terça-feira, 7 de dezembro de 2010

Quem, eu?

Imagine a seguinte situação. Vai parecer confuso, mas tente entender:

Você tem 15 anos e conhece a si mesma alguns anos (5, 8, 10) mais velha, sem saber disso, lógico.
Agora responda:
O QUE VOCÊ ACHARIA DO SEU EU MAIS VELHO?

terça-feira, 30 de novembro de 2010

Putanhar

É comum a mulherada em algum momento da vida "putanhar." A expressão pode soar forte para as mais fracas (ou hipócritas, mesmo). Se você nunca fez, seu dia há de chegar.

São muitos os tipos de "putanhagem". Tem aquele mais comum, que é quem sai para a balada e beija vários caras na mesma noite. O famoso "rodar a banca". Tem também quem não pega ninguém, mas provoca a torcida do Corinthians com caras, bocas e roupas. E aquela que acha um novo amor da sua vida a cada quinzena? E a que tem um rolo em cada bairro da cidade?

Dois pontos (mas não só) justificam a "putanhagem":

1- O mais clássico dos motivos. Término de namoro/casamento/rolo complicado. Nesse caso, a menina opta por não se fechar no seu mundinho e, em vez de se trancar em seu quarto escuro e ouvir Alanis Morissete, se joga nos braços do mundo. Literalmente.

2- Auto-estima de merda. Tá se sentindo gorda, tá se sentindo um lixo, tudo está dando errado. Pegar geral pode não dar o resultado esperado, mas ajuda.

Escrevo isso para dizer: estou oficialmente putanhando, pela primeira vez na minha vida. 24 anos nas costas, minha gente.
Essas coisas a gente não planeja. Mas nunca imaginei que eu pudesse "abrir as asas".

Começou num sábado há uns 3 meses, numa balada absurda. Nunca vi tamanho desespero por metro quadrado, a galera era MUITO sem noção (e nem era das mais feias!). Mas nem a senhora sua avó zeraria um rolê daqueles.

Peguei um pra dar o "start". Aí peguei o cara que eu queria, com quem fiquei um tempinho. Mas aí cansamos um do outro e eu fui atrás do que mais tinha de bom no lugar. Daí peguei outro. E outro. E outro. Aí participei de algo como um sanduíche. Enfim. Primeira vez na vida. Nunca tinha beijado mais de dois na mesma noite.

Até outro dia eu fazia contas. Sabia exatamente quantos, quem e como. Agora as coisas começam a se complicar: não lembro a cara de metade da galera, e muito menos o nome.

E assim foi: em todas as saídas seguintes àquele sábado fatídico, sempre peguei. Nas estatísticas entre meus amigos (homens e mulheres), só eu seguia com 100% de aproveitamento.

Importante lembrar duas coisas: essa é a PRIMEIRA vez na minha vida que algo semelhante acontece. Entre os 15 e os 17 anos, época em que muitas de vocês beijavam muuuuito, eu estava numa seca eterna. Fiquei 3 anos sem beijar ninguém, nessa época. Mas eu tinha os melhores amigos do mundo e a melhor época da minha vida, mesmo assim. Coisa estranha isso.

A contabilidade na minha vida é toda deturpada. Comecei a beber só com uns 17 anos. Entre meu primeiro e meu segundo cara (sexualmente falando), houve um intervalo de... güenta aí, deixa eu fazer as contas. N-O-V-E anos. Nove anos, minha gente.

Então agora I'm a whore, pego geral, não zero nem em chá de bebê (juro. Peguei dois num CHÁ DE BEBÊ, mas isso é história para outro post) e perdi as contas.

Mas poxa.

Eu mereço.

Me deixa. Não, não me deixa não. Me segue no twitter.

Observação: Não que isso supra a falta constante de um amor na minha vida. Mas diverte um pouco.

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E vocês, gente? Já putanharam? Concordam com a "prática"? Contem os causos pra gente!

