sábado, 30 de maio de 2009

As 10 cirurgias plásticas MAIS DESASTROSAS!

10. Amanda Lepore – transexual Americano. Está faltando pouco para ele se transformar num dos bonecos dos The Muppets Show.

9. Joan Van Ark - atriz que se tornou conhecida no Brasil por ter participado do seriado Dallas.


8. Burt Reynolds – ator. Um dos maiores canastrões do cinema hollywoodiano não escolheu a dignidade de um Sean Connery, ou de um Anthony Hopkins, ou de um Harrison Ford, nem na aparência e nem na carreira.

7. Farrah Fawcett – atriz que se tornou célebre por sua participação do seriado “As Panteras” original.
6. Melanie Griffiths - Atriz. A atriz é a principal “queridinha” dos fofoqueiros de plásticas de holliwwod: todos ficam querendo saber qual é o próximo capítulo do horror. Há algo pior do que a velhice e a morte?

5. Donatella Versace – Socialite dona da grife Versace. Grandes somas de dinheiro sobrando, a convivência diária com super-modelos e a idade chegando, talvez tenham sido os fatores que mergulharam a milionária numa maratona sem fim de engrossamento de lábios, ritidoplastias, etc.
4. Elza Soares - cantora de música popular brasileira. A Elza não poderia faltar no nosso circo dos horrores, na versão tupiniquim que dá a medida do que não se deve fazer em termos de sucessivos “melhoramentos” faciais.
3. Pete Burns – cantor da Banda inglesa Dead or Alive. Por estar de cara limpa, a criatura parece mais morta do que viva. Visite o site do Dead or Alive para conferir como essa pessoa se parece quando está maquiada.
2. Michael Jackson Face Transformation – cantor pop Internacional. O participante hour concours de qualquer Top 10 de célebres deformidades plásticas internacionais não poderia ser outro, senão o cantor negro americano Michael Jackson, que atualmente é muito mais famoso por escândalos sexuais e transformações cosméticas, do que por sua música que alcançou seu apogeu no lançamento do álbum Thriller em 1982.

1. Jocelyn Wildenstein – ex-modelo. O fato de ter sido ex-modelo não pesou tanto na vida da suíça Jocelyn, quanto ela ter casado com um milionário cirurgião plástico que aplicou todo o seu talento na sua cara. Pelo resultado se supõe que o ex-marido tinha a intenção de transformá-la numa felina. Qualquer semelhança com a Elza Soares, terá sido mera coincidência.
Esta mulher é uma celebridade internacional em razão do seu rosto desfigurado depois de 4 milhões de dólares torrados em inúmeras cirurgias, na mão de açougueiros sedentos de arrancar a grana providenciada pela polpuda pensão do ex-marido.


Vi enquanto peregrinava no NÃO SALVO.

sexta-feira, 29 de maio de 2009

Arrastando corrente...


(Arrastar corrente, diz-se de alguém que insiste em carregar os problemas do passado para onde quer que vá)


Eleonora estava apaixonada e era correspondida. Ela quase não acreditou quando Roberto amou todas as suas esquisitices e pediu sua mão esquisita em casamento. Não pestanejou e, prontamente, aceitou. Ela era jovem e adorava exibir seu corpo num microbiquíni. Roberto adorava o exibicionismo da mulher. E, fugindo da esquisitice, tiveram um casal de filhos. O segundo filho deixou Eleonora mais desleixada e preguiçosa. Para não se cansar mais, deixava que a criança dormisse na cama com seu marido e, assim, Roberto deixou de apreciar o exibicionismo de Eleonora.

Depois do filho veio a nova religião e, com ela, roupas dignas de um bom inverno. Camisas cavadas só eram usadas se por dentro houvesse uma boa camisa de mangas longas. O biquíni de Eleonora foi doado, junto com sua libido. E, assim, Eleonora pusera na cama um filho e Jesus.

Eleonora possuía uma amiga que confiava cegamente, ela estava sempre presente no dia-a-dia do casal. Era solteira e Roberto já notara esse atributo. Interessou-se pela amiga da mulher: Perfumada, distinta, exibida e sorridente. Não demorou muito para que a amiga despertasse um interesse pelo marido. O marido que suportava Eleonara sem tomar banho e, ainda, tinha que dormir quase na beira da cama para dar espaço a Jesus, ao filho e, posteriormente, aos chifres da mulher nutria admiração por parte da amiga da mulher. Assim, a amiga admirava Roberto pela persistência. Roberto admirava a amiga da mulher pelos seios fartos.

Eleonora costumava adormecer com lexotans após voltar da igreja esbaforida. Numa dessas noites, a amiga de Eleonora não conseguiu se conter e a libido ganhou gênero: Roberto. Eles transaram ali mesmo, no sofá da sala, enquanto Eleonora, entorpecida, dormia o sonhos dos justos.

A amiga se sentia culpada. O marido queria uma cama para dividir apenas com uma mulher. E foi assim que ambos abriram o jogo com Eleonora.

Eleonora tomou vários remédios naquela semana, na verdade, nos anos seguintes. Nunca aceitou a separação, tampouco o fato dos dois terem ficado juntos e felizes. Eleonora toma banho raramente e raramente sorri. Ela se sente punida, massacrada, torturada. Nunca foi a mesma. Na verdade, para enfrentar a vida, Eleonora toma comprimidos. Ela decidiu arrastar sua corrente por anos e até hoje, agora mesmo, continua arrastando-a para todo lado. A juventude se foi, mas a corrente continua atada a suas pernas.



A história de Eleonora poderia ser a de qualquer uma de nós. Mas ela aceitou o desfecho do seu casamento como uma punição. Não se ergue, arrasta sua corrente. Quantas vezes culpamos o outro pela nossa má-sorte ou por nossos fracassos? Quantas correntes temos que quebrar e seguir?

quinta-feira, 28 de maio de 2009

Little Children

Leia o post enquanto ouve - The Fear - Lilly Allen
http://www.youtube.com/watch?v=q-wGMlSuX_c

Tudo na vida dessa boneca inflável foi tarde. Larguei as Barbies com 14 anos. Perdi meu último dente de leite aos 14 anos e meio. Beijei aos 15, menstruei enquanto brincava com a boneca Meu Bebê, pedi a virgindade aos 20, amei pela primeira vez aos 21, tirei carta de carro com quase 23, ganhei o carro um pouco antes de fazer 24, tirei ele da garagem no dia do meu aniversário de 25 e, finalmente, decidi o que quero da vida aos 25 também.

Minha adolescência foi pulada, e vivi mil anos em dois - que eu chamo de La Belle Epoque, ou ainda La Pablo Epoque - os dois melhores anos da minha vida, onde minha vida se resumia a beber, fumar, beijar, andar de salto alto e viver perigosamente (só o rock salva, e acreditem, o rock e um bom copo de vodca já me salvaram do frio e da morte, fica a dica).

E então, me descubro adulta só agora, descubro que intimido quem eu quiser, que fazer o que eu quero tem um preço e nem sempre meu coração está preparado pra esse preço. Domingo tive uma reunião no trabalho - alguém avisa a chefia que domingo não é dia de reunião? Brigadan - onde fiz uma redação com as palavras que pediram, e uma delas era a onça. A onça representava meus problemas, e de início, todos se surpreenderam que eu pensei na onça como um lindo casaco de peles, mas desisti dele e no fim, a tal onça estava segurando uma chave. A chave significa minha vida afetiva, e bom, na minha redação, a onça largava a chave. Também tinha um cesto; onde eu, reclamona que sou, tropecei nele e depois descobri comida boa dentro dele. O cesto significa meu futuro.

Depois fizeram uma análise da minha redação, e eu como boa mulherzinha que sou, vi que muita coisa bateu. É verdade que metade dos meus problemas estão na minha vida afetiva. E meu futuro, bom, não saiu como eu planejei, mas as coisas boas estão chegando. Eu só preciso ter paciência, porque está difícil esperar, sou muito ansiosa, mas sei que no fim vai dar tudo certo (ou ao menos, espero).

