dar a resposta que você quer e menos ainda a resposta verdadeira!
- Ah, querido, eu só tive um namorado, você sabe....

Mulheres controladoras -

A maioria das mulheres são controladoras? SIM! A gente, querendo ou não acaba medindo cada atitude, cada mínima coisinha que a gente faz. Um cálculo surreal que fazemos em nossa cabeça. Temos um valor para cada coisa.
Segundo Chris, algumas de nós, podem ser assim sexualmente também, vocês concordam?


Eu estou aqui, tentando comentar, mas o homem já diz tudo, no fundo quis mais compartilhar essas risadas com vocês e saber o que vocês têm a dizer sobre o que ouviram. Eu achei genial e pelo tanto que eu ri, só posso ter me identificado!
Só damos muita risada porque nos identificamos, o problema é assumir, right? Confesso que é a parte mais difícil, mãs... Hipocrisia à parte, o que vocês acharam?



- HAHAHHAHAHAHAH!!
- Você é assim, amor?
- Não querido, tava pensando numa amiga minha...



quinta-feira, 26 de agosto de 2010

Eu, eu mesma e meus 10kg imaginários

Aos 22 anos engravidei. Achei o máximo aqueles kilos a mais para uma magrela que antes tinha como apelido Olívia Palito, e usava frequentemente uma legging de lã por baixo do jeans para parecer que tinha a perna mais assim... gostosas saca?

Mas fugiu do controle e ao final da gravidez me deparei com 22kg acusando naquela balança que eu JU-RA-VA que estava quebrada.

Quebrada o CACETE! Eu comi todos os Big MC’s que eu pude, roubei bolacha de criancinha no parque, fiz bico por um sorvete imenso e depois custava a acreditar que minha forma roliça e o pé em formato de pão eram reais.

Meu filho nasceu, mas para minha surpresa... Não – ele não nasceu pesando 22kg... Eram apenas 3.465grs e o resto? Bem, o resto continuou bem aqui.

As pernas que antes eu queria engrossar, agora eram roliças, e eu entrei num desespero total. Cada vez que tinha uma festa, ou apenas que vestir uma roupa qualquer para uma ida ao shopping, terminava sempre em 200 peças espalhadas sobre a cama e eu sentada chorando no chão.

Eu tinha que fazer algo, não podia ficar me deprimindo e vivendo aquilo. Eu nunca fui bonita, assim... natural sabe? Mas aprendi a usar maquiagem. Sou míope. Mas aquilo não me incomodava, eu tinha um corpo bacana, pra falar a verdade eu era gostosa – SIM! era mesmo gostosa e quer saber? Acredite, eu não tinha celulite! Uhuu!

Ser gordinha mexeu com meu ÂMAGO!

Sabe que diabos é o tal do âmago? Pensa então em tudo o que você tem de mais íntimo, mais profundo dentro de você, e de repente você vê aquilo sendo cutucado... Eu me sentia um rascunho sem fim.

Aí eu descobri os remedinhos para emagrecer... Ah nem vem com esse papo besta de falar que isso é coisa de gente preguiçosa! É muito fácil falar isso quando se usa manequim 38! (eu usava 36 antes da gravidez).

Sim! Eu tomei remédios (com receita médica!), mas não me acomodei. Fazia caminhadas diárias e mudei MUITO minha alimentação. No começo eu desanimei, os resultados demoravam a vir, mas quando eu subi na balança e constatei 5kg a menos e ela nem estava quebrada! Eu pirei o cabeção. Me dediquei e valeu a pena. Em 3 meses eu me sentia outra pessoa! E se você ver minhas fotos de antes e depois de perder peso, vai ver que realmente sou outra pessoa. Como não quero causar má impressão logo no primeiro post, xá pra lá essa coisa de foto neah?

Foi então que consegui perder QUASE tudo aquilo que NÃO me pertencia. Digo quase porque embora eu esteja bem hoje, em qualquer fase da minha vida eu vou sempre achar que preciso perder 2kg.