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Beijo,

Anamyself

domingo, 28 de novembro de 2010

Coisas que surgem do Nada – Parte 1: Antipatia


Você está sossegada no seu canto e de repente ela chega sem avisar e senta do seu lado. Aí você começa a sentir uma leve irritação, um incômodo, uma falta de paciência, tudo isso subindo pelo estômago. Senhoras e senhores, abram alas que ai vem ela, a Antipatia!

Tá ai uma coisa que não tem explicação, às vezes ela surge sem motivo, apenas alegamos que “o santo não bateu”, e outras vezes ela surge por causa de uma atitude, uma fala, um gesto... É impossível prever como e quando ela vai chegar, mas não se engane, uma hora ela chega. Pode ser passageira, pode ser que venha para ficar.

Eu sou mestre em ter isso, e algumas vezes nem é com uma pessoa, às vezes é um programa de televisão, um objeto, uma matéria da faculdade, um livro. Crepúsculo por exemplo, eu não li/vi e nem vou ler/ver porque tenho antipatia (fãs xingando em 5...4...3...). Outro exemplo é o Orkut. Juro que é só fazer o login que já começo a ficar incomodada com aquele negócio que antes tomava boa parte do meu dia. Hoje, só entro para olhar scraps e às vezes responder. O processo todo não deve demorar mais do que 5 minutos.

Acho que todo mundo já passou pela situação de ser apresentada (o) a alguém e simplesmente não ir com a cara da pessoa. De do nada surgir uma antipatia que nem você sabe dizer de onde vem. Seu santo apenas não bateu com o dela.

Confesso que nos últimos dias, tenho tomado antipatia das coisas com muita facilidade. E por este mesmo motivo, ando muito chata e reclamona, eu sei, e peço desculpas aos meus amigos e seguidores no twitter que têm firmemente me agüentado. Mas na boa? Sou só eu mesmo ou o mundo resolveu expelir sua podridão? Porque tá tenso de verdade. Vou para balada, tem mala que gruda. Vou pra faculdade e de repente todo mundo parece estar no jardim de infância, vou pro cinema e o diretor de quem sou fã faz uma porcaria de filme, fico em casa e a programação da TV é ridícula e o twitter/facebook está sem graça.




Follow Me: @claris_simao ;)

sexta-feira, 26 de novembro de 2010

VAI SE DEPILAR HOJE?

Bom, como o tempo e uma amigdalite chata corroeram essa semana, não me restaram brechas para escrever um post digno do retorno do blog. Resolvi repassar a vocês, com todos os créditos indicados, reconhecidos e dignos, uma crônica do ilustre Fabrício Carpinejar, um escritor incrível que tem uma visão do universo feminino e relacionamentos que vale a pena conhecer! Espero que curtam!  Arte de Allen Jones


Não se pode ser bagaceiro sem antes ter intimidade. Não dá para sair falando como se estivesse no quarto; primeiro deve-se atravessar a sala, o corredor, a cozinha.

Safadeza é merecimento. Os atravessadores não merecem o céu da boca. Os apressados não terão a recompensa divina. Os ansiosos desperdiçarão sua chance de Éden. Sou favorável à lentidão, por isso nunca frequentei praia de nudismo. Tampouco sou adepto de swing ou de qualquer prática que banalize a sensualidade.

Vamos direto à ação não funciona comigo. Conversa que é a ação, desprezá-la indica apatia e conformismo.

Aparecer pelado de repente é broxante. Não queimo etapas: desvestir as palavras para depois se despir, encontrar o sim dentro do não, achar o amor definitivo dentro de um talvez.

Partilhar a memória só é possível para quem reparte a imaginação. Reprimido não é o que não confessa seu passado, é o que não consegue expor suas fantasias.

Entendo a decepção da esposa quando ela volta do banheiro e seu marido já a espera pronto na cama. Direto. Apartado de preliminar e provocações. É pior ainda quando ele nem está excitado.