Mas eu espero de verdade, que a menina que mora comigo, a eterna Alice, que essa, nunca me deixe.


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http://www.orkut.com.br/Main#Profile.aspx?uid=11331418238189250417


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http://www.orkut.com.br/Main#Community.aspx?rl=cpn&cmm=64194269


bjux e até sexta.

quarta-feira, 27 de maio de 2009

Campanha "NÃO finja orgasmo!"

Era a septuagésima vez que Helena fingia um orgasmo teatral. E a cena era tão ousada e convincente que Marcelo se sentia o próprio macho-alfa. Ele sabia que não precisava se esforçar muito, algumas entradinhas de lado e outras por cima e BOOM! Helena gozava... Cof! Cof!... Fingia!

Pensava Marcelo "Eu sou foda!", enquanto Helena engordava a olhos vistos com barras de chocolates. Cansada daquilo, Helena decidiu pôr a boca no trombone. Estava em TPM, então tudo o que disse a seguir saiu como uma menstruação em total vigor: - Porra! Nunca tive um orgasmo sequer com você!.

Marcelo, pasmo, riu de Helena. Helena não ria. Helena queria seus múltiplos.

Corre a boca pequena que Marcelo hoje é carinhosamente chamado de Marcelita na boate onde rebola. E Helena? Ela conseguiu seu múltiplo num sex shop.



Helena alerta: NÃO FINJA ORGASMO! Essa é uma campanha de utilidade pública para todas as mulheres.

Ao fingir orgasmo, você:

- Permite que alguns homens permaneçam RUINS na cama e, posteriormente, não se esforcem para a melhoria de sua performance.
- Ajuda na estima de homens que não são dignos do mérito.
- Contribui para a não-evolução do homo sapiens na cama. Pensem nas suas netas!
- Colabora para que mulheres engordem. Afinal, sem orgasmos múltiplos, vamos recorrer a barras e barras de puro chocolate libertador.
- Compactua com o orgulho de um macho que não é merecedor.
- Afasta o desejo do homem se aperfeiçoar.

POR ISSO, não finja orgasmo! Seu blog apoia essa ideia? Então ajude-nos a divulgá-la, pondo o selo da campanha no seu blog!

terça-feira, 26 de maio de 2009

A felicidade do seu casamento pode depender da empregada

Você chega morrendo de fome, vai preparar algo para comer e nota que todas as panelas, todas as tábuas de cortar, todas as facas grandes e até mesmo todos os escorredores de macarrão estão sujos dentro da pia. Tentando ver a coisa pelo lado bom, você pensa “Ah, deixa pra lá, eu como algo mais simples. Pelo menos, meu marido se vira sozinho e não tenho que cozinhar pra ele, isso já é uma vantagem.”. Você, então, pega uma daquelas maravilhosas facas sem serra (já que as outras estão sujas) e vai cortar queijo. Quando abre o grill elétrico para esquentar o sanduíche que preparou, descobre-o completamente melecado de gordura. É... O donzelo andou fazendo mais um daqueles sanduíches que vazam recheio gorduroso por todos os lados e não limpou o grill, apesar de ter prometido que o faria. Pronto, você acabou de chegar à “bifurcação da morte”.

CAMINHO DA ESQUERDA: Se você reclama, ele diz que sempre limpa o grill e só essa vez ele não havia limpado AINDA. E o pior é que ele não está tentando fazer você de idiota, ele realmente acredita que não foi ele que deixou de limpar o grill, você é que chegou antes dele ter limpado (de fato, eventualmente, ele limparia... dali a três semanas, num sábado à tarde sem nada pra fazer, quando, no auge do tédio, ele resolvesse andar pela casa prestando atenção às coisas). Se você decide explicar, numa boa, que ele tem que limpar o grill logo depois de usar, ele começa a ficar puto porque você está “insistindo em implicar com bobagem injustamente” e responde que, às vezes, você também não faz tal coisa em casa. Você tenta recapitular quando foi que deixou de fazer a tal coisa e percebe que foi só em duas ocasiões: naquela semana louca em que você precisou trabalhar das 7:00 às 22:00 e quando você estava de cama, gripada. Agora você é que está puta, afinal, ele sim está sendo injusto! A raiva sobe enquanto você pensa “Como é que esse fdp ousa reclamar de quando não fiz as coisas porque estava doente ou me matando de trabalhar, enquanto ele não faz as coisas porque fica vendo televisão??!”. Pronto, nesse momento, o homem que você ama acabou de ser convertido a um cretino que você odeia e você vomita sobre ele as ofensas mais cruéis, aquelas que você sabe que mais o atingem. Ele revida com algumas ofensas também, mas nada capaz de atingir você profundamente. O problema é que ele fica extremamente magoado com tudo que você disse. Na cabeça dele, você está se transformando numa megera e ele não esperava isso de você, você não era assim com ele quando se conheceram e ele se decepciona com você. Com a briga, a relação ficou um pouquinho desgastada: você agora acha que ele tem um quê de cretino e ele acha que você tem um quê de megera. Repita esse caminho várias vezes e logo você o estará achando um cretino completo, ele estará achando você uma megera absoluta e o amor de vocês estará por um fio por causa de ridículas coisas de casa! 0_o

CAMINHO DA DIREITA: Já tendo percorrido o “caminho da esquerda” e percebido que era ruim, você resolve seguir pelo outro lado. Você pega o grill da discórdia e começa a limpá-lo calada e pacientemente, mesmo estando morrendo de fome. Depois, enquanto o sanduíche esquenta, você resolve lavar algumas das coisas que estão sujas dentro da pia, para poder usá-las na próxima vez em que for comer. Seu sanduíche fica pronto (sem ter vazado nada do recheio, claro), você dá uma mordida nele e, enquanto mastiga, olha a pia e pensa “Ah, já que comecei e passei da metade, vou terminar logo de lavar as coisas.” Coloca o sanduíche de lado e lava o resto daquela tralha que não foi você quem sujou. Mas, tudo bem, você se conforma lembrando-se de frases populares como “se quer alguma coisa, faça você mesmo”. Finalmente, você pega seu sanduíche e vai à sala terminar de comer. E lá está o donzelo, jogado no sofá, vendo TV. Ao se sentar, você pensa “Nossa, nem tinha percebido como estou cansada...”, e, por mais que você não queira, a esse pensamento emenda-se um “... e, enquanto eu lavava uma pia de louça, esse inútil ficou o tempo todo vendo televisão”. Embora você opte, novamente, por não criar um caso, você acumula certa má vontade em relação a ele. Na sua cabeça, o homem que você ama começa a se converter num imprestável que você despreza. Siga esse caminho habitualmente e a péssima combinação entre o seu repúdio à preguiça dele, o aumento do seu cansaço e a diminuição do seu tempo livre por você estar fazendo tudo sozinha fará você se distanciar cada vez mais do seu marido a relação irá se desgastando.

PASSANDO POR CIMA DO CANTEIRO CENTRAL: Vendo que nem a “esquerda” nem a “direita” eram boas, eu resolvi criar um caminho alternativo. Praticamente, deixo a casa cair. Como todo homem, ele não faz as coisas, eu também não. Adotei o modus operandi masculino: só lavo louça quando não há mais o que usar e lavo só aquilo de que preciso na hora; só coloco roupa pra lavar quando não temos mais o que vestir ... E, assim, vamos vivendo num chiqueiro. Obviamente, o “canteiro central” está longe de ser o caminho ideal, é cheio de “pedras, buracos e árvores” (que são o aspecto desagradável da casa, a vergonha de trazer visitas aqui, o fedor do lixo não tirado e da louça suja que criou mofo, a frequência com que perdemos coisas, etc.). Entretanto, eu acabei preferindo isso a passar por megera ou a me estressar fazendo tudo sozinha e guardando rancor por ele não fazer nada. Ele parece que nem se importa com o chiqueiro. E eu fico feliz por ainda não ter filhos, porque, com certeza, o trabalho todo também sobraria pra mim, sendo que o(a) moleque(ca) eu não poderia abandonar como fiz com a casa.

