
Se existe uma coisa que é desleal nesse mundo moderno é ter de escolher o que vestir quando não estamos com o menor espírito para isso.
Comigo acontece de forma mais frequentes às manhãs. Jura? Bem no momento que tenho que escolher a roupa que vou vestir o dia todo!
Logo que acordo, a minha maior vontade é permanecer com o meu ultra confortável e nada sexy pijama de flanela. Então me levanto e vou tomar meu café, para me climatizar, por assim dizer, e ir pensando no que vou vestir enquanto engulo o pão integral sem gosto empurrado pelo leite desnatado.
Vou até o quintal, dou uma espiada no céu. Um monte de nuvens, vento, nenhum solzinho. Ok, acho que vai fazer frio.
Tomo banho correndo. Meia calça, calça preta, blusa vermelha de gola alta. Olho no espelho:
_ Jesus, meu cabelo!!
Dormi de cabelo solto e agora ele se parece com a copa de uma árvore em plena primavera. E um vento virtual (essa é a única explicação!) joga ele todinho para o lado esquerdo.
Chapinha só na franja, o resto num rabo de cavalo. Calço uma botinha de cano curto. Puts, vou perder o ônibus.
Maquiagem às pressas e sem foco, porque não dá tempo de colocar as lentes de contato. Hoje vou de óculos mesmo. Corrida de obstáculos do meu quarto até o portão.
Sacudindo a bolsa, cadê a chave? Volta para o quarto, pega o guarda-chuva e o casaquinho. Ah, achei a chave, no bolso do casaco!
Consegui sair, agora é só andar um pouco mais rápido torcendo para o ônibus atrasar hoje. Guardo a chave na bolsa.
[Momento de tensão]
A bolsa é bege. Combinava com a roupa de ontem, não com a de hoje. Ah, dane-se. Agora não dá mais tempo.
Andando mais um pouco, meu salto que deveria estar fazendo aquele barulhinho ploc, ploc, ploc resolveu fazer ploc, tac, ploc, tac, ploc, tac.
Quando chego no ponto e olho para o sapato: perdi o saltinho do pé esquerdo (sempre o esquerdo). E para ajudar aquelas nuvens monstruosas de 40 minutos atrás desapareceram, dando lugar a um sol digno de praia e protetor solar. Ai, esqueci o protetor solar.
Tiro o casaquinho e percebo que na pressa, peguei o azul marinho ao invés do preto.
Calça preta sobre meia calça fio 40, bota e blusa vermelha de gola alta no calor, casaquinho azul e bolsa bege. Posso ouvir a voz do Tiririca dizendo "ô menina lindia".
Aproveito e confiro se passei sombra nos dois olhos, vai saber...
Dia longo pela frente. Era melhor ter ficado com o pijama de flanela mesmo.
Por causa disso que não me admiro mais quando vejo gente vestida assim por aí:
Logo que acordo, a minha maior vontade é permanecer com o meu ultra confortável e nada sexy pijama de flanela. Então me levanto e vou tomar meu café, para me climatizar, por assim dizer, e ir pensando no que vou vestir enquanto engulo o pão integral sem gosto empurrado pelo leite desnatado.
Vou até o quintal, dou uma espiada no céu. Um monte de nuvens, vento, nenhum solzinho. Ok, acho que vai fazer frio.
Tomo banho correndo. Meia calça, calça preta, blusa vermelha de gola alta. Olho no espelho:
_ Jesus, meu cabelo!!
Dormi de cabelo solto e agora ele se parece com a copa de uma árvore em plena primavera. E um vento virtual (essa é a única explicação!) joga ele todinho para o lado esquerdo.
Chapinha só na franja, o resto num rabo de cavalo. Calço uma botinha de cano curto. Puts, vou perder o ônibus.
Maquiagem às pressas e sem foco, porque não dá tempo de colocar as lentes de contato. Hoje vou de óculos mesmo. Corrida de obstáculos do meu quarto até o portão.
Sacudindo a bolsa, cadê a chave? Volta para o quarto, pega o guarda-chuva e o casaquinho. Ah, achei a chave, no bolso do casaco!
Consegui sair, agora é só andar um pouco mais rápido torcendo para o ônibus atrasar hoje. Guardo a chave na bolsa.
[Momento de tensão]
A bolsa é bege. Combinava com a roupa de ontem, não com a de hoje. Ah, dane-se. Agora não dá mais tempo.
Andando mais um pouco, meu salto que deveria estar fazendo aquele barulhinho ploc, ploc, ploc resolveu fazer ploc, tac, ploc, tac, ploc, tac.
Quando chego no ponto e olho para o sapato: perdi o saltinho do pé esquerdo (sempre o esquerdo). E para ajudar aquelas nuvens monstruosas de 40 minutos atrás desapareceram, dando lugar a um sol digno de praia e protetor solar. Ai, esqueci o protetor solar.
Tiro o casaquinho e percebo que na pressa, peguei o azul marinho ao invés do preto.
Calça preta sobre meia calça fio 40, bota e blusa vermelha de gola alta no calor, casaquinho azul e bolsa bege. Posso ouvir a voz do Tiririca dizendo "ô menina lindia".
Aproveito e confiro se passei sombra nos dois olhos, vai saber...
Dia longo pela frente. Era melhor ter ficado com o pijama de flanela mesmo.
Por causa disso que não me admiro mais quando vejo gente vestida assim por aí:
Assim:
Ou assim:

Oohhh! Já pensou?
Mas eu (ainda) não cheguei a esse ponto. O máximo que já fiz foi chegar na esquina de chinelos.
*********Para críticas, dúvidas, sugestões ou caixinha de Natal:
mel@corporativismofeminino.com
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