Tão mais prazeroso quando um tira a roupa do outro e se roça e se enreda de sinais. Não dependemos de música-ambiente, desde que sejamos envolvidos pela respiração de nossa companhia. Respirar perto e acelerado prepara o gemido.

Gosto quando a mulher está sem calcinha, mas que não surja nua de assalto. Como materialização do túnel do tempo. Que seja um pouco difícil para me sentir importante. Quero deixá-la à vontade para criar vontade.

A sugestão feminina é uma dádiva. Aquela que diz de cara que está molhada e úmida veio de um filme pornô. Nem sequer leu o roteiro.

Assanhamento pressupõe a malícia de declarar a intenção não entregando o sentido de bandeja. Admiro as mulheres que insinuam, sempre criativas, não facilitando os lençóis. Testam a inteligência do seu parceiro.
Por exemplo, sei que minha namorada está a fim quando avisa, despretensiosamente (isso é importante!), que foi no salão. Quando indisposta, lamentará que não teve tempo.

“Eu vou me depilar hoje” é a senha. Desnecessário o convite literal. Cresço de alegria. A verdadeira terapeuta sexual é a depiladora, é a que resolve as brigas e as discussões. Eu amo todas as depiladoras do mundo pela alegria noturna que oferecem aos homens. São as madrinhas morais de nossa imoralidade.

Sexo pede respeito. Sem respeito, como iremos perdê-lo no decorrer do enlace?





Publicado no jornal Zero Hora
Segundo Caderno, coluna quinzenal, p. 3, 22/11/2010
Porto Alegre (RS), Edição N° 16527

domingo, 21 de novembro de 2010

Por que ele não me ligou?


Quem costuma freqüêntar lugares pra dançar e conhecer gente nova certamente já passou por isso: aquele gacto que pediu seu telefone pra nunca te ligar. Vamos tentar explicar porque isso acontece em 10 passos.

1) Ele é um colecionador de telefones. Acreditem, muitos homens gostam de colecionar telefones. Eles criam grupos na agenda do celular categorizando pelo nome da balada em que te conheceu, ou até mesmo pelos seus atributos físicos. Então, prepare-se psicologicamente pra imaginar que ele pode armazenar seu telefone assim:

"Ane - Vila Country - Loira peitura"
"Ane - Pacha - Morena, cabelo liso, bumbum fantástico"
"Amanda - Amiga feia da Ane peituda"

Alguns também podem acrescentar a informação: Peguei/ Quero pegar /Não pegar.

2) Ele perdeu seu telefone, ele pode ter anotado no verso do ticket do estacionamento (se no dia seguinte um manobrista te ligar, já sabe).

3) Ele é um bunda mole e simplesmente não vai te ligar porque acha que você não vai dar bola, mesmo você tendo passado o telefone. Isso existe, acredite.

4) Ele estava bêbado e esqueceu de preencher a "classificação" mencionada no item 1, portanto, não lembra se vale à pena te ligar.

5) Ele tem outro rolo e vai “guardar você” pra depois, como se fosse um alimento não perecível com glutén.

6) Se a pegada estiver forte, ele vai pedir seu telefone quando pensar em abrir o zíper, fato. Homens acreditam que após pedir o telefone, a mulher vai se sentir mais segura pra transar. Então, é só prestar atenção, se o cara interromper o amasso pra pedir seu telefone, é porque ele está tentando maximizar as chances de transar com você alí mesmo.
Não vamos generalizar, pode ser que ele te ligue depois disso? pode, mas isso é assunto pra outro post.

7) Você já transou com ele, ele pediu seu telefone DEPOIS disso, mas nunca ligou: parabéns, a transa foi boa. Mas isso não significa que ele te achou especial de alguma forma ou que ele vá querer repetir. Mas se ele pode te colocar na estante, como uma possível foda-transa, porquê não? Além do mais, homens gostam de colecionar telefones de mulher, vide item 1.

8) Ele sequer anotou seu telefone na agenda, e de propósito. Ele não coleciona telefones, coleciona fodas.