O CAMINHO IDEAL existe. Basta não pegar a estrada que leva à “bifurcação da morte”, ou seja, basta contratar alguém que cuide da casa, para você não ter de se preocupar com isso. No começo do meu casamento, uma peruona me disse que valia a pena pagar uma boa empregada mensalista, nem que você ficasse sem dinheiro para outras coisas. Eu não acreditei, achei que era frescura de perua que queria mais tempo pra fofocar no salão. Hoje eu acredito, mas estou totalmente sem dinheiro. Assim que estiver ganhando algum, contratarei uma empregada. E, se eu tivesse que começar de novo, namoraria por 10, 12 anos, mas só casaria ou moraria junto quando tivéssemos condições de pagar alguém para cuidar da casa. Não tem jeito, a grande maioria dos homens nem se dá conta de que as coisas em casa estão fora de ordem e que não fizeram a parte deles. E é uma desatenção honesta, eles não percebem mesmo, então não adianta brigar com eles por isso. Não se iluda se, quando visita você na sua casa, seu namorado ajuda a tirar a mesa e até a lavar a louça. Na sua casa (e enquanto a relação não é sólida como um casamento), ele morre de medo de fazer feio e fica hiperatento a qualquer oportunidade de ajudar. A partir do momento em que a casa for dele, ele irá relaxar e nem reparará se está um chiqueiro ou não. “Fikadika”: se não quiser correr o risco de destruir seu casamento por bobagem e nem de ter que se contentar em viver num chiqueiro, tenha uma empregada.

Para me agradecer por salvar seu casamento; contar que você é a felizarda que tem o único marido organizado do mundo (Tem certeza de que não é viado? Foi criado pela avó?); dizer que empregada é frescura de perua sim e você lava, passa e faz faxina feliz da vida, enquanto seu marido vai atrás cagando tudo; ou para me ensinar a resolver o problema sem contratar empregada, apenas usando condicionamento Pavloviano: angelica.jones.cf@gmail.com


Angelica Jones

segunda-feira, 25 de maio de 2009

Money, money, money...

Tenho pensado muito em dinheiro. Em seu poder manipulador e na sedução dos seus prazeres. Eu sempre quis ser rica. Nunca resisti à inebriante fragrância dos números e dos cifrões. Sou uma daquelas pessoas que acreditam, sim, que o dinheiro está diretamente ligado à felicidade.Com ressalvas.

No primeiro momento, lá nos recônditos da infância, em que percebi que meus gostos e vontades superavam, em muito, minhas possibilidades reais de gastos, entrei em depressão. Nunca me recuperei desta descoberta. Em um momento, você é uma criança feliz, brincando no parquinho com sua Barbie Vida Campestre - que vem acompanhada de um pônei caramelo, um chapéu cor-de-rosa e selas de modelos e cores diversas. De repente, você resolve que a ciência é um de seus talentos natos e decide revolucionar a medicina estética colocando a cabeça da boneca no corpo do pônei só para ver como fica e aí... bom, não fica. Em poucos segundos você descobre que o transplante não consegue ser desfeito e, com corpos de plástico destroçados em suas mãos gorduchas, corre em direção à mamãe, aquela moça boa, que te dá alimento e atenção. E choooora. E chora mais um pouco.

Mas, opa, o que aconteceu? Ela não sorri condenscendente e salva sua Barbie do desastre da decapitação. Mas, sim, larga mão de um artifício infalível, um olhar pouco paciente e, diria eu, enfurecido. Então, alguns poucos momentos antes da surra, você entende que sua Barbie Vida Campestre deu adeus à vida campestre, à urbana, à aquática, à recreativa e todas as outras, e que a moça boa não a substituirá com tanta facilidade. E sua Barbie entende o que a espera, a humilhação de ver sua vida de protagonista de histórias infantis virar pó, sendo relegada aos papéis secundários, como prima esquisita sem-cabeça do interior ou monstro esquisito devorador de criancinhas durante os especiais de terror e dias de temporal.

Para uma criança, compreender que os bens não são inesgotáveis é muito difícil. Para mim, foi ainda mais. Eu queria muito ter TUDO. Tudo o que estivesse ao alcance de meus olhos, mãos e ouvidos. Desde então, fantasio com uma vida abastada, onde bonecas Barbie sem cabeça pertencem ao passado. Para cada coisa quebrada, uma inteira surge em seu lugar. E, cada vontade é satisfeita em questão de segundos. Mas, as coisas não se manifestaram desta forma. E meu sonho de fartura começou a aparentar ser um pesadelo repleto de Barbies sem cabeça.

Já na adolescência, fiz uma nova descoberta, que, para minha tristeza, contrastava em muito com a primeira. Eu sou uma consumidora compulsiva. Prontofalei. Não tenho nenhum problema com isso. Não gasto mais do que ganho, já que, felizmente, possuo um apurado senso de responsabilidade. Já entrei no SPC, mas só porque deixei uma conta aberta por três anos acumulando juros sob juros de taxas que desconhecia completamente. Viu? Apurado senso de responsabilidade.
Nunca passei um cheque a descoberto.
Nunca pedi cartão dos outros emprestado.
Nunca roubei.
Nunca caí em prantos no meio do almoço de domingo em família porque não tinha dinheiro para comprar O JEANS MAIS LINDO QUE JÁ VI EM TODA MINHA VIDA na Zara. Tá, mentira. Eu, fiz isso.
Resumindo: sou um exemplo de pessoa.

Mas esbarro sempre com a questão financeira e me pego pensando com muita freqüência em dinheiro. Por que uns têm tanto e eu não tenho nenhum!?!?! Eu seria mais feliz se tivesse uma conta hiper-mega-premium de nove dígitos altos? Como alguns "míseros" números poderiam alterar completamente a minha vida? Já tenho sido escrava deles por tanto tempo...

Sempre odiei ter um 1.71 de altura, sempre quis ser mais baixa.

Gostaria de voltar ao tamanho 38.
Calçar 37,5 faz a minha obsessão por sapatos ficar ainda mais difícil.
Estar há menos de um trimeste de um quarto de século me desespera.
Ter 24 anos significa contagem regressiva para os 30 em andamento.
Preciso perder 10kg.
Eu amo o Natal, mas ainda faltam 7 meses para a ceia.
E 6 meses para armar o pinheiro.
Em novembro completo 5 anos de namoro.
Estou na 2ª faculdade e me formei há 7 anos no colégio.
Preciso de uma cama nova e menor para ganhar 40cm de espaço no meu quarto.

Affe. Números, números, números.

Lembro que assisti, há pouco tempo, no Telecine Cult - onde mais? - a um filme chamado "Monsieur Verdoux", de Charles Chaplin. Completamente impossível resistir ao Vagabundo de Chaplin, mas gosto mesmo é de suas outras faces. Em "Monsieur Verdoux", ele é um ex-funcionário de banco, demitido durante "a" depressão, que torna-se um assassino frio e calculista de viúvas ricas. Sensacional, preciso comprar. Mas, o importante deste filme, é um diálogo final, se não me engano, entre Verdoux e um jornalista. Nele, Chaplin - e aí, aposto minha coleção de brindes do Kinder Ovo, que é o Chaplin falando e não o Verdoux - diz "um assassinato faz um vilão; milhões fazem um herói. Os números santificam, meu amigo!!"

Impossível não concordar com Chaplin. Números são apenas números. Mas o significado que aplicamos a eles podem transformá-los em armas amigas ou inimigas. E aí, traço meu paralelo, e percebo que quantidade e qualidade são coisas muito distintas e não devem ser confundidas. Que o valor quantitativo de qualquer coisa não é um indicativo de força ou poder.

Seu negócio tem 46 anos no mercado e por isso você se acha melhor do que eu?

Seu apartamento possui 452m², sem contar a piscina no terraço?

Você tem uma calça da Zara para cada dia do ano e acha ridículo eu ter chorado por uma?