Beijos e me mandem doces lights, please.

quarta-feira, 25 de agosto de 2010

Não é uma fase.

Há um tempo atrás eu acreditava em fases. Eu dizia "É uma fase" enquanto batia no ombro de um amigo. E toda vez que as coisas ficavam periclitantes, eu apenas dizia a mim mesma "É uma fase" e desenhava um sorriso no rosto com o intuito de apressar a felicidade. As coisas boas sempre vinham, amanhã ou depois. Mas vinham.

Quando eu era criança e o meu irmão morreu num acidente de moto, eu sabia que minha mãe ficaria bem outra vez. E ficou, adotou uma criança, lhe confiou cuidados e salvou a sua vida - A de ambos, eu diria. Mas nada seria como antes. Nada é como antes afinal. Depois meus pais se separaram e eu pude ficar livre do terrorismo diário de um alcoólatra. As coisas pareciam ter se ajeitado até eu engravidar. Eu não queria aquilo, mas escolhi, como quem faz um xis apressado numa prova de física sem fazer os cálculos. Mais tarde descobri que aquilo, o meu filho, era o meu amor infinito. E as coisas ficaram bem, mesmo sem eu dormir por longos meses com choros noturnos, meus e do meu filho.

Depois vieram as minhas paixonites agudas - Nunca consegui ter sentimentos saudáveis. Ganhei um trabalho sólido. Abracei decepções e bingo: Muita felicidade a seguir. Quando eu chorava quase podia sorrir em cima das lágrimas, sabendo que havia a promessa de uma felicidade infinita. E se as coisas fossem drasticamente ruins... Eu sabia que haveria uma recompensa grandiosa por tudo aquilo. Depois de um relacionamento desgastante sempre haveria um homem com um chá de camomila a me esperar.

Mas agora não. Houve um homem. Um desemprego. E logo a seguir outro homem que apenas me disse "Não é uma fase! Muahahá". Desde o dia em que ele bateu a porta, eu soube que nunca mais seria a mesma. As coisas não dão certo, mesmo que eu as sinta darem certo com um sorriso tatuado na cara. Sabe? Como em O Segredo. Eu sinto que meu bilhete é o premiado e procuro nos classificados a mansão dos meus sonhos. Mas não, as coisas continuam erradas há décadas.

Talvez eu agradeça por meu filho ser saudável e por eu ter pernas, como as pessoas que sofrem graves acidentes ou perdem pessoas e percebem, absortas, que eram infinitamente felizes. E talvez essa seja a década da felicidade, a década que eu tinha pernas e olhos. Portanto, era gravemente feliz.

Mas agora que tenho um filho infinitamente saudável (até demais). E agora, enquanto ainda tenho dedos para digitar essas coisas... Quero dizer que isso está insuportavelmente insuportável e não vai passar. É a minha vida, desse jeito gravitacional de uma gravidade grave.

E que morra quem disser "É uma fase".


* Deletei esse texto por 3x, mas resolvi publicá-lo. Tenho vergonha "disso", acho adolescente demais.

terça-feira, 24 de agosto de 2010

O Fantástico Mundo de Bob


Sabe aquela pessoa que cria mil e uma histórias na cabeça e quer transportá-la para a vida real? A pessoa que vive num Fantástico Mundo de Bob é assim: imagina uma coisa e esquece que ela não aconteceu na vida real. Algumas vezes para não se sentir ridícula por ter se dado mal, outras só porque querem mesmo (ou eu não encontrei uma explicação plausível para o fato).

Com vocês, a pessoa que vive num Fantástico Mundo de Bob.