9) Ele estava bêbado e no dia seguinte algum amigo dele resolveu dizer “E aquela baranga que você pegou ontem?”. Ele preferiu acreditar no amigo e te descriminar sumariamente.

10) Depois de eliminar os itens anteriores, você também pode considerar que ele simplesmente mudou de idéia (sim, homens também mudam de idéia) ao acordar no dia seguinte e pensar com a cabeça de cima (sim, às vezes eles fazem isso!).

Fazendo uma síntese de 98% dos casos, geralmente o motivo é um só: Ele não está suficientemente afim de você.


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Eu no twitter: @bbel
Corporativismo feminino no twitter: @corporativetes


O que aconteceu com o blog?

Pra ler ouvindo essa música.

Sei que essa é a pergunta que muitas de vocês que costumavam nos ler devem estar se fazendo, e desde já quero pedir desculpas pela nossa falta de educação básica em não comunicar o afastamento (Exceto Sarita, que fez o último post).

Não foi nada planejado, mas já estava difícil levar o blog nos moldes iniciais, onde tínhamos um post todo dia (ou quase todos), com a saída da Sarita (nossa querida Zingara), o desanimo se tornou mais evidente e decidimos dar um tempo por aqui. Pensamos em interromper as atividades definitivamente, o Corporativismo Feminino parecia ser uma fase que simplesmente passou em nossas vidas (ó gosh, outra vez essa história de fases, é). Entre as meninas que "fundaram" o blog, só restavam eu (Bel), Anália e Sarita, e nos perguntávamos se valia à pena continuar, já que a vida das três estava igualmente atribulada e complicada, por motivos diferentes, mas enfim. Decidimos dar um tempo por aqui.

Nesse interir, decidimos voltar, decidimos não voltar - voltar-não voltar-voltar-não voltar - e assim ficamos.

Mas no fim das contas, chegamos a conclusão que por mais que esteja difícil postar, é difícil largar um “filho”, por isso estou aqui pra dizer que sim, voltamos!

Não é o propósito manter a freqüência de postagens frenética que tínhamos anteriormente. A notícia de que o blog volta está sendo lançada aqui no furor do momento, e não sei quantas de nós terá interesse em continuar postando, mas aos poucos vamos colocando a casa em ordem e espero voltar com novidades em breve (ainda essa semana!).

Eu voltei!
Agora prá ficar
Porque aqui!
Aqui é o meu lugar
Eu voltei!
Pr'as coisas que eu deixei
Eu voltei!...


NÓS VOLTAMOS! ;)

quinta-feira, 16 de setembro de 2010

Despedida

Comunico a todos os amigos, companheiras de blog e leitores a minha saída desse meio de comunicação. Embora eu diga que não acredito em fases, o tempo que passei nesse blog foi uma. Aqui arranjei briga com namorado, com leitor e até com meu filho (porque coloquei uma foto dele que ele não gostava). Aqui fiz grandes amizades que vão perdurar, mesmo que eu me afaste do blog. Aqui dividi sinceridades e futilidades. Sempre adorei escrever na quinta para fazer o trocadilho de post "de quinta" (categoria).

Essa é uma nova fase onde o pseudônimo Zingara não me cabe. Sei que precisam de uma explicação concreta e não de melindres, pois bem: Havia um homem, o pai do meu filho, que tinha muitos planos. E também havia um drogado ávido por mais crack. O drogado não se importou com os planos daquele homem, nem o mal que faria a uma criança de 10 anos, o importante para ele era o vício. E, assim, sem explicação, sem justiça ou qualquer sentimento nobre, o drogado levou a vida do homem e deixou para trás os objetos que poderia furtar para comprar o crack. Não me perguntem por que coisas assim acontecem. Elas acontecem e, como todos esperam, temos que ser fortes para aceitar.

Sei que as coisas passam, que conformidade é meu futuro, sei também que minha força é o que tenho de melhor. Deixo aqui um Obrigada a todos que me leram por todo esse tempo. Nos vemos outro dia. Nada é definitivo, afinal.



Sarita

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