Seu jornal tem 52 páginas e o do concorrente 34?

Sua conta tem, de fato, nove dígitos altos e em ascensão?


Então me inveja porque, oi eu tenho amor. De verdade, incondicional e inexorável. Eu sou feliz porque, mesmo sem satisfazer um desejo tão fútil, mas tão intenso, como o de comprar um sapato novo a cada três dias, eu me conformo e volto a sorrir. Em dois tempos. Encontro alegria em uma piada do namorado, na lambida do cachorro, na ligação à cobrar da melhor amiga.
Então, quando digo que acho, sim, que o dinheiro está diretamente ligado à felicidade, não estou mentindo. Acredito que estes números santificam, mas não qualificam a felicidade. O tipo de felicidade que eu procuro não é a que o dinheiro pode trazer. E, como já a encontrei, se os números decidirem que chegou minha hora, aceitarei com gosto.

Mas, por enquanto, apenas faço o que tenho que fazer, feliz, com o pouco que eu tenho, que é muito mais do que muita gente com nove dígitos na conta jamais vai conseguir ter.

"Uuuuh. Se fodeaê"

Gente, releitura de um texto antiiiigo meu. É impressionante como, tempos depois, ainda sinto o mesmo. Todo o amor no meu coração vale um mundo :)

E-mails me mandando tomar vergonha na cara e parar de fazer revivals aqui: patsy@corporativismofeminino.com

Nossa comunidade AQUI.
Nosso tuíter AQUI.
Meu tuíter AQUI.

Mais papo de dinheiro?
[x] Delírios de Consumo de Heleninha Inflável
[x] Mão de Vaca com Orgulho
[x] Creuza alerta: LIQUIDAÇÃO pode sair CARA

Beijos, beijos!

Patsy

domingo, 24 de maio de 2009

Sobreviver não é suficiente


Sempre achei que quando se chega ao fundo do poço, a única opção é subir.

Semana passada recebi a notícia que um colega do tempo do ginásio cometeu suicídio. Ele deixou uma carta onde se lamentava por não ser o mais formidável dos garotos, por não ter um bom emprego, por não conseguir um relacionamento sério etc., but so what? Tanta gente é assim e sobrevive.

Nunca entendi bem o porquê de tanta gente desistir da vida tão fácil. Sei lá, se as coisas não vão bem, joga tudo pro alto, vira hippie! Há tanto mundo e tão pouca vida, que se um aspecto (ou todos) não vai bem, é uma oportunidade de fazer aquilo que não se faria em circunstâncias comuns.

Quem nunca invejou aquele meteorologista do Caçadores de tempestades, ou os mochileiros do Discovery Travel & Living, ou os arqueólogos do Decifrando o Passado, ou os voluntários da Cruz Vermelha, ou aquele jovem corajoso que se jogou numa cidade imensa para correr atrás de um sonho (eu assisto E! Channel, dá licença?!)? Nem que por um instante, todo mundo já quis fazer algo diferente.

Não foram poucos os casos de suicídio que tive conhecimento ultimamente. Isso me assusta. Pelo que andei lendo, não só o número de suicídios aumentou, mas também o número de pessoas jovens (jovens mesmo, que nem chegaram aos 20 ainda) que o cometem.

Quando assisti The Bridge, eu cheguei a pensar ter compreendido o que se passa com as pessoas que chegam ao ponto de se matar. Mas agora vejo que não compreendi, pelo contrário. Ok, todo mundo sabe a dor que carrega consigo, mas creio que nenhuma justificaria desistir de tudo.

Bom, divagações à parte, o fato é que a vida nem sempre colabora com nossos desejos, então só nos resta aproveitar as mínimas oportunidades, e uma delas é quando tudo vai mal. Ao invés de desistir simplesmente, por que não correr atrás de algo novo?

Se um dia eu passar por uma grande adversidade, espero ter forças para recomeçar. Espero que vocês também tenham.

Talvez esse rapaz que foi meu colega tenha cansado de apenas sobreviver. Agora já não há mais como saber... uma pena.



***
UPDATE: People de mi vida, o texto é SÓ uma opinião, não o tomem como verdade universal. A ideia é ser otimista, ver que sempre podemos buscar O Outro Lado. Okay?

dramaqueen@corporativismofeminino.com


Volto Já!

Amigas e amigos, este não é um post de despedida, mas sim, um post de "até breve". Por conta do trabalho, do meu horário e do número de atividades que tenho assumido, não estou com tempo e inspiração para produzir textos.Vamos combinar que eu não sou uma das melhores escritoras, mas, eu estou piorando a cada domingo.E, como este blog merece QUALIDADE, eu vou me afastar SÓ POR UM TEMPO. Pelo menos, até eu me organizar e tirar uma hora para escrever. Tenho muito sobre o que falar, mas não tenho tempo de me organizar, ou não tenho tempo porque não me organizo... tanto faz. Mas não fiquem tristes comigo, pois logo, a Bruxa está de vola.
Beijos e excelente semana.
B.Beiçola.

sábado, 23 de maio de 2009

Top 12 bolsas estranhas

Paixão por bolsas é uma coisa louca. É o prazer instantâneo de colocar uma bolsa que combine com seu estilo naquele dia, que seja adequada ao seu seu humor, e o desprazer do transporte de toda parafernalha feminina de uma bolsa pra outra, várias vezes por semana.
Mas quem resiste aos charmes de uma bela bolsa? Eu não!

Por isso está aqui uma seleção das bolsas mais curiosas e bizarras, mas que eu super usaria (pelo menos a maior parte delas, haha).


1) Bolsa bolo!

Ok, essa é bem interessante, mas não tem nenhuma alça pra transporte, assim dificulta muito a vida! Como bolsa eu não usaria, mas se fosse uma necessaire... :D



2) Bolsa lata? placa de carro? I don't know
Sei lá, me ajudem a identificar o que é isso. Seja lá o que for, é super interessante, né não?!



3) Bolsa Corpo humano
Essa aqui rompeu a fina linha entre o interessante e o bizarro, formato de corpo humano, ui. So weird to me..


4) Bolsa Regador
Para as jardineiras de plantão! hahahah. Olha só o estilo...uhuhu.


5) Bolsa Psicopata

Não entendi em que buraco deve-se colocar os objetos. Mas quem se importa?



6) Bolsa Ave
Com patinhas! essa é uma das minhas preferidas! hahaha... uma bolsa com patinhas, minha gente. Que máximo!

7) ????
Essa eu realmente não consegui associar com nada. By the way, dourada demais pra minha cabecinha.


8) Bolsa guitarra
Simplesmente amei! quero quero quero!!


9) Bolsa cesta
Isso seria uma cesta de piquenique? não sei. Todavia, interessante..


10) Bolsa teclado
Para as geeks de plantão. Confesso que amei essa, super usaria.
11) Bolsa Melancia
Tendência. Dispenso comentários, amei muito!


12) Bolsa galinha e Bolsa Tatu-bola
Bizarro demais, hahah. Essas aqui eu realmente não usaria..



As imagens são do My crazy town

Leia também:

quinta-feira, 21 de maio de 2009

take me over.




Para ler ouvindo:
Emotions - Destiny's Child
http://www.youtube.com/watch?v=-i3DZwwvrQQ

É.

Não, não era bem assim. Tá, já sei.


Primeiro, que, eu odeio seus olhos azuis enormes, os dentinhos miúdos de menino, o relógio preto no pulso esquerdo. Odeio a maneira como você gosta de mim, odeio como teve uma atitude de homem em tão pouco tempo. Odeio o fato de saber que você vai se apaixonar de verdade (oi, eu tenho esse poder, falo sério), odeio este blog (*força de expressão, galere), odeio o karma eterno que me persegue, odeio usar a bota cinza de couro de 390 reais todos os dias porque sou obrigada. Odeio pintar minhas unhas de renda, quando quero passar vemelho putona.