Situação 1:
A: Então, eu estava lá parada. Apenas curtindo o show e tal, e de repente o guitarrista começou a olhar pra mim...
B: Jura??? Que legal! E aí, o que mais aconteceu?
A: Aí depois que o show acabou, ele veio direto até mim e falou que eu era a mulher mais bonita que ele viu na vida, que queria casar comigo e ter 3 filhos. Me pediu em casamento e tudo!!! Mas eu nem quis porque ele não fazia meu tipo...
B: Ah, claro...
(No dia seguinte):
C: Nossa, você viu que a A levou um fora do guitarrista lá da banda? Ela grudou nele depois do show, tava praticamente se jogando em cima dele e o cara neeeeem ai! Parece que ela falou algo como casar e ter filhos também...
B: Sério? Ela me contou diferente, mas esta versão faz muito mais sentido.

Situação 2:
A: Nossa, você não vai acreditar!!! Eu fui ao supermercado hoje e na seção de vinhos, um argentino MARAVILHOSO veio conversar comigo, falou que tinha acabado de chegar ao Brasil e não sabia qual vinho deveria levar. Trocamos algumas idéias sobre o assunto e tal, depois cada um foi para um lado. Aí, quando eu fui pra fila do caixa, adivinha? Ele apareceu logo atrás de mim. Pediu meu telefone e me convidou para ir com ele à Buenos Aires. Prometeu me mostrar a cidade toda!
B: E você topou, né?
A: Claro que não, tá louca? Passei até o número errado...que cara doido!

Situação 3:
A: E ai, você passou na matéria?
B: Passei não, tomei pau por falta, acredita?
A: Não creio!
B: Verdade! Eu fiquei com 99 no semestre, mas tava com 1 falta a mais e o professor não quis tirar...

Acho divertido fantasiar algumas situações. Que mulher nunca imaginou uma cena romântica, uma briga com o namorado (e a reconciliação, claro)? Faz bem e estimula a criatividade, mas o tempo todo só pode ser caso clínico. Além de encher o saco.

Follow Me: @claris_simao
E-mail: claris@corporativismofeminino.com

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Gentém do céu, peço desculpas pelo sumiço, mas eu estava trabalhando igual Isaura e fiquei sem tempo de escrever para o blog, mas agora estou de volta! ;) Miss you, guys!

Feios

Imagine o seguinte: você vive num mundo em que, alguns séculos atrás, nossa civilização, nosso modo de vida como o conhecemos foi extinto por uma praga que nós mesmos criamos. Mas o futuro não é nem de longe apocalíptico. É bem melhor do que o nosso mundo atual! Tudo é, literalmente, perfeito! Não há guerras ou disputas de qualquer espécie. Todos têm alta qualidade de vida e muita tecnologia. E todos são lindos. A nossa civilização vive em cidades-estado à base de desenvolvimento 100% sustentável, o que significa que a natureza está bem preservada e não precisamos mais recorrer tanto a recursos naturais. Tudo é reciclável. Os jovens têm a vida que a maioria dos jovens pediram a Deus: futilidades sem limites.


Dos 12 aos 16 anos os adolescentes da cidade Nova Perfeição vivem na Vila Feia, uma espécie de internato ondem estudam normalmente e aguardam o seu 16º aniversário ansiosamente, porque nesta data ganharão um presente do governo: uma completa cirurgia plástica, dos pés à cabeça, que lhe deixará literalmente perfeito fisicamente. E depois? É só alegria. Você se muda para Nova Perfeição onde viverá até a meia idade - quando escolherá sua profissão e fará a 2ª cirurgia - apenas aproveitando a vida: festa, festa e festa. Diversão de todo tipo, 24 horas por dia. Tudo à mão, muita liberdade, muita tecnologia. Roupas maravilhosas e nenhuma preocupação a não ser aproveitar a vida de balada em balada.

Esse mundo não parece perfeito demais? Não parece que tem algo errado aí? E se você for como eu - alguém não tão chegado em baladas e futilidades - realmente não ficaria tão animado assim com a chegada do 16ª aniversário. Mas há um problema: você não tem escolha! Na verdade a cirurgia não é um presente, é a lei! Todos devem ser perfeitos e iguais.

Tally é uma garota cuja todos os amigos já completaram 16 anos e se mudaram. Ela está ansiosa, pois se sente 'abandonada'. Não vê a hora de reencontrar seu melhor amigo, Peris, que fez a cirurgia há 3 meses. Durante uma aventura ela conhece Shay, que faz aniversário no mesmo dia que ela, mas não quer ser perfeita e foge algumas semanas antes. O problema é que sua fuga também trará consequências para a vida de Tally. E é aí que a história realmente começa. Tally descobre um mundo completamente novo e descobre toda a verdade sobre a cidade que ela acreditava ser o paraíso!

Gostei MUITO. Muito mesmo!!!
O melhor desse livro não é nem mesmo a sua narrativa, a história, os personagens, a aventura, o romance e as reviravoltas, ou o cenário. Tudo isso é de fato muito bom e muito bem desenvolvido. Mas o aspecto crucial desse livro [e dessa série] é outro: que preço devemos pagar pela 'perfeição' externa? Pela beleza... Vale a pena?

Os diálogos dos personagens e até mesmo as experiências e impressões da própria Tally são ótimos, pois nos fazem questionar esse mundo de aparências onde nós vivemos, sem perceber. A grande maioria das pessoas não é e nunca será fisicamente perfeita, porém a mídia nos impõe um padrão: modelos e atores, principalmente.
E como se não bastasse nos bombardeiam todos os dias com matérias sobre "como emagrecer", "como definir seus músculos ou sua barriga", "como ser mais sexy", "como disfarçar isso ou aquilo", sem contar as milhares de receitas de dietas, desde as mirabolantes até aquelas que passam no 'Jornal Hoje' e no 'Globo Repórter' especialmente elaboradas por 'especialistas' para cada tipo de 'problema'. Além é claro do universo de cosméticos - em boa parte inúteis - e das cirurgias plásticas para praticamente tudo... agora até transplante de rosto já está se tornando possível.

É importante não confundir aparência com saúde. Todos sabemos que obesidade pode ser um grave risco à saúde, mas não é porque você é magro que está livre de ter colesterol.
Também que não se confunda normalidade com desleixo. Ter vaidade, se cuidar é saudável... O que é preocupante é ser obssessivo com a aparência e se tornar um ser alienado, que não se preocupa com nenhuma outra questão realmente útil e importante. O que é triste e perigoso é fazer de tudo - de tudo mesmo - pela ilusão de ser perfeito e julgar tudo e todos a sua volta por esse prisma.

E é exatamente isso o que acontece no livro!!! Ser perfeito é essencial para ser aceito e se sentir bem consigo mesmo. Quando Tally começa a contestar esse universo, sua mente se abre e ela finalmente cresce de verdade. Cresce não como seus amigos da cidade, que apenas tem corpo de adulto, mas cresce como uma pessoa, alguém consciente e com discernimento para avaliar e ter opinião própria.

Um exemplo de como já estamos - de certa forma - vivendo esse pesadelo é uma situação que eu vivi há pouco tempo. Como já comentei antes, passei o 1º semestre doente. Há anos eu sofria pressão de todos para emagrecer, embora nunca tenha sido de comer em excesso e nem muito menos fosse obesa. Apenas tenho uma certa gordura localizada na barriga que só sai mesmo com abdominal. Eu só aceitava essa pressão porque a ginecologista disse que eu precisava de fato emagrecer para fazer o tratamento de ovário policistico, que é um problema muito incômodo.
Por causa da doença que tive no 1º semestre - foi pedra nos rins um tanto grave - emagreci 8 kg. Esse meu emagrecimento foi proporcional, ou seja, diminuiu tudo: até o rosto ficou mais fino... mas o que diminuiu mais foi mesmo a barriguinha. E eis que depois de curada ouvi muitos 'elogios'.
Mas sabe quando você não se sente assim tão bem com os supostos 'elogios', embora esteja feliz de entrar naquela calça jeans 38? Uma amiga me disse que eu estava procurando pêlo em ovo, pois é sempre bom ouvir que emagrecemos.