Não sei o que fazer com você, com a sua atitude, comigo mesma. Tudo que eu quero é tirar essas pontas duplas do cabelo, consertar o salto do meu sapato listrado (igualzinho o da Paris Hilton, eu me orgulho disso... ahaha brinks). Odeio ter vergonha de mim mesma, desse cabelo platinê sou cocota, dos cílios enormes de boneca inflável, e de você gostar tanto assim de mim, e eu não ter nem idéia de como te retribuir, meu bem. Odeio chorar de vomitar 48h horas seguidas e ouvir Emotions, porque, porque, era simplesmente a música que eu ouvia em fevereiro de 2006. Tudo estava bem eu estava tão feliz, tão feliz, porque eu tinha - e tenho - o Mickey Olhos Azuis só pra mim, e agora eu não tenho nem idéia do que fazer com ele. Eu estava feliz porque dirigia, e acho que finalmente tomei minha primeira multa num radar - excesso de felicidade, de velocidade, de Beyoncé pra vida.


E agora.

Não sei.

*ritalinaseregoístapraviver

e-mail-me


orkut-me



Cf no orkut, enjoy =)


Cf na MTV



CF no Jô

ahuhuaauh not.

Mas façam campanha aí galere! Acho que um dia a gente vai, que tal?


quarta-feira, 20 de maio de 2009

Por quê homens parecem ter tudo?


Talvez seja mais fácil virar macumbeira, tarológa ou qualquer coisa que o valha a tentar descobrir com seu sexto - e falho - sentido o que dar de presente ao seu namorado.

Camisas, bombons, relógios, cd's e dvd's, calças, meias, cuecas, carteira, perfumes, etc etc. Tudo faz parte da lista de coisas com as quais você já o presenteou. Mais uma data comemorativa e você cansa de rachar seu cérebro com isso. Cabeçadas na parede não devem doer tanto, acredite.

Nós mulheres somos tão fáceis de lidar nesse ponto - amém, Senhor, se fossemos difíceis nisso também... Nos satisfazemos fácil. Jóias, lingeries, roupas novas, perfumes, bombons, sapatos, bolsas, bijus, creminhos, presilhas para o cabelo, cd's, dvd's, um mp3 novo. Facinho facinho. Sacaram a diferença? Não parecemos ter tudo e, além disso, amamos ganhar coisas para nosso uso diário; homens já preferem brinquedinhos caro$! Um GPS, um som novo para o carro, aquele celular de última geração, um notebook com 10 TB, ou seja, presentes que você só poderia comprar se fosse milionária.

Namorados, pais, maridos, irmãos, tios, primos, peguetes ou qualquer coisa do sexo masculino: todos eles são difíceis de presentear. E não me venha dizer que é só dar algo básico como uma camisa. Isso me irrita profundamente, acredito com todas as minhas forças que não repetirei unzinho presente que seja.

Por quê não dar a ele uma bola de boliche? Quer presente mais criativo? Ah, ele não joga boliche. E que tal uma gravata nova? Esqueci mais uma vez que ele só usa camisetas básicas, ou, de repente uma ilha não é má idéia! Todo mundo quer ter uma ilha particular mesmo... - é, eu sei, voltamos à estaca zero. Tem alguma milionária aqui?

Por um mundo mais descomplicado, lanço uma campanha: homens queridos, façam o favor de dar uma bola de cristal às mulheres da sua vida na próxima data comemorativa, sim?

Para as moiçolas: clique aqui e participem da nossa discussão sobre como presentear homens na nossa comunidade.

Mimem-me!
Orkut
E-mail: analia@corporativismofeminino.com


Traição tem limites?

Outro dia li uma matéria assim "Pesquisa confirma, mulheres traem mais que os homens".


Ué...mas eu jurava que era ao contrário! Na verdade, na minha vasta experiência de recaídas com a Revista Nova e similares (eu juro que nunca mais compro essa porcaria) sempre foi dito que os homens traem mais que as mulheres.

Desconfio dessas pesquisas. Ninguém nunca me perguntou nada. Pelo menos não assim, oficialmente.

Difícil dizer. O que é traição para um, pode não ser para outro. Tem gente que acha que é possível trair em pensamento e já vi casamentos se desmancharem por causa de uma pulada de cerca virtual. Outros entendem que a traição funciona como o crime de injúria: só se consuma quando a vítima toma conhecimento.

Uma vez, assistindo "Os Normais" defini meu parâmetro de traição (quanta profundidade!). A traição ocorre quando alguma parte do corpo de uma pessoa entra no de outra pessoa. Interessante não?



Meu tipo penal ficaria assim então:

Traição

Introduzir qualquer parte do corpo em terceiro.

Pena - morte (hahaa, brinks)

E você? O que considera traição?

(E o bate-papo sobre continua em nossa comunidade no orkut.)

Para sugestões, reclamações, choradas de pitangas e organização de pesquisas que inclua nós mortais: mel@corporativismofeminino.com

segunda-feira, 18 de maio de 2009

Os homens e a Taça Tiririca de Comportamento Duvidoso


Em primeiro lugar, preciso dizer que a pessoa que vos escreve não faz parte do grupo privilegiado de mulheres que nasceram dentro de um nível mágico de beleza que beira a perfeição. Muito pelo contrário. Eu sou uma mocinha normal, com, admito, gostos pouco normais. Minha noção de música, moda e bom senso é um tanto diferente das pré-estabelecidas como naturais, mas, ainda assim, as cantadas absurdas acontecem. Não existe padrão, elas não respeitam cor, altura, peso, região ou religião. Todas as mulheres estão sujeitas ao assédio cafajeste que assola este mundo de meu deus.

E não pense que elas só acontecem na boate (oi, tenho 82 anos, falo boate), em shows ou no barzinho com as amigas. Qualquer lugar é um "bom" lugar para uma cantada mal feita. Mas existe bem feita? Eis a questão. Com base em experiências pessoais, conversas com amigas, listas de internet e sugestões das meninas da nossa comunidade no Orkut, separei as mais clássicas e toscas encontradas por aí. Olho no laaance #silvioluiz (o twitter estragou minha vida, beijometuíta).

Se verde já é assim, imagina quando amadurecer (para mulheres de verde).

Nossa, moça, se beleza desse cadeia você pegaria prisão perpétua (Fernanda, essa foi demais!).

Essa roupa ficaria ótima toda amassada no chão do meu quarto.

Se você fosse minha irmã, eu cometeria incesto (essa foi para mim ¬¬).

Não te doem as pernas de fugir dos meus sonhos toda noite?

Vi sua foto em um livro! No dicionário, ao lado da palavra [insira um adjetivo pomposo].

Pode me ajudar? Acabei de me perder no brilho de seus olhos.

-Seu pai é advogado?
-Não pq?
-Pq ele fez direito viu!

- Você tem uma colher?
- Não, por quê?
- Porque tô te dando sopa...

- Não se machucou?
- Quando?!
- Quando caiu do céu, minha anjinha.

- Seu pai é pirata?
- Não, por que?
- Por que vc é um tesouro! (do acervo pessoal da Juliana haha)

A Corporativete Bel também apontou umas frases prontas do Orkut que não poderiam ficar de fora. Quem não ruborizaria ao receber os seguintes recados:

"Falha geral do sistema. Só você pode curar este vírus do amor"
"Conexão disponível. Envie as coordenadas e encontro você às 20h"
"A julgar o seu livro pela capa, eu adoraria me envolver nele e ler o restante"
"Você está esquentando o meu monitor. Você é sempre assim tão ardente?"

Ah, o rubor era de raiva, só para constar.

Existe ainda um tipo "muito especial", que se destaca no quesito originalidade: As Cantadas de Pedreiro. Olha, não dá para ser politicamente correto aqui não. Geralmente essas acontecem enquanto você passa pelo canteiro de obras ou pela porta da oficina mecânica. Trabalhadores braçais desse país, me perdoem, mas vocês precisam parar com isso. Mesmo.

"Sazão" do meu "arroiz"
Isso não é uma bunda, isso é uma traseira!
Ô terra boa pra plantar mandioca!