Depois eu entendi que estes 'elogios' vinham carregados um preconceito velado. Na real, significa simplesmente: antes você não estava adequalda para conviver conosco. E isso fica mais forte e perceptível quando vem de pessoas que foram lindas a vida toda. Não to fazendo tempestade em copo d'água não! Já vi meninas magras e saudáveis saírem de agências chorando porque foram chamadas de 'gordas' demais para serem modelos.

Outro exemplo grotesco foi um colega comentar no orkut que tinha visto dois caras criticando o corpo da Cléo Pires no recente ensaio para a Playboy, mas que nenhum dos dois tinha moral pra não gostar da aparência dela porque ambos namoravam, segundo ele, "dois tribufus". E eu juro que fiquei imaginado o que seriam para ele "dois tribufus"? Duas mulheres fora do padrão da mídia provavelmente? E será que ele está dentro do padrão masculino imposto pela mídia? Se não está, ele tem tanta moral para falar disso quando os outros dois, pois também é, segundo sua própria concepção, "um tribufu". E o pior: tal comentário exdrúxulo veio de alguém que eu julgava inteligente.
E o mais absurdo dos exemplos que posso citar é esta matéria que vi ontem no Yahoo!: Cirurgia plástica faz parte do treinamento de miss para levar a coroa.

Esse tipo de preconceito quanto aos defeitos físicos - que não são apenas a gordura ou cabelo liso / cabelo crespo - já estão tão entranhados na nossa sociedade que se tornaram naturais!
Esse preconceito aparece também quando se trata do estilo de vida. Se você, como eu, leva um estilo de vida 'fora do padrão' é certeza que já sentiu olhares tortos e já ouviu comentários maldosos disfarçados de piada.

"Por que você não sai todo fim de semana à noite como os outros da sua idade?"
"Por que você não está namorando?"
"Credo, por que você diz que não quer casar?"

É como se quem não seguisse o padrão tivesse algum tipo de doença perigosa e contagiosa. E quem está neste confortável mundinho plástico tem medo de mudar e começar a pensar pela própria cabeça, ao invés de simplesmente seguir o convencionalmente aceito, como gado.

Eu nunca fui de me incomodar demais com essa baboseira toda. Tenho uma certa vaidade e orgulho, sim, claro! Mas nada exacerbado. Procurava tentar emagrecer por ordens médicas, mas nunca fui de ficar contando calorias ou evitando doces.
Como bem disse o personagem David, de "Feios" [vou ocultar um spoiler aqui pra não perder a graça de quem ainda for ler]:
 
"Essa é a pior coisa que eles fazem com vocês. [...] O maior estrago é causado antes mesmo de eles pegarem um bisturi: todos vocês sofrem uma lavagem cerebral para acharem que são feios."

Por isso eu amei esse livro - que já virou best seller nos EUA e já tem previsão para ser adaptado pro cinema -, ele mostra - em um universo extremado é verdade - o quão nocivo tudo isso é! E com uma narrativa leve, gostosa e personagens muito cativantes e um pouco fora do comum.
A continuação, "Perfeitos", deve chegar essa semana e, claro, eu já encomendei. Estou super ansiosa para ler! Vou colocar aqui a sinopse da contra-capa do livro e o trailer que a editora colocou no YouTube:

Tally está prestes a completar 16 anos, e mal pode esperar. Não para dar uma grande festa, mas sim para se tornar perfeita. No mundo de Tally, fazer 16 anos significa passar por uma operação que a transformará de "feia" em um ser incrivelmente belo e perfeito, e lhe dará passe livre para uma vida de glamour, festas e diversão, onde seu único trabalho é aproveitar muito.
Mas Shay, uma das amigas de Tally, não está tão ansiosa assim: prefere se arriscar fora dos limites da cidade. Quando Shay desaparece, Tally vai conhecer um lado totalmente diferente desse mundo perfeito - e, acredite, não é nada bonito.

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