Você é o ovo da minha marmita!


Pior do que essas frases, apenas uma:

Prêmio Hors Concours ad infinitum (rufar de tambores)...

"Eu não sabia que boneca andava!"

Essa, meus caros, é um CRIME. Leva a Taça Tiririca de Comportamento Duvidoso. Definitivamente.

Já ouviu alguma cantada ainda pior? Conta pra gente lá no Orkut! A lista só cresce, mas ainda espero os homens se manifestarem. Certeza que algumas mulheres também deixam o saquinho de bom senso na prateleira antes de sair de casa.

Quer dividir alguma experiência traumática comigo? Manda um e-mail pra patsy@corporativismofeminino.com :) Repito, a vida está uma loucura, estou demorando pra responder, mas respondo! Cross my heart, hope to die. Aproveita e me adiciona no twitter porque eu estou lôcadascalcinhas com esse negócio: www.twitter.com/patsyzombilly (mas avisa que veio daqui do blog, plis!)

Besos, besos!

Patsy

domingo, 17 de maio de 2009

Emagrecer enlouquece


Eu já comentei aqui que eu odeio dietas? Ah, com certeza. Mas apenas por descargo de consciência, esclareço: EU ODEIO DIETAS.

Pode parecer papo de gordo (e é) mas boa comida e boa bebida me trazem uma satisfação quase que sexual. O fato de eu não poder comer tudo o que quero me faz sentir mais vontade ainda.

Dieta envolve sofrimento, privação, frustração e autosabotagem (agoratudojunto). Minha vida é assim mesmo. Mas eu não vim aqui chorar as pitangas não. Vim contar um episódio da minha saga:

Era segunda-feira. Tinha resistido a um final de semana inteiro repleto de pizza, macarrão, panquecas, caixa de bombom e outros absurdos característicos de uma família impiedosa, que não se compadece do único membro que engorda só de olhar para essas coisas, eu.

Por causa disso, eu evitava a cozinha. Fazia as refeições na sala e sempre antes de todo mundo. Quando se entra em regimes medonhos como os que eu fiz, essa é a única opção, afinal, você pensa em comida mais do que em qualquer ocasião e está sempre contando os minutos para a próxima refeição inodora, insossa e de baixa caloria.

Voltando ao momento fatídico...eu já tinha almoçado uma "saborosíssima" refeição composta por muita, MAS MUITA verdura, pouca lentilha e peito de frango grelhado (naquela época eu ainda comia bichinhos) e fiz a burrada de esquecer de repor a garrafinha de água antes do almoço da minha desnaturada família.

Respirei fundo e fui. Já no corredor, calculei friamente minha rota: direto para o filtro, pego a água e saio correndo.

O cheiro que vinha daquela cozinha fazia meu estômago se contorcer, mas eu estava irredutível. Passei pela baleira que fica sobre o microondas, repleta de caramelos. Sobrevivi. Alcancei o filtro...sem copo. Contagem regressiva, me volto para o armário de copos, onde duas prateleiras abaixo estavam as bolachas. Tinha trakinas, waffer, passatempo... Jeová me acode!!

Volto para o filtro e descubro que está sem água. Nessa hora minha boca já tinha salivado tanto que nem sentia mais sede. Mas eu ainda tinha um propósito, minha água, que iria preencher meu estômago enganado por chicletes e tic tacs e aguardava ansiosamente por meia pera (agora sem acento), que seria ingerida daí três horas.

Fingi que nem vi o bolo de fubá com goiabada sobre o fogão e fui direto e reto na geladeira. Sim, eu iria conseguir. Só que eu não contava com uma lata de leite condensado aberta lá, parada, brilhando sob a lâmpada. Parecia sorrir para mim.

Agi rápido. Peguei a lata, corri para o meu quarto e devorei a pobrezinha em segundos. Minha mãe veio atrás, dizendo para eu não fazer aquilo, não jogar todo o esforço fora, mas já era tarde.

Foi uma das melhores sensações da minha vida. Acho que hoje eu sei como corre a adrenalina nas veias de um criminoso (caaaalma gente, eu sou do bem).

Depois desse dia, nunca mais me submeti a uma tortura dessas. Minhas forças se esvaíram naquele leite condensado todo e no enjôo felomenal que se seguiu depois.


E esse foi mais um capítulo da vida da corporativete que sabe bem como vive uma sanfona e gosta tanto, mas tanto de doces, que até seu pseudônimo é melado.


Beijos de alta caloria a todos (porque tudo que é ligth, é sem graça)


Tony Ramos ou Miachel Phelps?


Eu prefiro um estilo Michel Phelps, mas se não der para ser totalmente lisinho, que seja cabelo só no peito e nas pernas. Agora, não me venha fantasiado de Tony Ramos, porque não dá.


Pura e simplesmente questão de gosto!!!!


Certa vez, estava de paquera com um rapaz muito legal, mas daqueles que são muito legais mesmo. Bom papo, bom comportamento e de “aparente” bom caráter... Até o dia em que fomos à praia. No minuto que ele tirou a camisa e eu o vi de costas, meu mundo caiu.


Cabelo nas costas não dá! Juro gente, eu tentei! Mas toda vez que eu imaginava minha mão deslizando nas costas daquele rapaz, eu me arrepiava de nervoso. Ficava imaginando como seria nos dias de verão, ele que adora vôlei, jogando uma partida super animada e as gotinhas de suor escorrendo através dos pêlos.


Depois, eu ficava pensando como seria fazer sexo com aquelas costas...Era uma visão horripilante!


Eu passei alguns meses me sentindo culpada por ter cortado o moço, SÓ por causa disso. Nós não chegamos a trocar um beijinho, eu congelava e acabava dando uma desculpa, até o dia que cortei de vez o papo com ele.


Fui preconceituosa e admito que me arrependi ... Depois de um tempo, eu aprendi que poderia conviver com isso, mas aí era tarde demais, a fila andou.


Mas, ainda assim, continuo tendo PAVOR de projetos de Tony Ramos.



Beijos e excelente semana. B.Beiçola.

Quer saber o que as meninas da CF pensam? Entra aqui e descubra.


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Para quem estiver interessado em dividir comigo uma sociedade em franquias de institutos de depilação com laser, entre em contato com: bruxinha@corporativismofeminino.com

sexta-feira, 15 de maio de 2009

Namorar engorda!

É. Não estamos tratando de um assunto novo...

- Namorar engorda! Afirmam meus 5kgs sobressalentes todo santo dia!

Namorar é uma maravilha. Você tem a opção supimpa de ficar quase todo dia em casa e ainda se divertir. Ficar em casa e ver filme, ficar em casa e namorar, ficar em casa e resolver palavras cruzadas, ficar em casa e COMER... chegamos no ponto crucial. Um dia você quer pizza, no outro liga para o Mac Donald's (pague minha grana pelo merchandising, palhaço de mierda), no dia seguinte se empanturra de panquecas... Não quer ficar em casa? Beleza. Vamos ao cinema! Pipoca, refrigerante, chocolates! E depois vocês ainda tem um jantar engordante, invariavelmente.

5kgs e muitas batatas fritas depois, você(s) percebe(m) que está(ão) acima do peso. Se desesperar é a primeira alternativa, claro. O primeiro pensamento é comum a todas nós: "ELE NÃO ME CONHECEU ASSIM, POXA, ELE VAI DEIXAR DE ME AMAR!" Muita hora nessa calma, se você(eu) se deu conta disso a tempo (me dei conta disso a tempo) não há motivo para desespero.

Pesquisas afirmam (juro, não são estatistícas inventadas por mim!) que um regime feito em acordo com outra pessoa apresenta muito mais resultados do que o pobre do regime solitário, aquele que você faz sozinha e, enquanto vê seu namorado devorando um prato de macarronada, tem que se contentar com um prato de salada.

Se você for sortuda, seu namorado terá ganho uns quilinhos a mais também, assim ficará fácil os dois mudarem os hábitos alimentares.

Nesse mais de 1 ano e meio de namoro, pude perceber que as duas coisas que com certeza mais contribuíram para o ganho dos tais 5kgs foram sanduíches e chocolates. Ambos estão cortados até segunda ordem.

Claro que só o regime não basta, exercícios também tem que estar aliados a uma boa dieta. No momento, vou trabalhar as 7h e só chego em casa às 18h (e ainda tenho que estudar as matérias da faculdade quando retorno). Então sem chances de exercícios por enquanto, mas espero ter tempo para me dedicar a algo nas férias.

E você? Conta pra gente: existe fórmula mágica para começar a namorar e não engordar?
Se tiver (e se não tiver também hahahaaha) e-mail para: analia@corporativismofeminino.com

quinta-feira, 14 de maio de 2009

Sobre Lyla (hey)


para ler ouvindo: http://www.youtube.com/watch?v=oQZQ5MHehes&feature=related
Lyla - Oasis


Nunca fui a maior fã do Oasis, confesso. Conheço algumas músicas, mas enfim, a banda é excelente, eles são tão arrogantes que isso os torna fodões. Mas eu não estou aqui pra falar deles, eu estou aqui pra afogar a Lyla, definitivamente. Eu ia no show deles em 2006, seria meu primeiro show grande. Eu estava com um cara, que, eu tinha certeza que seria meu marido - até terminarmos da pior forma possível (traição, morte, esmagamentos...), e iríamos juntos, e ele gostava muito dessa música e da moça do clipe, e do cabelo da moça do clipe. Estava animada, era Oasis, PORRA! E eu estava com o então amor da minha vida eterno - not.

E então tudo se acabou, meu chão afundou, eu passei a tomar ritalina pra poder respirar na janela e levantar da cama, aprendi a beber, aprendi a trepar, aprendi a dirigir, aprendi a fumar, aprendi a usar salto, aprendi que nenhum homem é impossível, estou aprendendo a ser engenheira, e então em meados desse ano, OASIS NA MINHA CIDADE.

Eu não sabia ao certo porque queria ir, tinha me esquecido da Lyla e da sua franjinha, mas eu queria. Então ontem... Lyla foi a terceira música, e, nenhum dos meus amigos viu, mas eu fiquei realmente emocionada, que até o resto do meu copo de cerveja Sol (5 reais essa porra de cerveja) escorregou da minha mão. E então eu vi que ele tinha morrido dentro de mim e me proibi de pensar nele de novo, de falar dele de novo, e a última vez que falo sobre isso na vida é nesse post. Não quero mais ser perguntada como superei isso, a humilhação, a traição, os 40 cm de cabelos cortados porque tudo que eu queria na vida era ser irreconhecível, a terapia, a ritalina, as 6 mil calorias diárias pra não desmaiar no meio do calçadão de uma fome que eu não sentia, as compras compulsivas e o vazio, e o nada e a avenida de 3 pistas e eu atravessando sem olhar o semáforo, porque simplesmente tenho sorte.

Ouvir Lyla ao vivo, levou o último resto de coisas que eu tinha dele, guardadas em mim. E agora eu não tenho nada.

E agora, quase 4 anos depois, eu estou livre. Meu coração ficou vazio, finalmente.
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quarta-feira, 13 de maio de 2009

PROMOÇÃO "PROCURA-SE UM NAMORADO"

NOVA PROMOÇÃO "PROCURA-SE UM NAMORADO". Escreva um anúncio de jornal BEM-HUMORADO com o título "Procura-se namorado". Como se trata de um "anúncio", o texto deverá ser breve. É uma brincadeira, portanto, se alguma menina estiver namorando, e quiser participar da promoção, basta usar um pseudônimo (nós vamos manter sua identidade em sigilo).

O anúncio mais criativo ganhará o livro da Melissa Senate, com o título "Procura-se um Namorado: Última Chamada". Um livro divertidíssimo. Sinopse aqui!

- Quem pode participar?
1. Pessoas que participem da nossa comunidade no Orkut ou esteja seguindo blog Corporativismo Feminino pelo google Friend Connect. Válido apenas para o território brasileiro.

- Como participar?
1. Envie seu anúncio bem-humorado para promocao@corporativismofeminino.com, com seus dados: Nome e endereço do seu perfil no orkut ou blogger.

- Regras de Participação
1.
O participante deverá acompanhar o blog Corporativismo Feminino ou participar da nossa Comunidade no Orkut. Para enviarmos a confirmação de que você está participando é necessário enviar o link do seu perfil no orkut ou o endereço do seu perfil no blogger.
2. O anúncio deverá ser escrito em Língua Portuguesa.
3. A data limite de envio de texto é até o dia 10 de junho de 2009. Com divulgação no Blog/Comunidade do(a) Corporativismo Feminino no dia 12 de junho de 2009.
4. O prazo para participar do concurso poderá ser prorrogado, segundo discricionariedade da Equipe Corporativismo Feminino Blog, bem como o dia da divulgação do resultado.
5. A promoção poderá ser cancelada ou prorrogada caso não haja um mínimo de 5 participantes.


AGRADECEMOS A TODOS QUE PUDEREM DIVULGAR ESSA PROMOÇÃO!

Lalalá




Meninas, estamos podres de chique!
Aparecemos no portal feminino da MTV. Lá, assim como o CF, tem um monte de dicas para nós mulhézinhas.

Fê, meu muito obrigada por tudo. Pelo convite, pela paciência, enfim, pela fofa que você foi.
Sinto que esse é o início de uma grande parceria.

Não conhece o Lalalá ainda? Clica aqui!

terça-feira, 12 de maio de 2009

Perguntas idiotas e respostas para homens BABACAS

Em primeiro lugar, eu gostaria de me apresentar: ooooooi, meu nome é Ivete, não revelo minha idade nem sob juramento e sou a nova Corporativete! *oooooi, Ivete*

O meu debut no Corporativismo Feminino está relacionado a um dos questionamentos mais comuns quando falamos de mulheres que se agregam para falar de coisinhas de meninas, a velha e manjada pergunta: vocês não gostam de homens? Não tenho mais paciência para responder essas coisas, viu? Mulheres heterossexuais gostam de homens normais, não de babacas machistas, homofóbicos e preconceituosos. Mas, o mundo está cheio de ratos disfarçados de homens. Ontem mesmo recebi por e-mail um questionário sobre mulheres na visão de porcos-chauvinistas, segue um trecho:

Questionário

Por que Deus deu um pinto ao homem? Resposta: Assim eles teriam como fazer as mulheres calarem a boca.

Resposta decente: Por que eles precisavam de uma desculpa para pensar merda. Qualquer canalhice é resolvida com um simples "eu estava pensando com a cabeça de baixo". Ha ha ha. Morri de rir, alguém esfrega a pena na minha axila de novo, por favor?

O que aconteceu com o cara que finalmente entendeu as mulheres? Resposta: Morreu de rir antes de conseguir contar para alguém.

Resposta decente: Operou e virou mulher. Tudo fez sentido.

Qual a diferença entre uma mulher com TPM e um pitbull? Resposta: O batom.

Resposta decente: Mulheres com TPM não mutilam homens babacas com a frequência devida.

Como fazer para a sua esposa gritar por uma hora depois do sexo? Resposta: É só limpar o seu pinto na cortina.

Resposta decente: É só fazer direito.

Por que as mulheres fecham os olhos durante o sexo? Resposta: Porque elas não suportam ver um homem se divertindo.

Resposta decente: Porque você é feio. Oi, simples assim. Procure um bom cirurgião plástico, ficadica.

O que tem cerca de 20cm de comprimento, mais ou menos 5cm de largura e deixa as mulheres malucas?
Resposta: Dinheiro.

Resposta decente: O pênis do seu vizinho.

Por que furacões recebem nomes de mulheres? Resposta: Porque quando eles chegam são selvagens e molhados, e quando se vão, levam sua casa e seu carro junto com eles.

Resposta decente: Porque depois que elas se vão, os homens sentam e choram enquanto juntam os cacos.

O que são aquelas saliências ao redor dos mamilos das mulheres? Resposta: É braile e significa “Chupe Aqui”.

Resposta decente: É braile e significa "Meus mamilos não não bexigas, você não está fazendo isso corretamente, meu querido. Aperte reboot e tente novamente. Ou apenas vá embora e poupe o esforço".

E tinha muuuuito mais. Honestamente, eu, assim como as meninas da CF, não queimo sutiã em praça pública. Mas faça-me o favor, NÃO AGUENTO homem-moleque.

Este post é uma brincadeira quando estamos falando de homens de verdade. Eu sei que os homens que frequentam esse blog não são assim. Mas, para os BABACAS que acham divertido fazer brincadeirinhas sobre mulheres serem apenas objetos de diversão masculina, cada respostinha é verdade e deve ser levada em consideração.

Juro que volto com menos rancor no coração, em breve. Enquanto isso, mandem e-mails para ivete@corporativismofeminino.com e falem mal dos babacas de suas vidas. Vamos tricotar!

See ya!

segunda-feira, 11 de maio de 2009

Tudo sobre minha mãe

O dia das mães já passou, mas eu não poderia perder a oportunidade de complementar o texto sobre as Mães Megeras, da Zíngara. Além de queridíssimas bruxas do nariz torto, as mães são sempre muito um pouco loucas. E essa loucura é proporcional ao tempo de maternidade e número de filhos. A minha mãe é doida varrida. E, vejam só, eu sou filha única, ela tinha potencial para muito mais. Sempre penso nisso quando leio em algum lugar que só usamos cerca de 10% da capacidade de nosso cérebro. É como minha mãe, ela usa uma porcentagem mínima de sua caduquice, pois não estamos preparados para a MamãePatsy Turbo POWER.

Pois bem, minha mãe muda de humor como troca de sapatos e isso gera mais problemas do que meu adorável apartamento minimalista de dois quartos e sala pode comportar. Sendo assim, de tempos e tempos nós temos alguns pegapácapá. Como toda mãe, ela sabe como se redimir e me leva às compras. Ela me trouxe ao mundo, né? Conhece bem meu calcanhar de Aquiles. Mas, me conhecer não significa me aceitar, ou seja, ao chegar no shopping ela SEMPRE tenta me empurrar toda e qualquer coisa que não tenha nada a ver comigo. Eu vou completar um quarto de século e ela ainda tenta mudar minha personalidade, vai entender.

Eu tenho predileção por lojas de departamento, mas, eventualmente, acabo nas mãos de uma assistente de vendas falsa, cruel e sem coração. Digo isso com experiência de causa, já que fui uma delas por mais de três anos. E, apesar de não ter nascido com os genes da crueldade, convivi com mulheres medonhas, que em sua sede de dinheiro e status dentro de uma merdinha de loja, faziam atrocidades com clientes e "colegas" de trabalho. Sei reconhecer o tipo a quilômetros, juro.

E eu ADORO entrar em uma loja e me deparar com um desses seres quando estou acompanhada de mami. Não tem nenhuma relação com experimentar tudo e não levar nada de propósito, eu sempre acharei isso um absurdo. Toda a graça da situação está no comportamento de minha adorável e bipolar mamãe. Se ela já me leva à loucura, imagine um desconhecido.

CENA: Patsy e MamãePatsy andam pelo shopping fazendo cara de "jesus, abana" para todas as vitrines, refletindo sobre a possibilidade de uma sandália rasteira de plástico custar o preço das compras de mercado do mês. Tenho um casamento no fim de semana seguinte e preciso de algo arrumadinho, mas modernoso, porque meu nome é Patsy e eu não uso lantejoulas. Entramos na loja.

Patsy - "Olha esse pretinho vaporoso, ficaria lindo com minha Melissa vermelha nova" - digo encantada.

MamãePatsy - "Mais fácil você usar um saco de lixo na festa do que acreditar que eu vou comprar esse trapinho" - esganiça mamãe. *love you too, mommy*.

Vendedora - "Oi mããããe, escolhendo alguma coisinha com a filha? Meu nome é Fabi..." *cortada*

MP - "Olha só menina, ela acha que vai num casamento com isso! Esse pedaço de pano transparente. E acha que ainda vou pagar!" - reclama MamãePatsy com ódio no olhar.

P - "Mãe, menos". *vergonha começa a aflorar*

MP - "Paty, você deveria usar isso" - diz, puxando um longo que acompanhava uma echarpe prateada. *MEDO*

V - "Aaaaah! Esse vestido é bordado à mão com pedrari...". *cortada*

MP - "Paty, você não vai a um casamento usando essas suas roupas de hippie. E ainda vou pintar suas mechas porque esse seu cabelo está uma tristeza. Até o da menina aqui está melhor", diz apontando pra vendedora. *minha mãe não trabalha com tato*

P - "Mãe, pelamordedeus cala a boca. E hippie é o caráleo, eu me visto bem, você que acha que ir à padaria é comparecer a um evento RSVP" - perco a paciência, agarro um vestido, corro para a outra ponta da loja.

V - "Vocês não querem dar uma olhadinha nessa arara com tecidos especiais...". *cortada*

MP - "Menina, para você ver. A minha filha é jornalista, está na segunda faculdade! Quando ela era bebê fez teste de QI e era acima da média. Acredita que ela pulou da pré-escola para o C.A.?" - mamãe se exalta.

P - *tapa na testa*

V - "Ééé... é mesmo...hããã, legal...". *cortada*

MP - "Colocamos ela nas melhores escolas, nos melhores cursos, mas ela decidiu que só vai vestir preto. Acho que era gótica. Deve ser ainda" - diz, me olhando de rabo de olho.

V - "Imagina, é coisa da idad...". *cortada*

MP - "Idade o caramba! Ela sempre foi assim. É muito inteligente, sabe? Quando quer alguma coisa, se dedica como nunca vi. Acho que ninguém faz melhor. Não digo isso porque é minha filha não, mas ela é muito esforçada" - acrescenta com brilhinho nos olhos.

P - "Mãe, para, por favor" - suplico.

MP - "Falsa modéstia, é leonina, adora ser elogiada. Lembro uma vez, quando ela tinha 5 anos, que uma moça na rua a viu chorando e começou a fazer gracinhas para ela rir. Ela tirou a chupeta da boca e perguntou para mim se a moça tinha problemas e se ela ficaria da mesma forma quando crescesse! Viu? Muito inteligente! Mas na hora de escolher uma roupa! Deus me livre..." - desembala a tagarelar.

Enquanto eu experimentava um lindo vestido balonê - amo viu gente, pode tirar da lista negra do vestuário - ela se estendeu sobre meu brilhante desempenho no 1º grau, minha aptidão por instrumentos musicais, meu fracasso para arrumar namorados, minha incapacidade de organizar o quarto, meu detestável gosto musical e minhas estripulias no jardim de infância.

Olha, eu comprei o vestido, mas CERTEEEZA que a vendedora pediu demissão no mesmo dia. É o que eu digo, mãe é louca e mãe é única. A gente consegue aturar porque é nossa, de mais ninguém (tirando irmãos, vai), mas pedir para outros lidarem com nossa querida e bipolar genitora é DEMAIS. A menos que você queira se livrar de pessoas indesejadas.

E só para avisar, eu sou COMPLETAMENTE diferente dela. Só tenho uma tendência a me alongar demais, tagarelar demais, vide o tamanho do texto. Mas, nem ligo, puxei isso da minha mãe. ¬¬

Divida sua loucura familiar comigo enviando um e-mail para patsy@corporativismofeminino.com Está difícil responder tudo rapidinho porque a vida está corriiiida mel deuz, mas eu dou um jeito. Não desistam de mim! hahaha

E, só para avisar, não quero desrespeitar mesmo as vendedoras de loja. Algumas são execráveis, outras não. Isso acontece em qualquer profissão, em qualquer área :)

Besos, besos!

Patsy

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